segunda-feira, 12 de novembro de 2012

CAMILLE E RODIN, OU A COMPLEXIDADE DOS RELACIONAMENTOS.


A peça de Franz Keppler “Camille e Rodin”, retrata a vida desses dois grandes gênios da escultura. Eles entram em cena apaixonados pela beleza e pela criação, em uma busca incessante, pelo aperfeiçoamento e pela liberdade, na tentativa de descobrir dentro da pedra o movimento mais sublime.

Apaixonados, arrebatados de uma paixão imensa, mas também cheia de confusões e rebeldia, acabaram o relacionamento pois, essa mesma chama que os alimentava, contribuiu para acabar com eles de forma lamentável e trágica. Mas ao ver a interpretação de Leopoldo Pacheco (como Rodin), e de Melissa Vettore, como Camille, percebi que é tradição entre os grandes gênios da arte, uma arrebatadora paixão; incomensurável paixão que, pela mesma sensibilidade artística dos apaixonados, na maioria das vezes, está fadado ao fracasso.

De qualquer modo, a história de Camille Claudel e Auguste Rodin retrata a alma dos personagens e expõe detalhes tocantes de intimidade e interiorização. Um mundo de sensibilidade extrema, um retrato comovente da alma feminina, uma alma apaixonada que se exprime. Gestos, drama, paixão, esses são os elementos desta peça que conta uma historia de dois seres humanos que nasceram para ser grandes.

“A escultura é a necessidade de tocar, antes mesmo de aprender a olhar, a criança já brande suas vivas mãozinhas” Camille Claudel.

“O olhar penetrante do artista descobre o caráter, a verdade interior que transparece sob a forma, e essa verdade, é a própria beleza” Auguste Rodin.

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