Ela tinha um olhar penetrante e sereno. Muito sereno para uma garotinha de uns seis ou sete anos. Sentei-me diante dela numa sala de espera e observei que, as vezes ela desviava o olhar para brincar com seu colar cor de rosa de pêrolas de brinquedo.
Brincava com o colar com os dedos delicados de infanta, e as vezes sorria.
Imaginei o que pensaria; o que se passava na mente de uma menina numa sala de espera.
Ela tinha cabelos com cachos dourados. Da janela da sala de visitas, a luz da manhã dava um tom luminoso aos seus cabelos.
A menina estava quieta como se absorvesse todos os mistérios do mundo. Talvez no íntimo do seu ser, nos observaria a nós, adultos, como seres diferentes e estranhos, complexos, cheios de esperanças e de medos. Talvez ela olharia o mundo desde a sua óptima de criança, como um lugar cheio de boas surpresas, um enorme PLAYGROUND onde todos deveriamos fazer aquilo que tinhamos esquecido : brincar.
A menina de cachos dourados sorriu para mim e puder ver nos seus olhos a imagem do futuro; um futuro cheio de realizações, esperanças e alegria.
Perguntei o seu nome. Ela toda sorridente me disse : CATARINA.
Um nome forte para uma menina forte, de belos cachos dourados.
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