terça-feira, 9 de agosto de 2011

A BUSCA DA FAMA

Numa manhã ensolarada de inverno, aqueles dias em que o calor é um tanto estranho pois estamos em julho, fui correr num parque pequeno, perto da minha casa.
O parque estava quase vazio e, como era a primeira vez que fazia o meu treino de corrida nesse lugar, pôde observar tudo ao meu redor.
Chamou-me a atenção uma escultura, bem no meio do parque. Como estava um pouco longe dela, pareceu-me um tanto confusa e incompreensível. Quando me aproximei, continuei sem entendê-la. Era de cor prata, brilhante, feita de aço e alumínio que simbolizava folhas, latarias, espadas. Perguntei-me o que significaria aquilo.
Parei o cronômetro e li o título da obra “ A busca da fama”. Então pôde perceber de que se tratava.
A fama estava representada nessa escultura por um conjunto de simbolismos difíceis de entender. Meditei sobre o assunto enquanto corria. Nunca entendi aquelas pessoas que faziam de tudo para alcançar a fama. Fama a qualquer custo.
Está bem e, é muito louvável, aquela fama que vem como consequência de um trabalho amado e bem feito. Uma tarefa individual que alcança dimensões ilimitadas porque faz bem a humanidade, em qualquer campo profissional. Esta fama é bem recebida.
Mas aquela que é cobiçada a qualquer preço, aquela que se consegue ultrapassando todo respeito humano e decência, essa é a mais perigosa.
A fama certamente estava bem representada nessa escultura que chamou a minha atenção nessa manhã de inverno e elaborei um último pensamento: Que ela esteja longe de mim, porque não gostaria de suportar o brilho falso da sua luz, o seu canto de sereia ilusória e a sua fantasia vazia e sem sentido.

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