O mundo parou no dia 5 de dezembro quando chegou a noticia do
falecimento do líder da África do Sul, Nelson Mandela.
O imortal MADIBA como
era conhecido pelos seus compatriotas, era um mestre em negociar com o inimigo
sem abrir mão da dignidade inquebrantável. A noticia da sua morte fez com que
todos os lideres do mundo emitissem declarações homenageando o líder africano.
Dono de um carisma incrível, Mandela foi reconhecido
internacionalmente como um segundo Gandhi (guardadas as devidas proporções de
conotações políticas e históricas), pela sua luta contra um inimigo natural da
humanidade: o racismo. Este preconceito foi a causa de mais mortes do que
qualquer praga histórica. Lembramos o holocausto da segunda guerra mundial, os
grandes conflitos africanos ainda vigentes, as persecuções dos ciganos e tantos
outros, cujos origens, sem dúvida, são os preconceitos raciais, culturais,
religiosos.
Mandela, ao ser libertado em 1990 após vinte e sete anos de
prisão, começou a exercer a sua liderança em prol da construção de um novo
país. Não foi fácil, mas ao ser eleito como o primeiro presidente negro da
África do Sul, promoveu a paz e a concórdia entre brancos e negros. Nos Estados
Unidos pode ser também comparado com o líder Martin Luther King, nessa luta
contra o racismo.
Mandela compreendeu que a reconciliação é sempre possível. E
nos advertiu a não trair a memória sempre que se exija o arrependimento alheio.
Ao invés de se eternizar no poder, deu exemplo de probidade democrática ao
rejeitar a reeleição. Um dos homens mais populares do planeta e ídolo no seu
país, escolheu não acumular o poder em sua pessoa, optando por preparar a
pátria para o momento inevitável de seu desaparecimento. Esse momento chegou.
Na sexta feira, o presidente da África do Sul, Jacob Zuma,
anunciou que Nelson Mandela será enterrado no dia 15 de dezembro em sua aldeia
natal. O líder negro, morto aos 95 anos, será considerado sempre, como uma luz
contra a intolerância, o racismo e a beligerância.
Na minha reflexão pessoal, quando um homem assim aparece no
meio de um século tão irrequieto e convulsionado como o século xx e, dá exemplo
de paz e diálogo entre os homens num século tão controvertido como o século
XXI, então minha fé na humanidade é acrescentada em grau máximo. Isso me
conforta e me enche de esperanças no futuro.
Que a sua viagem seja como a sua vida, Madiba, cheia de luz e
paz!.
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