sexta-feira, 20 de março de 2015

REFLEXÕES DO COTIDIANO



Verão de 2015
Enfim outro verão despede-se deixando um rastro de acontecimentos, reflexões, pensamentos e balanços nas nossas vidas.
Às águas de março estão fechando o verão – como cantava a saudosa Elis Regina- e com essas águas vão também memórias fortes de tudo o que tem acontecido.
Este verão ficará na história das nossas vidas como o período quente, abafado e chuvoso em que enfrentamos uma crise política e econômica terrível. Mal o novo governo começou o seu mandato e está em queda de popularidade e descredito. As razões são múltiplas: o escândalo de corrupção na Petrobrás (para muitos a maior roubalheira que já se viu nos anais desta República), um Congresso majoritariamente em oposição ao governo, o fantasma da inflação já é uma realidade, a falta de medidas para enfrentar a crise de maneira mais convincente, minaram a paciência do povo brasileiro, a maior parte do povo, que manifestou um descontentamento nunca visto antes. É incrível como neste verão apareceu no nosso vocabulário: “panelaço”, “manifestação”, “corrupção”, “impeachment” e muito mais. Palavras fortes que trazem consigo uma carga emocional de conflitos e problemas. A falta de liderança, a ausência do líder, do capitão desta imensa nave que está fazendo água por todos os lados não é só preocupante, é aterrorizante. Aonde vamos parar? É o que todos se perguntam com preocupação. Sim, as águas de março vieram com tudo, trazendo enchentes e alagamentos de desespero aos nosso salários, aos nossos projetos, as nossas aspirações como nação. Aonde vai levar tudo isto? Não sabemos. Tudo é tão incerto como a própria vida. O único que sabemos é, que neste verão extraordinário e singular, vivemos dias de civismo nunca visto antes. Isso não é só encorajador, é também uma esperança para a nossa jovem democracia.

Hoje, o verão chega ao seu fim, hoje é dia de agradecer por mais um verão em nossas vidas.

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