sábado, 27 de março de 2010

CHUVA DE OUTONO



Era um dia sábado de outono. Fui correr ao parque do Ibirapuera. O meu treino era um tanto longo : 16 kms. Quando cheguei ao parque observei que nuvens negras começaram a surgir do nada. Isso é normal nestes dias de outono. Quando comecei a correr vi que um manto branco que parecia névoa cobriu os prédios e as antenas da minha querida avenida paulista. De repente a chuva tomou conta do parque e continuei correndo.
Senti a água abençoada da chuva encharcando o meu corpo e que parecia lavar a minha alma. Sempre gostei de chuva, sempre gostei de caminhar na chuva, de me molhar, porque a água não só lava, ela também purifica.
Continuei correndo. De vez em quando cruzava com outros “loucos”, “ousados” ou “corajosos” corredores que, como eu, tentavam lutar contra o cansaço, contra a dor, tentando medir as nossas forças.
Lentamente a chuva passou, como tudo passa na vida. O tempo passa e o que fica é a satisfação do dever cumprido. Uma e outra vez.
Já era noite de um sábado de outono. A vida se renovava, como sempre.

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