segunda-feira, 5 de setembro de 2016

A VOLTA ÀS ORIGENS


Clarice Lispector escreveu na sua obra Água Viva que “algo está sempre por acontecer” referia-se ao leque de possibilidades que é nossa vida para experimentar novos desafios, sensações novas e sentimentos novos. Isso é a base da nossa existência: a experimentação e o fascínio que ela nos traz.
Vivemos, com já disse algum tempo atrás, na invasão tecnológica, nos tempos em que a realidade virtual está nos rodeando e ameaçando a nossa velha forma de vida. Não que eu ache que a realidade virtual não seja interessante, mas só como uma forma de experimentação. Ela não pode, jamais, substituir a experiência como fonte certa de aprendizagem e de evolução. Quero dizer que, com os avanços dos meios de comunicação, da Internet, das redes sociais, o que importa é o tempo real e virtual quase simultâneo, e esquecemos que também precisamos de um tempo para experimentar, apreender, analisar e elaborar todos os fenômenos da vida para assim poder utilizá-los corretamente.
Não estou dizendo que a tecnologia nos mudou, nós precisamos respirar e parar para pensar como lidamos com ela, e como ela pode nos ser útil para nossa vida e para nossa evolução como seres humanos.

Hoje acordei pensando em como fazer para que a tecnologia não atrapalhe os meus supremos instantes de meditação pessoal e de elaboração de pensamentos. Essa volta  às origens primitivas e indispensáveis da experimentação, é vital para não perder o milagre de aprender com qualidade.

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