No dia seguinte,
Juliana tinha acordado cedo para ir trabalhar. Quando chegou ao trabalho, as
7.30hs, a mãe lhe telefonou. Falou que tinha que voltar urgente para casa e ir,
sem demora, à casa de Marcelo pois acontecera algo grave.
Juliana nem perguntou o
que, nem com quem. Dirigiu-se imediatamente, acompanhada da mãe, à casa do
noivo. Quando faltavam apenas uns metros para chegar, ela percebeu que tinha um
grupo numeroso de gente na entrada da casa. Quando ela chegou com a mãe, todos
a olharam com uma expressão estranha. Mas ela, que durante todo o trajeto,
pensava que era o pai do Marcelo que tinha sofrido algum infarto (já que sofria
do coração), e só queria encontrar a mãe do seu futuro marido para acalmá-la e
confortá-la.
Assim que entrou na
sala, viu que algumas pessoas estavam preparando o velório (naquela época os velórios
ocorriam em casa).
Quando Juliana viu a
futura sogra em estado lamentável, amparada por familiares, correu para
abraça-la. Ninguém falou nada. Só se abraçaram e choraram muito. Juliana só
podia dizer algumas palavras. As lágrimas escorriam pela sua face e era impossível
parar de chorar.
Então ocorreu algo que
a Juliana não esperava. Todos correram para a porta da casa. Era o carro
fúnebre que chegara com o corpo.
Quando Juliana viu o
pai do Marcelo, em prantos, carregando o caixão, ela entendeu. De repente tudo
ficou escuro. Desmaiou sem perceber.
Nos dias seguintes, uma
mecha branca aparecera na sua jovem e loira cabeleira. Era o sinal do terrível choque
emocional que sofrera. A perda se instalara na sua vida e agora, ela tinha que
fazer um esforço sobre humano para continuar a sua existência.
F
I N
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