“A ETERNIDADE POR UM FIO”, em inglês THE AGE OF ETERNITY é o
último livro da saga O SÉCULO do escritor britânico Ken Follett, e que retrata
o período do século XX que vai de 1961 até 1989 pulando brevemente até 2008.
Nos últimos dois volumes, A QUEDA DE GIGANTES e O INVERNO NO
MUNDO, vimos como o século evoluiu através de personagens fictícios que se
entrelaçavam brilhantemente com personagens históricos – que fizeram a história
do século- tão convulsionado que acabou de passar. Neste último volume, Follett
descreve a construção do Muro da vergonha – de Berlim – e claro, os personagens
que ficaram presos na Alemanha Oriental e suas lutas e sofrimentos por tentar
alcançar no Ocidente, uma nova vida que deixasse para trás a terrível vida de
prisioneiros que o regime comunista implantou ao seus cidadãos.
Por outro lado, nos Estados Unidos, os acontecimentos do
governo John F. Kennedy e o terrível momento dos misseis soviéticos em Cuba,
até o assassinato do mesmo Presidente, a guerra de Vietnã, o assassinato de
Martin Luther King e de Bob Kennedy e as lutas dos direitos civis aos negros
são surpreendentemente descritos no livro.
Na União Soviética, os personagens passam de Kruschev,
Andropov, Chernenko e finalmente Mihail Gorbavhev que implantou a “Glassnot”
(Transparência) e a “Perestroika” (Reestruturação), as intervenções soviéticas
na Primavera de Praga em 1968, até o ruir das estruturas comunistas na Polônia,
Hungria e, finalmente a queda do Muro de Berlim em Novembro de 1989.
O mundo inquieto e impressionante do século XX chega ao final
e nos mostra, brevemente que nos Estados Unidos um negro chamado Barack Obama
chega à Presidência em 2008. Os negros atingem a igualdade total após décadas
de luta e violência.
O homem do século XX não mudou muito se comparamos ao novo
século, ele é uma extensão de sua história e de seu sofrimento, das suas
virtudes, dos seus defeitos, da sua bondade e de suas crueldades.
O ser humano tem dentro de si aspectos de bondade e crueldade
que as circunstancias históricas e o destino da própria humanidade fazem com
que aflorem um ou outro aspecto. A história é a MAGISTER VITA (A mestra da
vida) e com ela aprendemos muito desses aspectos que nos assustam, impressionam
e até nos comovem. Afinal, o homem é um feixe de possibilidades e de
contradições, elementos que o faz humano, muito humano, demasiado humano.
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