domingo, 13 de outubro de 2013

A FALANGE DA AMÉRICA LATINA: A OSESP

Talvez muitos não saibam mas, a OSESP, Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo, como todos os anos, está fazendo uma turnê pelos principais países europeus, sob a regência da americana Marin Alsop, no comando da orquestra há mais de um ano. A primeira apresentação foi no palco da prestigiosa Salle Pleyel, em Paris no dia 7 de outubro passado. Deixou a plateia e os críticos franceses de boca aberta. “Irrepreensível”, foi o comentário mais escutado após o concerto em que a nossa Orquestra, organizada e reestruturada por John Neschling em 1999, apresentou a obra “Terra Brasilis – Fantasia sobre o Hino Nacional” da compositora carioca Clarice Assad; o “Concerto para Piano n.2 em Fa Menor, OP.21 de Frederic Chopin (brilhantemente executado pelo pianista brasileiro Nelson Freire ), e finalmente a “Sinfonia n.1 em Re Maior, Titan, de Gustav Mahler. O sucesso foi estrondoso. Marin Alsop que substitui o maestro Tortelier, é a segunda maestrina da era pos Neschling na Osesp. A imprensa francesa definiu a nossa orquestra como a “Falange da America Latina”, ou seja, a melhor orquestra sinfônica desta parte da terra. Isso é motivo de orgulho incrível, pois o próximo ano, 2014, a OSESP completará 60 anos de existência. Marin Alsop centralizou a atenção da imprensa. O “Le Monde” fez uma entrevista exclusiva com ela. A entrevista lembrou também o sucesso anterior de Alsop à frente da Osesp em 7 de setembro passado quando se apresentou em Londres. A diretora da Osesp definiu o concerto como “ um símbolo de um Brasil muito mais sofisticado e complexo”.

domingo, 6 de outubro de 2013

ALMA, A FILHA DO DESTINO (CAP. II PARTE1)

CAPITULO II “O DOUTOR” Quando o escrivão de Recife, Augusto Tristão casou-se com a mais bela das filhas do Comendador Alburquerque, Mercedes , de dezoito anos, não imaginou a benção que receberia com os dois filhos que nasceram – em pequeno intervalo – após o casamento. O filho mais velho, Augusto (levava o mesmo nome do pai), sempre foi modelo de menino. Brilhante estudante da escola, excelente companheiro, era considerado, desde a mais terna infância como um ser gregário por natureza. Franzino na adolescência, os anos no colegial transformaram-no num rapaz forte e eloquente. Amante dos esportes e do atletismo, Guto (como era chamado pelos colegas e íntimos) era um excelente nadador, jogador de futebol e formava parte do time de remo do colégio. As atividades esportivas desenvolveram o corpo antes magro, em robusto e forte. Ao terminar o colégio, Guto era considerado um rapaz bonito, alto, de olhos cor de mel, abundantes cabelos escuros e uma inteligência fora do comum. Os pais sempre pensaram que Guto estudaria direito, mas para surpresa geral, ele escolheu a medicina. Logo viram que o rapaz tinha talento de doutor. Os anos universitários foram duros. Guto estudava dia e noite e passou quase todo o período da faculdade sem ter tempo para si mesmo. Não pensava em nada mais do que os estudos e o afinco que punha nos estudos lhe renderam a admiração dos professores. A formatura veio após a residência e aos vinte e oito anos, Guto começara a trabalhar permanentemente no Hospital Central de Recife onde o velho Malta se internara. A decisão de ser clinico geral devia-se, sobretudo, ao seu projeto pessoal de ser medico rural. O pai almejara que ele tivesse um consultório na cidade, mas o doutor Augusto Tristão Filho queria atender às pessoas carentes do interior do estado. Foi assim que, após dois anos de trabalho árduo no Hospital Central, Guto recebera a incumbência de ser o médico da localidade longínqua de Inajá, no Sertão de Moxotó. Antes de partir para o sua nova missão, Guto despediu-se dos seus colegas, familiares e amigos e, com toda a esperança na mala, tomou o caminho para o Sertão. Acreditava que nesse lugar poderia desenvolver todo o seu profissionalismo e vocação de ajudar aos mais pobres e necessitados de Pernambuco. Clemencia Tristão era a única Irmã de Augusto. Era seis anos mais nova, por tanto, na época em que Guto transferiu-se para Inajá, Clemencia tinha vinte e dois anos. Era uma moça alta como o irmão, de uma beleza exótica e estonteante, longos cabelos escuros, pele branca muito branca herdada dos ancestrais holandeses, um par de olhos esverdeados e um sorriso simplesmente atraente. Magra, alta e elegante eram os atributos que todos os que a conheciam definiam a filha do escrivão Tristão. Muito apegada ao irmão, Clemencia ou Tita como era chamada na família, entrara na faculdade de Belas Artes e estudava pintura e escultura. Os primeiros trabalhos feitos nos anos universitários chamaram a atenção dos seus professores que viram nela um talento excepcional. Se Clemencia Tristão quisesse, poderia se tornar uma grande artista. Mas, no último ano da faculdade, a mais nova da família ainda não sabia o que fazer com o seu futuro, e para ser sincera, nem se importava muito com isso. Gostava só de dedicar-se por inteiro a sua arte e isso bastava para que a sua vida fosse maravilhosa. No entanto, a ausência do irmão, a deixara preocupada e muito solitária. De fato, ela já vivia um pouco isolada no meio dos seus devaneios artísticos, mas contava sempre com a forte presença do irmão que era como se fosse seu anjo da guarda. Mas não tinha jeito, Guto partira para a sua missão que ele considerava o mais importante na vida e Tita viu o irmão partir com um que de tristeza e apreensão. No começo achava que a sua angustia se devia à ausência do irmão mais velho, que sempre fora o seu querido camarada, mas depois percebeu que era mais do que simples saudades de irmãos. Ela achava que o lugar que Guto escolhera ficava um pouco distante da cidade, que no meio do Sertão as regras eram outras, que os habitantes desses lugares eram muito diferentes e, que sempre se metiam em problemas, quando não em casos de violência e agressividade. Era gente descontrolada, sofrida, acostumada com a dor, a violência e o medo, e tudo isso deixava Clemencia preocupada e muito angustiada. Seus pais tentavam acalma-la, mas Tita Tristão não conseguia tirar da cabeça que o seu irmão querido estava no meio de selvagens e gente perigosa. Foi assim que, tentou afastar os maus pensamentos dedicando-se por inteiro às artes. E Clemencia brilhou muito no último ano da faculdade. Ganhou um concurso universitário de pintura em tela e Augusto a escreveu dizendo que estava orgulhoso da irmã mais nova. No natal eles estariam juntos novamente. *******

