Ato Gratuito tem a ver com generosidade. Como ficamos
desprendidos e a caridade, a vontade de ajudar, de fazer alguma coisa pelo
outro é tão grande, então damos tudo o que podemos para fazer o outro se sentir
bem.
No ato gratuito a alma humana é nua de egoísmo e do querer
coisas para si. Uma vez li uma frase que dizia: “Tudo o que não se dá, se
perde”. Por tanto, ao exercer o ato gratuito, não só damos o que temos, senão
interagimos com o próximo num “crescendo” de generosidade e felicidade plena.
A generosidade de “dar” no ato gratuito é sinônimo de
“compartilhar”. Podemos compartilhar conhecimentos e experiências que podem
transformar o mundo.
Não conheço a fundo a biografia de dona Zilda Arns Neuman
(1934-2010) a médica e sanitarista que com sua experiência e prática diária de
médica pediatra em um hospital Materno-Infantil de Curitiba, criou, em 1983, a
pedido da CNBB (Conferência Nacional de Bispos do Brasil), a Pastoral da
Criança. Após vinte e cinco anos, a pastoral acompanhou quase 2 milhões de
crianças de famílias pobres em todo o Brasil. Organizando voluntários que
levavam solidariedade e conhecimento sobre saúde, nutrição, educação e
cidadania, com seu “ato”, ela ajudou a criar condições para que essas
comunidades carentes se tornassem protagonistas de sua própria transformação
social.
Em 2004 criou outra Pastoral, a da Pessoa Idosa e foi nomeada
coordenadora internacional da Pastoral da Criança e participando como
representante titular do Conselho Nacional de Saúde, e como membro do Conselho
Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social(CDES).
Zilda Arns encontrava-se em Porto Príncipe (Haiti) em missão
humanitária, para introduzir a Pastoral da Criança no país, quando após uma
palestra, no dia 12 de janeiro de 2010, para cerca de 15 mil religiosos de
Cuba, o país foi atingido por um violento terremoto. A Dra.Zilda foi uma das
vítimas da catástrofe.
A generosidade desta mulher era uma das consequências –
imprevisíveis – de transformar o mundo.
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