sábado, 5 de novembro de 2011
CONTRADIÇÃO
Alguns dias eu acordo cedo
Outros, acordo tarde
Gosto de ver o sol nascendo
Gosto de ver a lua crescendo
As vezes falo tanto
Até comigo mesmo
As vezes fico calado
Suspirando, sussurrando
Eu gosto de verão
Surpreende-me a primavera
Não gosto de outono
Detesto o inverno
As vezes choro
Mas muitas vezes rio
Sorrio sempre,
Meu olhar é transparente
Meu olhar é macio
Tenho sonhos fantásticos
Tenho pesadelos escuros
Adoro correr sem parar
Mas também me canso
As vezes é melhor caminhar
Gosto de bicicleta
Gosto de chuva
Não gosto de céus nublados
Adoro as manhãs de sol radiante
Eu fico calado
Matutando, sonhando
Eu amo, as vezes eu desgosto
Eu detesto, eu gosto
Adoro ouvir música
Adoro ficar em silencio
O silencio me comove
Um choro me afoga
Eu gosto de todos os animais
Menos de cobra
Eu gosto de emoções
Não controlo as sensações
Eu sou romântico
Eu sou efêmero
Eu ando vivendo como mutante
Eu saboreio uma fruta vermelha
Eu sinto saudades
E as vezes não sinto nada.
Eu sinto o amor
Eu fujo do ódio
Adoro Tchaikosky, Debussy e Brahms
Não gosto de Shostakovich
Eu acho Stravinsky muito estranho
Eu sonho com Eric Satie
Eu adoro música pop
Mas prefiro à erudita
Eu gosto de escrever poesias
Eu gosto de ouvir sinfonias
Eu adoro os sábados da minha vida
Eu adoro dormir ao menos
de noite e de dia
Eu sou um homem, as vezes um bicho
Eu sou filho de Deus
Eu estou acompanhado sempre
Mas as vezes prefiro ficar só
Me chamam de “Ser Humano”
Sou um torrente de emoção
Por que não sentir esta CONTRADIÇÃO?
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