Hoje é 7 de setembro, uma data conhecida nacionalmente como a
do “Grito do Ipiranga” , grito que proclamou a independência pátria pelo então Príncipe
Regente do Brasil, Dom Pedro, depois, Imperador Pedro I.
Desde o começo da historia independentista deste país tão vasto
e complexo, já apareceram os sinais que, explicariam essa complexidade e essa típica
característica do “Ser brasileiro”.
O Brasil não foi uma república, como os demais países americanos,
e continuou com a monarquia na pessoa de Dom Pedro I e seu filho Pedro II; e também não seguir o padrão político e
social dos países vizinhos. Talvez pela sua imensidão geográfica e as diferenças
sociais e demográficas do seu território, a coesão política só foi mais fácil através
da monarquia, que aparentemente deu certo por varias décadas até eclodir na
república quase no final do século XIX.
Com uma historia muito peculiar ao longo do século XX, o País
nunca mais teve guerras nem conflitos sérios internacionais. É bem certo que
colaborou com os aliados na segunda guerra mundial enviando tropas à Italia,
mas nada que ameaçasse a sua integridade e o seu território. O único conflito
armado longo e importante em que interveio como protagonista foi na Guerra do
Paraguai (1864-1870) que custou sacrifícios incríveis e minou a sua economia e
sua política, levando a monarquia a um estado de exaustão que culminou na
república duas décadas depois.
Pois bem, um País como o este, de extensões territoriais
continentais, de imensa densidão demográfica, de geografias tão diferentes, de
pessoas tão diferentes conseguiu, uma unificação política e social dignas de
destacar.
Mas, quem é o Brasileiro realmente? Talvez o Seu José, Seu
João e a Dona María Brasileiros, são cidadãos alegres, discretos, sofridos,
pacientes, crentes, amantes da sua terra, trabalhadores incríveis, gente forte,
brava, transparente, gente cheia de esperanças de que tudo vai dar certo, gente
consciente das suas limitações, gente que sabe expressar os sentimentos (essa é
a característica que mais atrai os estrangeiros) e, claro, gente que sabe dançar,
cantar, jogar futebol e tomar café. Não pense que estou colocando os clichês
habituais mais conhecidos para descrever a essência do brasileiro. Não, eu só
queria sintetizar, de modo simples, qual é a minha opinião sobre o cidadão brasileiro,
aquele com quem interajo dia após dia, aquele que aprendi a conhecer um pouco
mais, a compreender os seus anseios e, a amar como nunca.
Do Oiapoque ao Chuí; da extensão do litoral atlântico às
selvas amazônicas; do agreste sertão do nordeste às serras gaúchas; do pantanal
de Mato Grosso até os confins das planícies paulistas; das serras fluminenses ate
as terras goianas, e das terras mineiras até a vastidão do Acre e de Rondônia,
eu “ouço essas fontes murmurantes, onde eu apago a minha sede e onde a lua vem
brincar”. É pegando carona na AQUARELA DO BRASIL de Ary Barroso (composta em
1939), continuo dizendo: “Ah, esse Brasil lindo e trigueiro, é o meu Brasil
brasileiro, terra de samba e pandeiro; Brasil, pra mim, Brasil, pra mim”.
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