sábado, 4 de fevereiro de 2017

VIDA DE MI VIDA



Una mañana luminosa
El sol naciendo
Un anochecer silencioso
Una noche estrellada
Un beso apasionado
Una sonrisa inesperada
Un viaje inolvidable
El perenne amor maternal
Un recuerdo inolvidable
Un paisaje feérico
Una luz en la oscuridad
El silencio de una catedral
Una plegaria fervorosa
Una fe incólume
Una brisa suave de otoño
Un jardin primaveral
Una mañana de verano en el mar
La inmensidad azul del océano
Una película emocionante
Un libro compañero
Una frase inolvidable
Un “deja vu” impresionante
Un desafio enfrentado
Un problema resuelto
Unas lagrimas escondidas
Un sentimento perdido
Un corazón enternecido
Un amigo verdadeiro
Una puesta de sol romántica
Un puente histórico
Cien mil batallas ganadas
Y también algunas perdidas
Una esperanza renovada
Y la certeza de que Dios está en tí
Bendecida seas

Vida de mi vida!

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017

CHUVA DE VERÃO


Arrasta com força
Porque é a natureza
Molha, encharca, tritura
Vira água que limpa
E lama que escorre.

Eis que chega intempestiva:
Fulmina!
Leva com a correnteza
Nossas eternas dúvidas

Eis a chuva de verão
Tremeluzente, fugitiva
Eis a vida que alucina
Água que dá vida!

Chuva de verão,  água de esplendor
Barre,  limpa, dissemina
Esperanças e muito amor,

Ilusões e laços de ternura.

FEBRERO

Ha llegado febrero
El círculo mágico de la vida se renueva
Con esperanzas , lluvia y colores
Con alegrías, amistades y buenos deseos
El rabioso sol de enero ha pasado
Ahora es tiempo dulce de emociones ,
De coloridos carnavales,
Bajo el sol maravilloso de acuario
El amor está en el aire
En los dulces abrazos de febrero

domingo, 29 de janeiro de 2017

NOCTURNO Y SILENCIO


Y la noche de enero estremece
Com la cálida oscuridad del silencio
Monótono silencio!
Que me obliga a meditar
Sobre el desafio incierto
de mi vida, de mi destino,

de mi perenne caminar.


O ESCRITOR

Levantou o olhar para a distante paisagem Toscana. Viu os ciprestes verdes e elegantes que se moviam lentamente com o vento do outono, como se dançassem uma suave valsa de boas vindas. Além das árvores, também podia apreciar-se uma colina verde e alguns tetos de telhas de cor laranja que brilhavam com o sol da manhã. Tudo parecia calmo e bucólico, do jeito que ele gostava. 
Sentou-se na escrivaninha e abriu o computador. Começou a escrever o seu romance de mistério. A cada teclada, ele ia entrando no maravilhoso mundo da escrita e sua alma enchia-se de alegria e uma indescritível sensação de plenitude. Era um escritor, sem sombra de dúvidas. Tinha descoberto há pouco tempo, mas valeu a pena esperar tanto.
O Tempo –pensou – é um maravilhoso presente que a vida nos dá. Basta estar vivo para ser merecedor de este premio. É um estado de graça que nos permite olhar ao incerto futuro sem medos. E a vida, se formos abençoados, nos oferecerá noites serenas, amor no coração, e paz interior.
Ao completar a primeira pagina, e reler o que estava escrito, percebeu esse mistério e esse milagre. Sua mente tinha elaborado pensamentos profundos e pôde expressar na escrita de forma livre e prazerosa.

IBIRAPUERA : O PARQUE DAS QUATRO ESTAÇÕES - VERÃO (Crônica)

