“RE-DESCOBRINDO O IBIRA
NA PRIMAVERA”
Às manhãs de sábado tem o seu encanto, seu charme e o
privilégio de descobrir sempre à própria vida.
O parque do Ibirapuera é conhecido intimamente como “IBIRA”
para aqueles que sabem apreciar os seus cantos mil, suas árvores centenárias,
suas trilhas sinuosas, seu magnetismo e seu ar de alegria nos finais de semanas
paulistanos. E o mais incrível é que ainda posso me surpreender com seus cantos
e segredos, suas ocultas e bucólicas paisagens, suas cores e aromas, seu
encantamento de ilha no meio da cacofonia e efervescência urbanas, como se estivéssemos
fora da cidade, como se desfrutássemos por um momento do silencio e do verde do
campo.
Pois bem, anos e anos treinando no Ibira, quando na bela manhã
de sábado de primavera, em que o verão se aproxima lentamente, quando podemos
sentir o fresco aroma das chuvas tropicais, eis que me encontro com uma trilha quase oculta pela
vegetação – árvores pertencentes a mata atlântica – que bordeia suavemente o
viveiro do parque. O viveiro fica entre a rua Quarto Centenário e a avenida República
do Líbano e lá são encontradas muitas mudas de plantas e árvores que são
replantadas no parque. Do lado da alta cerca de ferro do parque, esta trilha,
composta por mata enxuta, altas árvores e muita grama misturada de um pouco de
barro devido as últimas chuvas, o ar tropical de floresta parece nos
transportar a um lugar isolado da natureza, onde não existe desordem nem ruído.
Aqui, a paz pode ser vivida e sentida plenamente. E logo depois, o viveiro nos
oferece como presente da natureza, as mais lindas cores de flores e o verde das
árvores.
Um grande “re-descobrimento”. Eis a explicação que sempre
tenho quando me perguntam o porquê de gostar tanto do parque. Sem dúvidas,
porque ele me presenteia a cada momento de singulares paisagens e cantos
misteriosos, elementos que fazem da vida uma agradável e alegre surpresa.
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