domingo, 2 de fevereiro de 2014

CICLOVIA DO RIO PINHEIROS




UM SÁBADO DE VERÃO

Sábado de manhã, 9hs. O sol escaldante do primeiro dia de fevereiro de 2014 esta em pleno apogeu. Mais um dia quente se aproxima e nada melhor do que pegar a bicicleta e ir à ciclovia do rio Pinheiros.

A ciclovia que esta a beira do rio tem em total 22,5km de extensão. Ela começa na região de Interlagos até a estação Vila Lobos da CPTM. Hoje, ela esta interditada nos primeiros 14 quilômetros (de Interlagos até Vila Olímpia) devido à construção do monotrilho da linha 15 Ouro, na região do Morumbi. De qualquer forma, é um prazer andar de bike através dos seus 8,5km desde a Vila Olímpia até Vila Lobos.

Nesse trecho, a ciclovia passa por imponentes edifícios comerciais localizados na Marginal Pinheiros, e as estações de trem urbano da CPTM, localizadas na mão direita, são um charme pela sua arquitetura e suas cores modernas. Sem duvidas, a estação Pinheiros (que esta unida com a linha 6- Amarela – do metrô, tem a construção mais impressionante do ponto de vista da arquitetura cosmopolita.

O calor estava ficando insuportável, mas o desejo de aproveitar a manhã de sábado era muito maior. Ouvindo sinfonias de Bach, pela radio Cultura FM, não pude deixar de ver a realidade do momento. A falta de chuva neste verão terrível faz com que o nível do rio esteja extremamente baixo. Ilhas de barro, sujeiras, troncos velhos de arvores, bolsas de areia e garrafas de plástico espalhavam-se pela beirada do rio cansado, doente e quase desaparecendo. Nem as sinfonias de Bach evitaram que eu não sentisse uma tristeza ao ver o rio nesse estado, quase morto. O outrora rio Pinheiros, que fora palco de tantas competições de natação, de remo, de atrair os cidadãos que se atiravam nele para se refrescar nos longos verões do passado, agora é só uma pálida testemunha da cidade. É uma imensa pena.

Os 25km de ciclismo até minha casa, me deixaram essa impressão profunda e o desejo que, em pouco tempo, o plano piloto do governo, de limpeza dos rios Pinheiros e Tietê, seja uma realidade.

 

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