Manhã luminosa no Parque do Ibirapuera. As temperaturas escaldantes deste verão tórrido não ultrapassam as espessuras das altas e formosas arvores que se estendem por e entre os limites deste oásis no meio da metrópole.
No verão o parque adquire uma tonalidade diferente. Talvez isso seja só uma ilusão de ótica devido à luminosidade fortíssima do sol tropical. As trilhas de terra estão mais ressecadas pelo sol, mas as arvores dão um refresco aos corredores e caminhantes que se aventuram pelos seus cantos mil e cheio de mistérios.
Comecei a frequentar o parque há muitos anos, desde que me afinquei em São Paulo e nunca me deixo de surpreender pelo fato de que, a cada ocasião, posso admirar lugares, paisagens e cantos nunca vistos.
Hoje, aconteceu novamente. Correndo em plena manha de dezembro, com um calor ofegante, pela trilha de terra que serpenteia pelo limite do parque, fiquei admirado com novos lugares que, provavelmente já tinha passado, mas nunca me detive a contempla-los. Foi um momento mágico, como são todos os momentos em que passei neste lugar tão querido pelos paulistanos e visitantes. Chamou-me a atenção, a grama verde e os raios do sol por entre as folhagens das arvores; uma avenida coberta de bambus que dava a impressão de uma catedral gótica, e finalmente uma enorme arvore centenária, com certeza pertencente à mata atlântica, testemunha do tempo, testemunha de tantos visitantes que passaram perto dela.
Não pude deixar de meditar sobre essa arvore e sobre o tempo. Ela, sem dúvidas esta ali desde a formação do parque, em 1954, provavelmente foi semente há centenas de anos, e agora, orgulhosa e imponente, representa o passado e o presente no meio de uma cidade que, silenciosa e conturbada, continua seu misterioso percurso no caminho da historia. O tempo parece estar petrificado na árvore, mas isso é só ilusão já que o tempo muda a cada instante. Já estamos no final de mais um ano, e celebramos a passagem do tempo porque somos impotentes para fixa-lo, para molda-lo e para eterniza-lo.
De qualquer forma, esses pensamentos apareceram e voltaram a desaparecer da minha mente sempre inquieta, do meu pensamento sempre profundo e dos limites mais fantásticos da minha consciência. Lembrei-me que hoje é 29 de dezembro e sorri satisfeito ao terminar mais um treino e caminhar por entre essa vegetação que resiste ao mais forte sol tropical de verão.
Sem duvidas, este é o lugar de Sampa que mais sentirei falta quando não estiver mais por aqui.





LA LA LAND OU O PODER DOS SONHOS

“Um brinde aos tolos que sonham, por mais loucos que esses sonhos possam ser”
Ao meio de um descrédito e de descrença sobre os filmes favoritos ao Oscar 2017, assisti ao filme de Damien Chazelle, estrelado por Ryan Gosling e Emma Stone. A história do músico Sebastian (Gosling) e da aspirante a atriz Mia (Stone) poderia ser mais uma história de romance entre os dois personagens que se conhecem e se apaixonam em Los Angeles.  Mas a natureza do drama de Chazelle, lançado no Festival de Veneza em 31 de agosto de 2016, e nos Estados Unidos no começo de dezembro recebeu críticas positivas que elogiaram o roteiro e a direção de Chazelle, assim como as performances de Gosling e Stone. Já foi uma grata surpresa receber sete prêmios nos Globos de Ouro de 2017, uma previa do Oscar que virá em fevereiro.
Também ouvi algumas criticas negativas ao filme que recebeu nada menos que 14 indicações. Só dois filmes na história de Hollywood receberam este numero de: A Malvada (All about Eve, 1950) e Titanic(1997).  A quantidade de indicações provocaram alguns protestos: Era para tudo isso?, O que tem este filme de tão especial?. Muitos diriam que apesar de achar TITANIC muito comercial, tinha uma superprodução por trás que justificavam todos esses prêmios, mas e LA LA LAND? Por que tantas indicações? É um musical? É um drama romântico? Será que vale tudo isso?
Ao meio de tantos comentários, fui desprovido de qualquer preconceito, e sabem o que aconteceu? Fui surpreendido por um filme que tocou a minha alma de um jeito como fazia tanto tempo não acontecia. Na forma pode ser considerado um musical romântico, mas no conteúdo é muito mais importante: o poder realizador dos sonhos. A trilha sonora é muito boa, a história é contada através dos personagens que tem uma meta em comum: a luta por realizar seus sonhos e alcança-los. Muitos coincidiram comigo que isso é um clichê. Pode até ser. Mas como esse clichê é contado faz toda a diferença.
O filme é uma viagem aos famosos musicais dos clássicos de Hollywood que tanto nos fizeram emocionar. O Romance é desconstruído a cada instante por um roteiro belíssimo que conta uma historia singela mas sincera e humana. Muito humana.
O fato dos atores Ryan Gosling e Emma Stone não sejam necessariamente bons cantores, não importa. O roteiro dá vida a um processo de elaboração da própria vida com a continuada busca dos sonhos.
Numa canção cantada por Stone, ela diz uma frase que traduz todo o filme: “Um brinde aos tolos que sonham, por mais loucos que esses sonhos possam ser”. Eis a ideia central deste drama.
Fiquei contente em ser surpreendido positivamente por Hollywood. Muitos dos que me conhecem sabem da minha admiração pelos grandes Estúdios Cinematográficos Americanos dos anos 40, 50 e 60 e também sabem o meu longo desapontamento e decepção com os filmes atuais da indústria americana. Mas com LA LA LAND, fiquei emocionado. Não acho que seja um filme para ganhar o Oscar, mas ao meio de tantos filmes ruins que competem e que já ganharam a estatueta, ficaria satisfeito se o Oscar de melhor filme 2017 fosse para LA LA LAND.

Como sei que um filme é bom para mim? Como já disse, quando ele me toca a alma de uma forma que não sei como explicar. Este filme fez isso comigo, e adorei.