domingo, 17 de janeiro de 2016

SÃO PAULO DE MIL ROSTOS





BIBLIOTECA MARIO DE ANDRADE

Ao lado da charmosa praça Dom José Gaspar, em pleno centro da cidade, está localizado o prédio da Biblioteca Mario de Andrade, que tem no seu interior um dos acervos literários mais ricos sobre a história cultural de São Paulo e do Brasil.
Principal biblioteca pública, foi fundada em 1925 é considerada a segunda maior do pais, superada apenas pela Biblioteca Nacional no Rio de Janeiro. Seu atual edifício, projetado pelo arquiteto francês Jacques Pilon, é considerado um marco da arquitetura Art-Dêco, estilo popular do século XX e influenciado pelo cubismo.
Por que Mario de Andrade?
Talvez porque este artista e intelectual, filho da cidade, legou ao pais uma das obras mais fecundas como expansão da sensibilidade de toda uma geração. Participante ativo da Semana de Arte Moderna de 1922, lutou com determinação para superar o complexo de inferioridade nacional diante da cultura dos países dominantes.
A obra de Andrade estende-se por toda a biblioteca, assim como os principais expoentes da literatura brasileira e estrangeira. O Prédio é dotado de grande sala e mezanino. As obras estão divididas por categorias:  Poesia, Narrativa, Jornalismo, Contos, Documentos e muito mais. Nos andares superiores encontramos todo o acervo jornalístico de várias décadas.
Atualmente, o local oferece uma vasta programação cultural e gratuita aos cidadãos – encontros com escritores, pesquisadores, artistas, lançamento de livros, leituras dramáticas, intervenções artísticas, oficinas, saraus, palestras, apresentações musicais, dentre outros.
Acompanhando o processo de revitalização do centro, a biblioteca passou, de 2006 a 2011 por um processo de modernização e restauro, transformando-se em um polo de saberes e conhecimentos provendo a todos acesso à informação e a cultura.
Uma sala especial sobre São Paulo oferece riquíssimos livros sobre a fundação e o desenvolvimento da cidade fundada por José de Anchieta.

A homenagem a aquele que escreveu MACUNAÍMA é justa. Excepcionalmente dotado, Mario de Andrade (1893-1945) foi poeta, professor de música, romancista, crítico de arte, polemista, fotografo, gestor cultural, antropólogo e, finalmente um poeta de São Paulo que transformou o território urbano em extensão do seu corpo.

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