sexta-feira, 31 de outubro de 2014

ALMA, A FILHA DO DESTINO (CAP.VI PARTE II)



Dias depois desse final de semana em Saint Assise, Claire e Joan não deixavam de falar sobre o lugar, sobre o rio, sobre Henri.
- Que lugar delicioso – disse Joan bebendo seu café na sacada de sua casa em Montmartre. Claire, sentada numa cadeira de balanço, folhava uma revista.
- Pois é, adorei Saint Assise.
- Amanha iremos à loja e falaremos tudo isso pra Madame Brigny. Ela é encantadora.
- Sim, todos eles são.
Joan olhou para amiga e sorriu.
- Sim, Claire, eu também notei que Henri não tirava os olhos de você!
A moça ficou encabulada e vermelha como um tomate.
- Por que você diz isso? Nada de mais.
- Hummm, ficou vermelha. – Joan começou a rir – eu sabia, eu sabia
Claire jogou a revista na amiga.
- Para com isso Joan, não fale bobagens. Henri e eu só somos amigos, você sabe disso!
- Amigos heim? Esta bem, amigos – disse rindo.
Claire ficou pensativa. Enquanto a amiga foi pegar mais café e croissants, Claire Dupont fechou os olhos e lembrou aquela tarde em que ela entrou, por primeira vez, nas aguas do rio Sena.
- Vou entrar Henri, será que o rio não é perigoso?
- Não se preocupe, Claire, o rio é calmo nesta parte e bem rasinho. Você vai gostar.
A moça entrou rapidamente e sem medo e começou a nadar. A agua estava deliciosamente morna e, como Henri tinha dito, muito rasa.
- Adoro nadar no rio – gritou Claire.
- Eu falei que você ia adorar – sorriu Henri enquanto tirava a camisa e corria para a agua. Nesse momento, Joan chegou com uma cesta de pic nic.
- Oi pessoal...Nossa, já estão na agua!
- Joan, entra na agua, esta deliciosa – disse Claire.
- Acho que não, vou preparar os sanduiches para comer. Aproveitem ai...
Ela nadou com prazer. Henri estava bem ao lado dela e a sua presença a reconfortava.
Quase podia sentir a brisa do meio dia soprando o rosto molhado, as arvores verdes e altas que rodeavam a praia, o sorriso de Joan e de Henri, enfim, ela sorriu satisfeita.
-  Quer mais café?
A voz de Joan a trouxe de volta. Ela pegou o café em silencio e olhou para a cidade. No alto da colina, o sol batia forte sobre a Catedral de Sacre Couer.

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