sexta-feira, 29 de julho de 2011

A MAIS PAULISTA DAS AVENIDAS


Sexta feira, 20hs, 17graus, inverno brasileiro. Chego até a mais paulista das avenidas. Ela está simplesmente iluminada, maravilhosa e cheia de vida. Numa esquina, vejo músicos tocando saxofone e flauta, noutra, um grupo de jovens góticos preparando-se para alguma balada; noutra, jovens roqueiros trajados como Deus manda; noutra, a alegria contagiante dos bares com cheiro de cerveja e batatas fritas. No céu, as estrelas brilham. No asfalto, o ruído ensurdecedor dos ônibus e carros; sob as calcadas invadidas por transeuntes, a linha 2 –verde- do metrô paulistano transportando multidões apressadas para chegar em casa depois de uma longa semana.
Observo os prédios altos, soberbos, orgulhosos e iluminados. Eles parecem grandes esculturas a céu aberto, vejo neles um enxame de luzes, de olhares surpresos, de despedidas, de saudades.
Assim sinto esta avenida. Ela sempre me surpreende, ela sempre me inquieta, ela sempre me acolhe.
Volto a olhá-la mais uma vez, e desapareço na multidão. Nesse instante, sou mais um cidadão do mundo, um espectador silencioso e, talvez apaixonado, por este recanto tão singular da querida cidade.

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