FEVEREIRO: ENTRE CHUVAS, CRISES E
ESPERANÇAS
E a vida desliza-se suave no novo horário convencional, para
alguns, o horário de inverno. Anoitece então muito mais cedo, e parece que o
amanhecer demora para chegar, mas estamos em fevereiro, e a luminosidade do
verão ainda está presente que traz um certo conforto e esperança para estes
dias tão tumultuados de começo de ano.
As chuvas de fevereiro não decepcionaram, ao contrario,
choveu mais do que o esperado para este mês e o carnaval teve seu momento de
refresco molhado com tantos blocos e escolas de samba. O povo, como sempre,
entrou de cabeça nesta festa popular para esquecer a época de vacas magras em
que estamos submersos todos.
Apesar de manter o otimismo, o que resulta cada vez mais
difícil, a crise política e econômica está longe de acabar no Brasil. Em
fevereiro, as sessões do Congresso Nacional trouxeram, novamente os velhos e
atuais problemas em que o governo se encontra. O impeachment da Presidente
ainda é uma ameaça a ela e isso será assim enquanto os problemas econômicos não
melhorarem. As reformas fiscais e da Previdência parecem distantes e sem elas,
o governo não conseguirá sair da lama em que se meteu e, em consequência, nos
meteu a todos. O vespeiro político na Câmara de Deputados comandado pelo
Presidente Eduardo Cunha (desafeto do governo) inaugurou agora um novo embate
que parece ter saído de lutas medievais. O Supremo Tribunal Federal também
entrou na lide para marcar sua presença, muitas vezes com decisões que se
aproximam perigosamente do inconstitucional. Entre eles, a Presidente Rousseff
continua balançando num poder fraco e quase nem consegue se equilibrar no meio
de tanta notícia ruim, de impopularidade, corrupção e catástrofes econômicas. Para
piorar, o vírus Zika transmitido pelo Aedes aegypti continua aterrorizando
todos os brasileiros e além das fronteiras. Todos sabemos que se existisse mais
saneamento básico, se o governo tivesse algum plano visceral na luta contra
este inseto, não estaríamos nesta situação de vergonha internacional.
Para atirar mais lenha ao fogo, o preço de petróleo internacional
não colabora, continua despencando trazendo mais sombras para as perspectivas
da economia internacional.
Mas, diante de todo este cenário, ou sucumbimos ou saímos vitoriosos.
A esperança continua sobrevoando nossas mentes. Ela nunca desaparece. Ela se
mantem firme, assim como nossa fé. Diz um velho ditado que “não há mal que dure
cem anos”. Pois bem, vou me aferrar a esse refrão com todas as minhas forças
pois a esperança em que tudo vai melhorar, vai passar, mesmo que seja a passos
de tartaruga, será meu alicerce para continuar em pé.
E ainda vem as aguas de março. Meu desejo e minha prece é que
essas aguas levem tudo que há de ruim nas nossas vidas: corrupção, tristeza,
doenças, lágrimas, preocupações, medos, incertezas e muito mais.
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