Juliana era filha única de José e Mariana Mariotti. Seu José
fazia chocolates artesanais na sua própria casa, no bairro de Móoca. Dona
Mariana ajudava o marido com os chocolates e a Juliana trabalhava num
escritório de contabilidade na Rua Augusta. Ela era simplesmente bela. Quando
atravessava a rua para ir ao banco ou levar papeis do escritório para os
clientes, o transito, literalmente, parava.
Mas Juliana era noiva de Marcelo, um jovem empreendedor
paulistano que a conhecera numa festa do Circulo Italiano. Assim como Juliana,
Gastão também era filho de imigrantes italianos que morava na Móoca, a poucos quarteirões
da sua amada.
O relacionamento de Juliana e
Marcelo era como todos os outros. No começo uma maravilha, depois, os ciúmes
de Marcelo provocavam em Juliana sentimentos de apreensão. Mas, o amor estava
no ar. Marcelo era agradável com ela, mimava- a, fazia tudo por ela, mas também
era ciumento da beleza da noiva. Ele sabia que ela despertava nos homens admiração
e interesse e isso ele não podia evitar.
Depois de três anos de namoro e um de noivado, eles marcaram
a data de casamento. Juliana escolhera a Igreja de São Gennaro, no mesmo
bairro, pois era onde tinha sido batizada. As famílias começaram os
preparativos.
Os colegas de trabalho deram de presente um enxoval completo para
ela. Os amigos dele, ofereceram a festa
de casamento no clube italiano. Mas o vestido, esse sim, fora escolha particular
dela.
Juliana mandara fazer o vestido de noiva com dona Giovanna
Arezzo, amiga da mãe e costureira famosa do bairro. Levou pouco mais de um mês para
estar pronto. Era um vestido longo, desses que estavam na moda, com véu e
grinalda, do jeito que ela sempre sonhara. O buquê, presente da madrinha de Juliana,
foi trazido especialmente de Roma. Por tanto, tudo estava indo de vento em
popa.
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