sexta-feira, 9 de outubro de 2009

As Lágrimas da ELZA


Hoje, a tarde, visitei a Elza. Levei para ela o texto que tinha escrito e sentados na mesa do café, no meio dos pães e doces, no meio das palavras de amizade e carinho, comecei a ler para ela o texto. E a minha amiga derramou lágrimas de emoção.
Se eu fosse a Clarice Lispector, certamente escreveria uma texto sobre as lágrimas da Elza, mas não sou. No entanto, posso sentir as emoções e as sensações mais profundas do coração de um amigo e isso é uma dádiva de Deus. As lágrimas da Elza limparam a minha alma. Lembrei da Clarice, que escreveu : " Amar os outros é a única salvação individual que conheço: ninguém estará perdido se der amor e as vezes receber amor em troca"Hoje recebi o amor da Elza, através das suas lágrimas que representam amizade, humanidade e amor. Certamente me sinto o homem mais feliz da terra...

ELZA

Era uma noite de sábado de um dia de junho. No salão, muita fumaça, barulho misturado com sons, muita gente ao redor. As crianças corriam no meio das mesas, todas ocupadas . A fumaça que enchia o salão se devia as barraquinhas de pasteis, churrasquinhos e outras comidas típicas deste evento. Era uma festa junina.
Entrei no salão, e me vi no meio do ruído, da cacofonia inebriante próprias desta festa tão conhecida e típica.
O apresentador anunciava a programação. Eu, particularmente fui para ver uma “dança de quadrilha” do meu amigo Luciano, um rapaz amante das danças juninas e que tinha insistido para que eu fosse vê-lo . Lá estava eu no meio da multidão.
Quando o apresentador anunciou a “Quadrilha Asa Branca” , todos fomos para o centro da pista, rodeada de mesas.
Foi quando percebi que eu, de pé, estava obstruindo a visão das pessoas que se encontravam sentadas ao redor. Virei a cabeça e pedi desculpas para uma senhora que estava sentada atrás de mim.
Me chamou a atenção esta senhora loira, elegante, de óculos, sem dúvida era uma mulher distinta. Ela sorriu para mim e me convidou para sentar ao seu lado. A mesa estava ocupada por outras pessoas; uma amiga dela e duas moças jovens que deviam ser as filhas desta amiga.
Foi ai que tudo começou. A Amizade e a Humanidade.
Ela me disse que se chamava ELZA. Começamos a conversar e ver a apresentação da quadrilha do meu amigo.
Quando a apresentação acabou, Elza e eu já tínhamos perdido a noção do tempo. A conversa foi maravilhosa. Elza é uma pessoa iluminada.
O magnífico porte, a elegância ao andar com a bengala, o sorriso agradável é como um sopro de brisa suave num dia de verão. A voz de Elza é cristalina como água pura da fonte.
Fonte de sapiência e de simplicidade, ela, simplesmente me cativou com a sua doçura.
Depois nos falamos ao telefone e fui visitá-la e a amizade fluiu como flui um rio tranqüilo em direção ao mar.
Ela foi me emocionando com cada detalhe da sua vida. Eu me senti totalmente a vontade. Amizade e Humanidade são os atributos de sua personalidade forte e vibrante, determinante e terna, simples e doce.
Foi um encontro de almas amigas, uma sintonia de amizade que só se explica numa espiritualidade que permeia a nossa própria existência.
Ela diz que sempre aprende comigo, mas eu aprendo muito mais com ela. Elza é o protótipo da experiência de convivência humana, de uma bondade e de uma vontade únicas......E que maravilhoso é poder desfrutar da sua companhia! . . Beber lentamente da sua sapiência e sentir na sua amizade sincera, os fluidos de um espírito generoso e fraterno.
Que privilegio tê-la como amiga!. Se uma amizade se constrói a base da confiança e amor de generosidade e sinceridade , vontade e bondade,de amor humano incondicional, então , certamente encontrei uma verdadeira amiga, amizade verdadeira que nenhum poder humano poderá mudar porque a amizade quando é verdadeira traspassa as barreiras do tempo e do espaço. A amizade não tem idade, nem gênero. Ela simplesmente existe.
E ela existe na minha vida e chegou para brilhar com luz própria, para me ajudar neste caminhar. ELZA já está na minha mente e no meu coração para sempre, minha estrela, minha amiga e minha guia.

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

SÃO PAULO DE MIL ROSTOS


SÃO PAULO DE MIL ROSTOS
E DE MIL AMORES,
DE MIL CANTOS FLORECIDOS
E DE MUITOS MONUMENTOS ESQUECIDOS.

