Ao lado da charmosa praça Dom José Gaspar,
em pleno centro da cidade, está localizado o prédio da Biblioteca Mario de
Andrade, que tem no seu interior um dos acervos literários mais ricos sobre a
história cultural de São Paulo e do Brasil.
Principal biblioteca pública, foi
fundada em 1925 é considerada a segunda maior do pais, superada apenas pela
Biblioteca Nacional no Rio de Janeiro. Seu atual edifício, projetado pelo
arquiteto francês Jacques Pilon, é considerado um marco da arquitetura
Art-Dêco, estilo popular do século XX e influenciado pelo cubismo.
Por que Mario de Andrade?
Talvez porque este artista e intelectual,
filho da cidade, legou ao pais uma das obras mais fecundas como expansão da
sensibilidade de toda uma geração. Participante ativo da Semana de Arte Moderna
de 1922, lutou com determinação para superar o complexo de inferioridade
nacional diante da cultura dos países dominantes.
A obra de Andrade estende-se por toda
a biblioteca, assim como os principais expoentes da literatura brasileira e
estrangeira. O Prédio é dotado de grande sala e mezanino. As obras estão divididas
por categorias: Poesia, Narrativa,
Jornalismo, Contos, Documentos e muito mais. Nos andares superiores encontramos
todo o acervo jornalístico de várias décadas.
Atualmente, o local oferece uma vasta
programação cultural e gratuita aos cidadãos – encontros com escritores,
pesquisadores, artistas, lançamento de livros, leituras dramáticas, intervenções
artísticas, oficinas, saraus, palestras, apresentações musicais, dentre outros.
Acompanhando o processo de revitalização
do centro, a biblioteca passou, de 2006 a 2011 por um processo de modernização
e restauro, transformando-se em um polo de saberes e conhecimentos provendo a
todos acesso à informação e a cultura.
Uma sala especial sobre São Paulo
oferece riquíssimos livros sobre a fundação e o desenvolvimento da cidade
fundada por José de Anchieta.
A homenagem a aquele que escreveu
MACUNAÍMA é justa. Excepcionalmente dotado, Mario de Andrade (1893-1945) foi
poeta, professor de música, romancista, crítico de arte, polemista, fotografo,
gestor cultural, antropólogo e, finalmente um poeta de São Paulo que
transformou o território urbano em extensão do seu corpo.
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