terça-feira, 3 de novembro de 2015

REFLEXÕES DO COTIDIANO


“A Humanidade moribunda”

Sempre disse a mim mesmo que, enquanto tiver motivos para me surpreender e assustar respeito à conduta da raça humana, então a minha humanidade ainda está vida, respirando por aparelhos, moribunda, quase morta, mas ainda viva, e enquanto houver vida há esperança. Esse ditado tem norteado minha vida ao longo dos anos e com a experiência da observação (e da estupefação), essa máxima continua vigente e cada vez mais com intensidade reveladora.
Existem muitos fatos que me surpreenderam negativamente nestas últimas semanas. Todos eles, pequenos ou não tem tirado meu sono e tem diminuído, perigosamente, minha fé na humanidade.
Tenho falado muito sobre as terríveis enfermidades que dominam nosso novo século XXI, uma delas, um câncer chamado ISIS (Estado Islâmico) que tem feito atentados contra a humanidade e contra o patrimônio cultural e histórico Universal no Oriente Médio. Soube, então que eles, com regozijo se autoproclamaram autores do atentado do avião russo que caiu no Sinai (Egito) nos dias passados, matando mais de 200 pessoas, todas turistas inocentes. Se bem a notícia ainda não foi confirmada pelos peritos, quando chegamos a um ponto, em que um grupo de seres humanos celebra que tem matado outro grupo de seres humanos, por motivos que não justificam absolutamente nada o assassinato em massa de homens e mulheres.
Ou então, hoje soube, estupefato, que os lojistas do elegante bairro de Moema em São Paulo, colocam ossinhos envenenados para matar todos os cachorros que passeiam pelo bairro, porque eles “sujam” as calçadas. Meu Deus, como não começar a comentar este fato com um “Meu Deus”assustado?; como não me sentir enojado por pertencer à mesma categoria de seres vivos que esses que atentam contra a vida de outros seres vivos, criaturas de Deus, que só vem à este mundo para aprender e ensinar-nos?
Um pequeno cachorrinho, comeu o ossinho ontem, e entrando em coma, morreu na noite passada deixando o seu dono, uma criança, em estado inconsolável.

Quando leio e escuto uma notícia assim, morre um pouco mais a minha humanidade e a minha fé sobre o ser humano. E, como disse a um amigo agora pouco: “se Deus decidir apertar o botão do F...e acabar com a raça humana, eu o entenderia”. Juro que o entenderia, mesmo que isso também acabe comigo.

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