segunda-feira, 9 de agosto de 2010
TUDO O QUE NÃO SE DA, SE PERDE
Nos últimos dias estive nas viravoltas de uma mudança. Por que mudar é tão difícil? E por que quando empacotamos os nosso pertences vemos que acumulamos tantas coisas que não servem? Poderia ter doado aquela blusa surrada que nunca mais usei; aquele sapato velho que já esqueci que tinha; aqueles papeis, postais, livros que nunca voltarei a ler, e no entanto guardo tanta tranqueira, tanto supérfluo, que na hora de mudar é um peso a mais.
Então me pergunto se vale a pena guardar. Guardar é um verbo que deveria ser expressado para se referir a aqueles bens imutáveis, perenes e inesquecíveis. Guardar um sorriso, uma amizade, uma foto querida, uma lembrança terna e amada, uma bela canção na memória, uma historia que li nas paginas de algum livro...Meu Deus, existem tantas coisas que poderia guardar na mente e no coração ao invés de ficar acumulando tanto que, depois de um tempo, já não servirá mais.
Decidi que vou doar, vou dar e oferecer tudo aquilo que sobra, porque senão tudo se perde. Se perde no espaço do tempo, dos anos; se perde no emaranhado do pó e da ferrugem do esquecimento. O que ofereço me eleva porque faço com que as coisas perecíveis se tornem imperecíveis pela alegria e satisfação que produzem no momento da doação.
O que realmente importa acumular nesta vida são aquelas bagagens de sentimentos inesquecíveis embrulhados com os sentimentos mais puros e singelos. Isso sim é um peso adicional digno de ser carregado aonde queira que o nosso destino nos leve.
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