sábado, 13 de agosto de 2011

AS AVENTURAS DE FLOPI (FINAL)


A CAVERNA DE ORTUD (CONTINUAÇÃO E FINAL)

A caverna de Ortrud, o monstro do mar, era de difícil acesso. No meio de um caminho de algas escuras, perto do abismo nerítico e atrás da montanha de caracóis, o grande molusco, reinava absoluto. Quase nunca saía da sua toca e quando o fazia, era para devorar qualquer espécie viva que aparecia diante dele.
Flopi, Pampo e Dalfinho expuseram ao Rei Tritão o plano. Néfutar deveria cantar a uma distância segura da entrada da caverna e assim que Ortrud dormisse, eles entrariam e pegariam o OCTUS, o líquido que limparia todo o oceano.
O Rei ordenou que Fidalgo e seus tubarões escoltassem Néfutar até a entrada da gruta. Flopi e os outros foram com eles. A entrada da caverna estava escura e era por demais, tenebrosa. Flopi sentiu que o sangue gelava nas suas veias, mas disfarçou seus sentimentos e, aproximou-se do terrível lugar.
Néfutar começou a cantar por trás dos muros de caracóis que rodeavam a entrada da gruta e, minutos depois, todos viram enormes tentáculos que saiam da caverna. Pouco depois, a cabeça de Ortrud, visivelmente contrariado por terem interrompido o seu sono.
O monstro do mar começou a escutar a melodiosa voz que vinha por trás do muro, continuou avançando até ela, mas acabou sendo vencido pelo sono. Lentamente os tentáculos foram relaxando e o monstro caiu em sono profundo.
Então, nesse momento, Flopi aproveitou para entrar na caverna, com Pampo e Dalfinho. O lugar estava escuro, o chão estava coberto de escamas prateadas. Dalfinho levava uma lâmpada e começaram a procurar o OCTUS. A suave voz de Néfutar era ouvida de longe.
Por fim, encima de uma rocha vermelha, encontraram um cofre. Abriram-no e ali estava: um pote de cristal com um liquido azul escuro. Tinham achado o Octus.
Saíram rapidamente da caverna. Ortud continuava dormindo. Fidalgo e os seus tubarões começaram a lenta retirada do lugar. Néfutar continuava cantando, mas, quando a sua voz foi desaparecendo, Ortrud acordou.
Então, todos ouviram um forte estrondo e, viram que o muro de caracol era derrubado pelos tentáculos do molusco. Mas já era tarde demais para ele. Todos tinham abandonado o local, sãos e salvos.
Fidalgo e Flopi foram até o alto de uma rocha, o mais perto que podiam chegar da superfície e ali, abriram o pote e o OCTUS espalhou-se pelas águas do mar.
Pouco a pouco as águas ficavam limpas para alegria de todos. Mais três dias, e toda a superfície recobraria sua nitidez.
No Palácio de Tritão, era dia de festa. Flopi e seus amigos seriam homenageados pelo Rei com medalhas de valor, pela temeridade e heroísmo demonstrado. Afinal de contas, eles salvaram o planeta do mar azul.
Felipe, anunciou a chegada do Rei aos sons dos trompetes. Flopi, Pampo, Dalfinho e Fidalgo aproximaram-se dele e receberam as honrarias, sob o aplauso de todos os presentes.
O Rei falou com voz poderosa : “Senhores e senhoras peixinhos do mar. Apresento-lhes os seus heróis. Eles salvaram a nosso habitat, o nosso reino, com uma bravura e coragem que nunca vimos antes. Para eles, nosso respeito e nosso agradecimento eterno.
Uma chuva de prata caiu sobre o salão, e Flopi sentiu-se o peixinho mais feliz do oceano.

F I M

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

UN NUEVO DÍA

En las primeras horas de la mañana, la luz solar invadía la ventana de su habitación. La muchacha de rizos dorados, se levantaba y pensaba en todo lo que debía enfrentar ese día.
Entumecida por el sueño, se dirigió al cuarto de baño para asearse. Después vendría el desayuno y una jornada más en los Grandes Almacenes donde trabajaba.
Hoy también era un día especial, pues era su cumpleaños: “Treinta años! – pensó –, parece que he vivido tanto, y sin embargo, es muy poco…y qué lejos estoy de lo que debería haber sido”, concluyó con tristeza mirándose al espejo.
Su vida carecía de altibajos y podía decirse que rayaba la sencillez. Pero el destino le reservaría momentos inenarrables de grandeza imperecedera.

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

PENSAMENTOS: HUMANIDADE

"O sofrimento humano é o melhor meio de crescimento interior"

"O amor, o ódio e o medo, são os sentimentos mais fortes do homem"

"A felicidade é pessoal e subjetiva. Não tem gráus nem níveis pois depende de cada ser humano. É o que o homem mais deseja, sem saber exatamente o que significa em realidade"

" As dores e os conflitos humanos nos fazem melhorar (ou piorar)nosso comportamento, a forma como nos relacionamos e, como enfrentamos os nossos medos e desafios".

PEQUENO DICIONÁRIO ÍNTIMO

PERSEVERANÇA

Força interior que provem do mais recôndito canto da alma e, que nos leva a não sair do eixo, daquilo que desejamos e planejamos. Unida à inteligência é um elemento poderoso de certezas e êxitos na vida.

terça-feira, 9 de agosto de 2011

A BUSCA DA FAMA

Numa manhã ensolarada de inverno, aqueles dias em que o calor é um tanto estranho pois estamos em julho, fui correr num parque pequeno, perto da minha casa.
O parque estava quase vazio e, como era a primeira vez que fazia o meu treino de corrida nesse lugar, pôde observar tudo ao meu redor.
Chamou-me a atenção uma escultura, bem no meio do parque. Como estava um pouco longe dela, pareceu-me um tanto confusa e incompreensível. Quando me aproximei, continuei sem entendê-la. Era de cor prata, brilhante, feita de aço e alumínio que simbolizava folhas, latarias, espadas. Perguntei-me o que significaria aquilo.
Parei o cronômetro e li o título da obra “ A busca da fama”. Então pôde perceber de que se tratava.
A fama estava representada nessa escultura por um conjunto de simbolismos difíceis de entender. Meditei sobre o assunto enquanto corria. Nunca entendi aquelas pessoas que faziam de tudo para alcançar a fama. Fama a qualquer custo.
Está bem e, é muito louvável, aquela fama que vem como consequência de um trabalho amado e bem feito. Uma tarefa individual que alcança dimensões ilimitadas porque faz bem a humanidade, em qualquer campo profissional. Esta fama é bem recebida.
Mas aquela que é cobiçada a qualquer preço, aquela que se consegue ultrapassando todo respeito humano e decência, essa é a mais perigosa.
A fama certamente estava bem representada nessa escultura que chamou a minha atenção nessa manhã de inverno e elaborei um último pensamento: Que ela esteja longe de mim, porque não gostaria de suportar o brilho falso da sua luz, o seu canto de sereia ilusória e a sua fantasia vazia e sem sentido.

ENTRELAZADOS


En el silencio
de la noche oscura,
una luz de amor nos envolvía
Los cuerpos entrelazados,
mareados de sudor
El rocío no se atrevía
ni siquiera a mojar este ardor.

Voces entrecortadas
murmuraban palabras de amor
Nada más nos importaba,
que los latidos del corazón

Las sombras de nuestros cuerpos
tiritaban de ansiedad
Es el amor, en su máximo esplendor,
fundiéndose en un efímero momento,
de suprema eternidad.

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

AS AVENTURAS DE FLOPI (I)


