(A São Paulo)
Tremeluzente
e solitária
Flameia a
bandeira listrada
No topo do
mundo, no alto dos sonhos,
Da grande
cidade.
Cidade que
nunca dorme, nunca silencia
Porque o
orgulho de sentir e ser paulista
Entrelaça-se
com sua cacofonia
Sua eterna
sinfonia
Lugar de
champagne borbulhante
Passado
glorioso, futuro incerto
Ruas,
parques, becos misteriosos
Perigosos,
inebriantes
Um amor
imperfeito
É o que
dedico à grande urbe que arde
Na magistral
e louca pauliceia
Desvairada
de Mario de Andrade
Passeios
escondidos, prédios centenários
Sacadas
românticas, testemunhas de sua verdade
Reina uma
atmosfera de trabalho e coragem
Que muitos
chamam de realidade.
Milhões de
almas
Iluminam às
janelas
Às estrelas
brilham escondidas
Pois a própria
cidade cintila
Meu amor
pela cidade
Só pode ser
imperfeito
Porque na
imperfeição há paixão
Que
contradiz todos os conceitos
Corda bamba
da existência
Desconfortável
ternura
Condição que
não se cura
Nem com
dádiva pura
Mas nesse
amor descobrimos
A sua beleza
madura
Seus sonhos
bucólicos
E seu
presente que permanece e dura.
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