Setembro veio com a promessa de mais uma alegre primavera. Agora ele despede-se como chegou, de maneira efêmera e, cheio de mistérios, mas a nova estação trouxe o que prometeu: novos desafios, novas emoções, novas situações.
Nossa querida Sampa é tão grande, tão complexa, tão difícil e, às vezes, tão perigosa. Durante o desjejum, somos bombardeados por péssimas noticias matutinas.
Mas, também, a primavera nos deu de presente coisas boas: o cidadão Robson, um ex-morador de rua, teve a genial idéia de montar uma “bicicloteca” (uma bicicleta-biblioteca) e, através do milagre da literatura, ele quis distribuir livros por todo o centro da cidade. A bicicleta, porém, fora furtada, mas a opinião pública junto com uma editora de livros, ofereceu a Robson uma nova bicicleta e um projeto de distribuição gratuita de livros para os leitores carentes.
O mundo pode estar convulsionado; a Europa em crise econômica como nunca se viu; milhares de seres humanos morrendo de fome na Somália, pessoas enfrentando tufões, terremotos e inundações. Mas aqui, o milagre da bondade humana ainda existe.
Eis o milagre da primavera; eis o que acontece num setembro que hoje diz adeus deixando saudades. A vida não para.
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