Na semana passada escutei um filósofo dizer que, predador é igual a consumista. Aquilo me impactou de tal forma que resolvi escrever sobre o assunto.
O filósofo continuava explicando que o predador (seja animal ou homem) precisa do consumo. O fator consumo é próprio da natureza humana, ela explica a sua essência pois, tanto os homens quanto os demais seres vivos da natureza precisam consumir as suas necessidades ( alimentação, especialmente) para sobreviver.
O problema está no nível de consumo da raça humana. Neste século XXI temos progredido em tecnologia, produção de bens e serviços e, tantas outras coisas que estamos perdendo a noção do que é importante e do que é supérfluo.
Os telefones celulares com internet nos conectam com as redes sociais em tempo real. O mundo parece querer ver e ser visto. A questão é: não importa como, o importante é ter o seu perfil na internet para que todos possam ver. Mas, me pergunto: até que ponto permitimos a invasão à nossa própria intimidade?. É obvio que, em algum momento dado isso se voltará contra mim. Escrevemos demais e não estou exagerando. Colocamos toda a nossa privacidade à luz pública porque, com o aparecimento das redes sociais na internet queremos “estar” alcance de todos. Todos tem que ver o que faço, o que penso e o que desejo fazer no futuro.
Neste mundo internáutico corremos o perigo de que a exposição excessiva nos leve, sem dúvidas (se é que já não nos levou) a uma sociedade tipo “Big Brother” onde tudo está gravado, filmado e arquivado. Tudo isto nos leva a fazer questionamentos do tipo: é isso o que eu quero para minha vida e não me importo com a minha privacidade? ou minha privacidade deixou de ser vital pois o que me interessa é estar “ligado” a outras pessoas numa rede de contato sem fim?. Para que tudo isso?
Preciso realmente um celular, um IPOD, ou um IPAD de ultima tecnologia? E isso também vale para outros produtos como roupas, acessórios, alimentos, cartões de crédito, viagens, carros e tantos outros produtos que, aparentemente, o qualificamos como de “primeira necessidade”.
Somos consumistas (ou predadores) como dizia o filósofo numa triste exortação da nossa realidade. Mas somos os piores predadores do nosso próprio habitat quando agimos por impulso e queremos (demais) algo que quase sempre não precisamos.
Uma vez ouvi alguém dizer uma frase que ficaria gravada na minha mente com letras de fogo “ o difícil é ser simples”. E eu digo mais, num mundo em que o consumo excessivo nos é oferecido em bandejas de prata e cantos de sereias como algo imprescindível para viver bem, é muito difícil dizer NÃO e, almejar uma vida com simplicidade e tranquilidade. Creio que será a grande luta interior do homem neste (já) convulsionado século XXI.
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