Há pouco tempo atrás, o MOMA (Museu de Arte Moderno de Nova Iorque)
publicou uma pesquisa em que dizia que uma pessoa passava, em media, sete
segundos diante de uma obra de arte.
Em uma entrevista televisiva, o Ator
Antonio Fagundes, mencionava que, em 2000 tinha escrito uma peça de teatro onde
abordava este assunto. Segundo ele, na peça chamada “Sete minutos”, ele pensava
que, naquela época (doze anos atrás), o público gastava sete minutos de
concentração na contemplação da arte. “Isso, - dizia o ator – foi há mais de
dez anos atrás; agora só temos sete segundos e o tempo vai diminuindo”-
concluiu Fagundes.
Até onde vamos chegar? Na há duvidas
que, vivemos um século XXI de tecnologia vertiginosa e espantosa. Já tinha
escrito várias crônicas sobre isto. Que a modernidade facilitou a nossa vida é
fato, mas ao mesmo tempo, está dificultando a nossa comunicação humana.
E quando falo de comunicação, não
estou falando da tecnológica
( internet, GPS, celulares, tablets), mas daquela antiga e inata capacidade da humanidade de se comunicar e, através dela, compartilhar amizade, afeto, amor e caridade, entre outras coisas.
( internet, GPS, celulares, tablets), mas daquela antiga e inata capacidade da humanidade de se comunicar e, através dela, compartilhar amizade, afeto, amor e caridade, entre outras coisas.
Olho ao meu redor e vejo gente
“absorvida” em aparelhos eletrônicos, sem nem sequer olhar para o próximo. As
palavras gentis, os gestos polidos e educados, a graça da linguagem e da
verbalização emotiva, deram passo às frias mensagens SMS, aos chats e, tantos
outros meios de comunicação moderna onde tudo transcorre num abrir e fechar de
olhos.
Também estamos perdendo a capacidade
de concentração. A leitura rápida das manchetes da internet, o email
telegráfico e lacônico substituiu o charme e glamour das cartas manuscritas,
deixam a nossa humanidade num estado permanente de ansiedade e impaciência.
Enquanto vou filosofando sobre o
assunto, vejo pessoas nas ruas falando ou teclando nervosamente os aparelhos
telefônicos. Nada do que escrevi é exagero e acho isso preocupante. De repente
escuto uma velha canção numa esquina da grande avenida:
“Vou te contar, meus olhos já não podem ver, coisas que só o coração pode
entender, fundamental é mesmo amor, é impossível ser feliz sozinho”
Um sorriso veio do meu interior.
Enquanto houver vida, haverá possibilidades de comunicação humana e, enquanto
houver comunicação humana, haverá amor. Enquanto houver pensamento critico,
haverá muito mais tempo do que sete segundos para apreciar a beleza da vida.
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