O LONGO INVERNO DE 2015
Estamos nas vésperas de uma nova estação, e esta vez é a
primavera, que geralmente é conhecida como a estação das flores, da esperança,
da juventude. Mas, como sempre faço em algum momento do ano, gosto de ver o
futuro com alegria e gosto de meditar sobre os acontecimentos do passado. Esta
vez vou falar do longo inverno de 2015.
Costumo imaginar o inverno como longo, escuro e tenebroso,
mas também é um período de muita meditação, de calma, de transformação. Neste
ano, não tivemos as temperaturas próprias dessa estação, ou seja, frio, porém,
o inverno foi longo pelo seu significado. Nunca antes vivemos um tempo de
apreensão, de medo, de desesperança. Nunca antes tivemos medo do futuro, nunca
antes, ou pelo menos nos últimos 25 anos, minha geração viu como a crise
política se juntou à crise econômica provocando uma situação insustentável.
Tudo isso vimos neste longo inverno.
A primavera traz, de certo, muita esperança, muitas cores, um
caleidoscópio de emoções, mas também, tudo o que vimos no inverno parece não
ter final. E isso é preocupante.
Como dizia uma velha canção “eu quero cantar nas manhãs de
Setembro”, sim, eu quero cantar, mas, quando vejo ao meu redor tudo o que está
acontecendo, a vontade de cantar é deixada de lado. Mas, se tudo se resumisse
no Brasil, pelo menos, encontraríamos uma chance de perceber que existem muitos
outros lugares do mundo onde poderíamos escapar deste marasmo de pessimismo
nacional, mas ai nos encontramos com os problemas dos refugiados, das guerras
no oriente médio, sobre a miséria na África, sobre o consumismo exacerbado nos
Estados Unidos, sobre uma verdadeira crise de ética e moral que parece ter se
espalhado pelo nosso planeta.
Sem dúvidas, às notícias procedentes do estrangeiro não são
nada boas, às notícias nacionais são cada vez piores. Assim passamos o longo
inverno.
Mas o meu coração é por excelência, otimista. Eu acredito, eu
tenho fé, eu sei que estamos vivendo uma época difícil e muito dura, mas sei
que sairemos dessa, sei que o longo inverno que vivemos, dará lugar a uma
esplendorosa primavera, onde a esperança nos devolverá a alegria de viver.
Nenhum comentário:
Postar um comentário