MILHÕES DE PESSOAS
ABRAÇAM AS SUAS AVENIDAS
AMORES E PAIXÕES
COMEÇAM E ACABAM NAS SUAS ESQUINAS
OBSCURAS, MISTERIOSAS
ILUMINADAS , PEQUENAS E IMENSAS
SEDENTAS DE DINAMISMO
E A CADA MOMENTO, EXPLOSÃO DE REALISMO.

A REALIDADE ABRANGE
OS SEUS PARQUES, PRAÇAS E RUAS
OS SEUS OBSCUROS BECOS
A SUA AMBIÇÃO NUA.

CIDADE DE MIL CORES
E DE MIL AMORES
CAMALEÃO PERMANENTE
CINZA, AZUL, VERDE, BRANCO
VERMELHO, AMARELO FOSFORESCENTE

CADA AMANHECER,
MAJESTOSA E SILENCIOSA
A CIDADE ACORDA
SONOLENA E DISTANTE.
O SOL DE CADA MANHÃ
ILUMINA, TÍMIDO E SORRIDENTE
ANUNCIANDO QUE MAIS UM DIA CHEGOU
PARA A ETERNA CORRERIA DE TEUS HABITANTES.

SÃO PAULO DE MIL ROSTOS
PENSATIVOS E ALEGRES
DUVIDOSOS E TRISTES
SORRIDENTES E PACIENTES.

SÃO PAULO DE MIL AVENIDAS
DE MIL RUÍDOS, DE MIL MELODIAS
DE MIL MANIAS.

ESTONTEANTE, DISTANTE
ABSORVENTE, DOMINANTE
ALEGRE, PUJANTE
CHAMPAGNE BORBULHANTE.

SÃO PAULO DE MIL ROSTOS
TANTAS VEZES AMADA
TANTAS VEZES REJEITADA
MAS NUNCA ESQUECIDA.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

O SÁBADO NOSSO DE CADA DIA

Eu gosto dos sábados. É um dia em que repousamos, ou cumprimos com as nossas obrigações pessoais com mais tranqüilidade e vontade. Gosto dos sábados ensolarados de primavera, mas também gosto dos sábados chuvosos, onde posso ficar mais tempo na cama ouvindo a chuva tocar a terra com impetuosidade e ousadia, ou simplesmente através de uma fina garoa.
Gosto de me perder na cidade aos sábados, de me encontrar com amigos aos sábados, de jogar conversa fora, de me jogar no sofá lendo um bom livro e escutando alguma das minhas músicas preferidas.
Gosto de correr aos sábados porque quando corro vem a minha mente as inspirações mais interessantes para que eu possa escrever. Gosto de ver as pessoas caminhando, talvez felizes, talvez tristes, mas vivendo as agruras e as delicias do dia a dia.
Gosto dos sábados porque eu carrego as baterias para desfrutar do domingo e enfrentar o dia-dia da semana.
Sábado é um dia de meditação e de aprender a viver. Como uma viagem interior.
Bendito sábado.

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Fé é continuar a viver no meu eixo. Fé é o que me conduz pelo caminho que acredito é o certo.
A minha fé nasce no meu interior e ela quase sempre permeia as minhas atitudes e o meu comportamento.
Ela faz parte da minha existência.Sem ela eu não seria “eu” mesmo.

PACIÊNCIA

Dizem que a paciência é a mãe de todas as virtudes e que gera coisas boas.
Mas como é difícil ter paciência! Como é difícil respirar profundo na paciência , na espera e no silêncio.
Paciência é fazer tudo o que está ao nosso alcance para conseguir o que queremos ou devemos, e esperar, esperar, esperar.
A vida é como uma engrenagem que se move com o próprio processo no tempo e no momento certo, e devemos esperar.
As vezes confundo paciência com a fé. Para mim, a fé é também confiança. Confiar naquilo que acredito, ter fé que acontecerá, e ter paciência para esperar ver acontecer.
Quero ter mais fé para ter mais paciência. Acho que isso é o caminho certo.

FRAGILIDADE

Como admiro a fragilidade humana! Admiro as pessoas que tem noção das suas limitações e fragilidades e tem coragem para enfrenta-las e vence-las.
Através da fragilidade posso me sentir mais humano, posso de certa forma entender o meu semelhante, posso me tornar “ele” mesmo e sentir compaixão porque eu também tenho as minhas fragilidades e as minhas agruras, as minhas tristezas e o meu cansaço.
A fragilidade nos faz mais humanos porque é um golpe a nossa soberba. Ela nos faz ver que sozinhos não podemos, que precisamos do outro, de uma mão amiga, de um carinho, de um afago, de um estímulo. Nunca podemos sozinhos, juntos podemos tudo.
Quando eu me deparo frente a um obstáculo e luto , e venço, então as vezes a minha soberba me diz “Você conseguiu, você é poderoso”. Logo,logo, lembro uma frase espiritual que diz : “Sou um pobre vaso de barro quebrado” .
Então, estou pronto novamente para a luta.