O que é a coragem,
senão a capacidade de exercer a verdadeira LIBERDADE?
Li ou escutei em algum lugar alguém dizer que tem CORAGEM
aquele que vive a vida com a total liberdade de ser o que quer ser, e estar
onde quer estar, sem preocupar-se com a opinião dos outros, sem deter-se aos
medos do cotidiano e, sem ter medo de ter opinião, de pensar diferente, de
sentir diferente.
Vivemos numa época cinzenta onde tudo que parece ser, não é,
é o que pensamos que não é, é. Olhamos o mundo com a visão de quem navega pela
internet, que se comunica com o melhor aparelho tecnológico e que vê o culto da
religião, os valores tradicionais, a família e as relações humanas num limitado
contexto de rede social.
Como? Você não tem facebook, nem twitter, nem email?; não tem
celular?, não posta fotos pelo Instagran?; nunca ouviu falar em Linkedin?; você
não tem carro? Você anda de bicicleta?; você lê poesias e livros clássicos?, e
ainda por cima se veste como quer?. Quem é você?: um marciano?. Meu Deus: Você
é alternativo!!!
Alternativo, na nossa época quer dizer “diferente”, quer
dizer “estranho”, quer dizer “louco de pedra”. Alternativo não é nada disso, é
simplesmente o ser humano que tem coragem, que é corajoso. É tudo isso,
simplesmente isso.
Acabei de assistir um filme sobre como o acaso, ou o destino,
pode nos oferecer escolhas na nossa vida. Um pacato professor, de vida chata e
desinteressante, salva a vida de uma moça prestes a cometer suicídio. Sem
querer, ele fica com o casaco dela e no bolso tinha um livro. Esse livro leva o
personagem para outro país e a descobrir histórias de vida que mudaram a sua
própria vida. Através do livro, o professor teve a coragem de ir atrás daquilo
que considerou importante.
Quantas vezes cai um “livro” nas nossas mãos e não temos essa
coragem de nos deixar transformar por ele. Quantas vezes a vida nos oferece
caminhos desconhecidos mas falta a coragem de segui-los.
Quantas vezes acordamos antes do sol e colocamos dentro da
mente que hoje teremos a coragem para mudar a nossa vida, mudar aquilo que não
gostamos, aquilo que queremos esquecer.
Sim, viver é um ato de coragem; sobreviver, não. Vivemos
quando temos a coragem de exercer a nossa liberdade plena de seres humanos.
Quando transformamos o que devemos transformar, quando mudamos o que não nos
agrada, quando iluminamos nossa vida com a luz da esperança porque a escuridão
é demasiado desconfortante. Sobrevivemos quando “deixamos” que a vida nos leve
por caminhos que não gostamos, e não temos coragem para dizer “não” quando é
preciso.
Isso é sobreviver, isso é “não viver”.
Não é irônico que, no século XXI, século de liberdade que
vivemos, nos falte a coragem para ser livres? Cabe a nós, só a nós, ter a
coragem de mudar se a mudança é imperativa para sermos nós mesmos. Só assim
conseguiremos ser realmente felizes.
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