O que é a
felicidade?
Talvez esta seja a pergunta mais ouvida em todo o mundo, e
talvez as respostas dadas a ela sejam as mais variadas.
Felicidade é um estado intangível do ser. Ou seja ela é um
estado de vida do ser humano resultado de suas vivências, experiências e
emoções. Também é resultado da sua escolha e principalmente da sua vontade.
A felicidade parecer ser etérea e inatingível quando temos
uma noção equivocada dela. Por exemplo: muitos dirão que a felicidade é um
estado de bem-estar pleno, de saúde, abundância e euforia. Mas a felicidade
pode ser diferente de todos esses elementos mencionados.
Primeiramente a felicidade é temporal e atemporal. Ela não é
constante porque segue o pêndulo da vida com sua dualidade existencial do
homem. Em segundo lugar, ela pode ser alcançada em qualquer tempo, ou seja, não
segue a cronologia da vida humana. A felicidade não é alegria sem limites ou
euforia exagerada. Ela é serena, calma e pacífica.
Paz – Serenidade – Calma
Quantas vezes ouvimos falar de “paz de espírito” Pois bem,
essa é a felicidade. Quando a alma encontra paz, mesmo em meio ao barulho e a
cacofonia do mundo, essa paz torna-se “calma”, sem surpresas, sem explosões ou
lágrimas.
A felicidade tem o seu alicerce na serenidade. Uma vida
serena, contemplativa, de profunda lucidez e de uma perfeita expansão de
consciência.
É possível ser feliz o tempo todo? Óbvio que não. A
felicidade, como já disse antes, não é um estado permanente, mas sim de
“momentos” na vida em que a nossa existência atinge os níveis de paz,
serenidade e calma.
Desapego
A virtude do equilíbrio na vida traz uma consciência certa de
que a vida é passageira. Tudo passa, tudo flui em uma infinita mudança e
transformação.
Quando conseguimos expandir a nossa consciência, percebemos
que, quanto mais nos despojamos das coisas que são perecíveis, mais sentiremos
os momentos felizes.
A amizade é um exemplo de desapego e de amar o outro, o nosso
próximo, com desapego, sem medo as ausências ou as perdas.
Santo Agostinho escreveu que a amizade é a metade da nossa
alma. É o coração batendo fora do peito pelo outro. Amar sem limites é um
exemplo de desapego da alma.
Solitude e Solidão
A felicidade também pode ser vivida em plena solitude, que é
a virtude de “isolar-se para crescer”. É um estado de estar só com introspeção,
paz e autoconhecimento.
Com a solitude começamos uma viagem profunda dentro de nós
mesmos; expandimos a nossa consciência e o nosso autoconhecimento. Isso nos
produz muita serenidade.....e felicidade.
A solidão tem uma conotação de estar só com sofrimento e de
tristeza. Somos obrigados a nos isolar porque não conseguimos viver sem a
presença do outro. Não conseguimos a calma e a serenidade que precisamos para
viver os momentos felizes.
Os momentos felizes, por tanto, mesmo que sejam efêmeros e
curtos, nos proporcionam os elementos que sustentam uma vida plena e
satisfeita.
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