terça-feira, 1 de outubro de 2013

REFLEXÕES PRIMAVERIS


Hoje acordei com o canto do sabiá. Eram às cinco e meia da manhã quando percebi a luminosidade de um novo dia. A alvorada encheu-se de luz e cor e na vastidão leste da cidade, o sol laranja anunciava à vida que mais uma manhã nascia.

A gelidez matutina de apenas 10 graus, misturava-se com a esperança e a alegria de mais uma nova jornada de vida. E então, percebi que me rodeavam os elementos mais puros da primavera: brisa fresca, luz, cor e estímulos e alegria, muita alegria. Como sempre, pensei numa velha canção que diz: “....e é tão gostoso ter, os pés nos chão e ver, que o melhor da vida vai começar.”

Parodiando a querida Clarice Lispector: “Achei Deus de uma grande beleza”.

CÉU E MAR


A vida era a mesma

no azul, imensidão do mar,

não existiam nem o cansaço,

 nem tristezas.

Só o brilho das estrelas

de um amor sem limites.

Céu e mar,

unidos na via láctea,

das profundezas oceânicas,

na beira da loucura,

do prazer, da ternura.

Nas praias desertas,

na solidão das montanhas

No azul espaço

do sentimento intimo.

Céu e mar

Se uniam no entardecer eterno

de um amor infinito.

OLHAR AZUL


Olhar de anjo

Sereno, enigmático

Olhar vibrante

Misterioso e brilhante.

 

Olhar de serenidade

Que reflete emotividade

Olhar singelo,

Platônico e belo.

 

Olhar que transborda,

todo o amor, toda rebeldia

Olhar sereno, ilusório

Reflexão e melancolia.

 

Olhar emotivo,

de reflexão e emoção

Sensação de alegria

Sorrido, euforia.

 

Olhar infinito

Efêmero, bonito

Estrelas do mar do sul

E de um etéreo céu azul.

Olhar azul

Vastidão de mistérios

Ilusão,

de imensidão e luz.

PEQUENO DICIONARIO INTIMO


MAR


Imensidão aquífera de sonhos e sombras. Azul fantasia. Essencial berço da vida.

 

OCTUBRE


Tiempo lluvioso,
sol radiante,
primavera renacida,
noches de esperanzas

Octubre de días agitados
de luces y fantasías
Es la vida que transcurre
en el fragor de los días.

Flores esparcidas,
en el caminar de nuestra vida
Nuevos amaneceres, nuevos sueños,
grandes expectativas, renovados deseos.

Octubre de noches cálidas
y suaves amaneceres
Interesantes proyectos de vida
de amores y otros quehaceres.