sexta-feira, 24 de outubro de 2014

IMAGENS PAULISTANAS







Da fragilidade à dureza
Do cinza urbano ao caleidoscópio primaveril
Se enche de cores, a cidade pagã e ofegante
Suada, tórrida e fria
Calorosa e transparente
Quão noiva volátil e assustada
a espera do seu futuro incerto.
Desmaia e se levanta ao alvorecer,
para continuar sua palpitante vida
A cidade se parte, se divide, se junta,
num conjunto de cores e chuvas.
Museus e palácios, jardins e parques
Multidão apressada, trafego intenso
Luzes de neon, aviões e buzinas
Esculturas de mármore, caladas e franzinas
Teu universo se agita em estradas e planaltos
Segredos da natureza calam tua formosura
Descobrir, revelar, desbravar, eis os teus valores
Que se misturam com o trabalho e as flores
Avenidas com faróis acesos por sempre
Iluminam teu caminhar meio descontente
Meio triste, meio amargo
E as vezes tão felizes e meigos.
Para muitos, és ameaçante
Para mim, palpitante
És mãe, és universo errante
És transparência, és beleza ofegante.
De Norte a Sul, de Leste a oeste,
Dois rios te cruzam, sobreviventes
O teu skyline é impressionante
És uma cidade borbulhante!
Cidade emocionante, mutante
Pulsar de uma sociedade dilacerante
Pujança, amores desencontrados
Mil cidades em uma, loucura irritante
Talvez, nela é possível encontrar
A felicidade constante!

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