A peça de Franz Keppler “Camille e Rodin”, retrata a vida
desses dois grandes gênios da escultura. Eles entram em cena apaixonados pela
beleza e pela criação, em uma busca incessante, pelo aperfeiçoamento e pela liberdade,
na tentativa de descobrir dentro da pedra o movimento mais sublime.
Apaixonados, arrebatados de uma paixão
imensa, mas também cheia de confusões e rebeldia, acabaram o relacionamento
pois, essa mesma chama que os alimentava, contribuiu para acabar com eles de
forma lamentável e trágica. Mas ao ver a interpretação de Leopoldo Pacheco (como
Rodin), e de Melissa Vettore, como Camille, percebi que é tradição entre os
grandes gênios da arte, uma arrebatadora paixão; incomensurável paixão que,
pela mesma sensibilidade artística dos apaixonados, na maioria das vezes, está
fadado ao fracasso.
De qualquer modo, a história de
Camille Claudel e Auguste Rodin retrata a alma dos personagens e expõe detalhes
tocantes de intimidade e interiorização. Um mundo de sensibilidade extrema, um
retrato comovente da alma feminina, uma alma apaixonada que se exprime. Gestos,
drama, paixão, esses são os elementos desta peça que conta uma historia de dois
seres humanos que nasceram para ser grandes.
“A escultura é a necessidade de tocar, antes mesmo de aprender a olhar, a
criança já brande suas vivas mãozinhas” Camille Claudel.
“O olhar penetrante do artista descobre o caráter, a verdade interior que
transparece sob a forma, e essa verdade, é a própria beleza” Auguste Rodin.
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