quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

ATO GRATUITO (PARTE VI)

Ato Gratuito tem a ver com generosidade. Como ficamos desprendidos e a caridade, a vontade de ajudar, de fazer alguma coisa pelo outro é tão grande, então damos tudo o que podemos para fazer o outro se sentir bem.
No ato gratuito a alma humana é nua de egoísmo e do querer coisas para si. Uma vez li uma frase que dizia: “Tudo o que não se dá, se perde”. Por tanto, ao exercer o ato gratuito, não só damos o que temos, senão interagimos com o próximo num “crescendo” de generosidade e felicidade plena.
A generosidade de “dar” no ato gratuito é sinônimo de “compartilhar”. Podemos compartilhar conhecimentos e experiências que podem transformar o mundo.
Não conheço a fundo a biografia de dona Zilda Arns Neuman (1934-2010) a médica e sanitarista que com sua experiência e prática diária de médica pediatra em um hospital Materno-Infantil de Curitiba, criou, em 1983, a pedido da CNBB (Conferência Nacional de Bispos do Brasil), a Pastoral da Criança. Após vinte e cinco anos, a pastoral acompanhou quase 2 milhões de crianças de famílias pobres em todo o Brasil. Organizando voluntários que levavam solidariedade e conhecimento sobre saúde, nutrição, educação e cidadania, com seu “ato”, ela ajudou a criar condições para que essas comunidades carentes se tornassem protagonistas de sua própria transformação social.
Em 2004 criou outra Pastoral, a da Pessoa Idosa e foi nomeada coordenadora internacional da Pastoral da Criança e participando como representante titular do Conselho Nacional de Saúde, e como membro do Conselho Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social(CDES).
Zilda Arns encontrava-se em Porto Príncipe (Haiti) em missão humanitária, para introduzir a Pastoral da Criança no país, quando após uma palestra, no dia 12 de janeiro de 2010, para cerca de 15 mil religiosos de Cuba, o país foi atingido por um violento terremoto. A Dra.Zilda foi uma das vítimas da catástrofe.

A generosidade desta mulher era uma das consequências – imprevisíveis – de transformar o mundo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário