“A Humanidade moribunda”
Sempre disse a mim mesmo que, enquanto tiver motivos para me
surpreender e assustar respeito à conduta da raça humana, então a minha
humanidade ainda está vida, respirando por aparelhos, moribunda, quase morta,
mas ainda viva, e enquanto houver vida há esperança. Esse ditado tem norteado
minha vida ao longo dos anos e com a experiência da observação (e da
estupefação), essa máxima continua vigente e cada vez mais com intensidade
reveladora.
Existem muitos fatos que me surpreenderam negativamente
nestas últimas semanas. Todos eles, pequenos ou não tem tirado meu sono e tem
diminuído, perigosamente, minha fé na humanidade.
Tenho falado muito sobre as terríveis enfermidades que
dominam nosso novo século XXI, uma delas, um câncer chamado ISIS (Estado
Islâmico) que tem feito atentados contra a humanidade e contra o patrimônio
cultural e histórico Universal no Oriente Médio. Soube, então que eles, com
regozijo se autoproclamaram autores do atentado do avião russo que caiu no
Sinai (Egito) nos dias passados, matando mais de 200 pessoas, todas turistas
inocentes. Se bem a notícia ainda não foi confirmada pelos peritos, quando
chegamos a um ponto, em que um grupo de seres humanos celebra que tem matado
outro grupo de seres humanos, por motivos que não justificam absolutamente nada
o assassinato em massa de homens e mulheres.
Ou então, hoje soube, estupefato, que os lojistas do elegante
bairro de Moema em São Paulo, colocam ossinhos envenenados para matar todos os
cachorros que passeiam pelo bairro, porque eles “sujam” as calçadas. Meu Deus,
como não começar a comentar este fato com um “Meu Deus”assustado?; como não me
sentir enojado por pertencer à mesma categoria de seres vivos que esses que
atentam contra a vida de outros seres vivos, criaturas de Deus, que só vem à
este mundo para aprender e ensinar-nos?
Um pequeno cachorrinho, comeu o ossinho ontem, e entrando em
coma, morreu na noite passada deixando o seu dono, uma criança, em estado
inconsolável.
Quando leio e escuto uma notícia assim, morre um pouco mais a
minha humanidade e a minha fé sobre o ser humano. E, como disse a um amigo
agora pouco: “se Deus decidir apertar o botão do F...e acabar com a raça
humana, eu o entenderia”. Juro que o entenderia, mesmo que isso também acabe
comigo.
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