terça-feira, 1 de março de 2016

"O FILHO DE SAUL" OU O DRAMA DO SOFRIMENTO HUMANO


Após assistir o longa do diretor húngaro Lazló Nemes “O FILHO DE SAUL”, percebi que o Oscar de Melhor filme estrangeiro está em boas mãos.
Os críticos falam da inovação do diretor ao filmar, quando a câmera, ora está grudada no rosto do personagem principal, ora o que ele vê naquele momento, ou seja os horrores da guerra apresentados sob o olhar de quem a vivencia.
Saul (Geza Rohrig) é um judeu do campo de concentração de Auschwitz em 1944, obrigado a trabalhar para os nazistas, sendo responsável em limpar as câmaras de gás após dezenas de outros judeus serem mortos. A fotografia do filme é escura, o ambiente é de terror, e no meio do holocausto, a suposta frieza de Saul encontra um proposito macabro: tentar sepultar um garoto que ele crê ser seu filho.
O sofrimento do personagem é envolvido numa sequência de cenas horrendas. O sofrimento humano está no rosto de Saul, gélido e frio, como uma ferida aberta.
Os filmes sobre a Segunda Guerra já foram vistos sob as mais variadas ópticas, a dos vencedores e a dos vencidos. Certamente o drama do holocausto é revisado no sofrimento humano de quem está vivendo o próprio inferno.

A obra de Lazló Nemes é magistral como é monumental a dor e a morte da humanidade.

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