A CAVERNA DE ORTRUD

O reino do MAR AZUL está de festa. É o jubileu do Rei Tritão III e, todos foram convidados ao palácio de cristal, no fundo do oceano.
Flopi, Pampo e Dalfinho, os três amigos inseparáveis foram convidados e, logicamente estavam vestidos a caráter. Uma longa e alta escada de caracóis levava os presentes até o salão dourado, onde Sua Majestade iria recebê-los e, participar do concerto da famosa cantora lírica NÉFUTAR.
Ela era uma pequena sereia dourada, de flancos azuis. Na cabeça tinha uma pequena tiara que brilhava com as luzes do salão.
FELIPE, o cavalo marinho e, chefe da corte do Rei, anunciou com sua voz potente a presença do soberano das águas profundas.
- Sua Majestade, O Rei Tritão!!!!
Todos inclinaram a cabeça com profunda reverencia e em sinal de respeito. O Rei passou no meio da multidão e sentou-se no trono, no lugar mais destacado do lugar.
Pouco tempo depois começara o concerto de NÉFUTAR. Todos ficaram extasiados ao ouvi-la, sua voz era melodiosa e transmitia calma a todos.
De repente, ouviu-se um estrondo. Todos começaram a gritar a correr para ver o que acontecera. O ruído não vinha do fundo do mar, vinha de cima. Todos saíram do palácio e observaram que uma enorme mancha escura parecia cobrir toda superfície das águas marinhas. O que teria acontecido?
Flopi e seus amigos, junto com os outros convidados, nadaram em direção da mancha para ver o que era aquilo. Todo o reino estava alvoroçado. Na correria encontraram FIDALGO, chefe do exército dos tubarões do Rei, que voltava ao palácio com alguns tubarões.
- Voltem para casa, imediatamente – disse irritado – o que acham que estão fazendo?
- Queremos ver o que aconteceu – disse Flopi.
- Algo grave, melhor nem se aproximar da superfície. Uma grande nave humana teve um acidente em alto mar e despejou um liquido escuro, espesso e de cheiro muito ruim. Algumas plantas já morreram. Parece veneno. Voltem para casa. Vou comunicar ao rei o que vi.
Flopi e Pampo se olharam, enquanto Dalfinho conversava com outros peixinhos. Todos voltaram para casa.
Não passou muito tempo quando todos receberam um comunicado real ordenando que todos se apresentassem ao palácio de cristal. O rei faria um discurso urgente.
Tritão III , profundamente preocupado, subiu ao palanque, de fronte ao palácio e disse:
- Senhores e senhoras peixinhos do mar. Um grave acidente com uma nave humana aconteceu na superfície das águas. Soubemos que o liquido derramado é veneno para todos os seres vivos do nosso reino e, portanto, devemos nos preparar para o pior.
Todos começaram a cochichar entre eles, preocupados com o que ouviram. Ao sair do palácio, Flopi e seus amigos, ouviram um comentário de Fidalgo aos outros tubarões.
- O problema é que, se não encontramos uma solução para limpar as águas, todo morreremos intoxicados. Na verdade teremos que encontrar a forma de enfrentar ORTRUD, o monstro do mar, porque só ele tem a poção que pode limpar a superfície em pouco tempo...Mas, como fazer isso? Bem, vamos todos à reunião com o rei, veremos o que ele tem a nos dizer sobre isso.
Flopi ficou surpreso ao ouvir isso. Os amigos começaram a discutir o assunto.
- Então o monstro do mar tem uma poção na sua caverna? Não sabia disso, mas, como entrar se ele devora todos os peixes que tentam entrar no seu espaço.
- Sim, - disse Pampo – se pudéssemos encontrar uma forma de tirar Ortrud da sua caverna...Alguém sabe como é essa poção?
- Dizem que está num pote de cristal, bem embaixo dele. Não é grande. Mas, ultimamente Ortrud não tem saído da sua caverna.
Eles foram interrompidos pelo funcionário do palácio, Felipe, que estava bem ansioso.
- Meu Deus, o palácio está um caos. O rei Tritão está em reunião com o exército de tubarões, mas todos os peixinhos moluscos do palácio estão dormindo e não conseguem acordar. Tudo começou ontem a noite, após o concerto de Néfutar. Parece que a voz dela fez dormir todos os moluscos presentes.
- Moluscos dormindo pela voz de Néfutar? – disse Flopi surpreso -, então a voz melodiosa da cantora pode adormecer moluscos?
- Pelo visto, sim – disse Felipe – bem rapazes, devo correr. Mais essa para resolver. Como se não tivéssemos problemas....Tchau meninos..
Flopi, Pampo e Dalfinho ficaram boquiabertos. Depois de um silencioso minuto, Dalfinho disse:
- Então, se Néfutar cantasse diante da caverna de Ortrud, será que ele.......
- Sim, - disse Flopi – temos que agir rápido...Vamos ao palácio...