Amsterdam, 22 de janeiro de 1910.-
Amada Victoria:
Meu doce amor,
Acabei de voltar da Antuérpia e resolvi os problemas com a
empresa naval. Quando voltava para o hotel pela Rua de Vermeer, vi uma jovem loura
de olhos azuis (que parecia com você) vendendo flores. Comprei um buquê para
você, meu amor.
Essas semanas que estivemos separados foram como uma
tempestade de angustias e recordações. Não parei de pensar em você e sentir
saudades tuas.
Vou pegar o trem à Paris e dali à Londres será um pulo, minha
amada e adorada Vicky.
Sempre levo o teu retrato comigo e, nas noites de solidão,
quando a angustia pela tua ausência me queima o peito, então beijo o teu retrato
e durmo em paz, porque sei que você está comigo, no meu peito, no coração, na
minha mente e nos meus sonhos.
Todos os dias, agradeço a Deus por ter você comigo. As
flores, certamente murcharão, mas o meu amor por ti continuará firme e forte
como uma rosa vermelha.
Amo-te minha pequena amada.
Minha luz na escuridão,
Minha Fe e a minha coluna
Minha vida e o meu eterno amor.
Do seu, sempre seu
JAMES
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