A manhã de sábado estava ensolarada e morna. Eddy se levantou as sete e meia. Calçou o tênis e comeu uma fruta. Era o dia livre de Mayte. Por tanto, o apartamento estava em completo silencio. Não se escutava nenhum barunho da rua tão peculiar durante os dias da semana.
Com todos os apetrechos necessários, saiu do edifício e começou a correr pela rua da Escalinata até sua interseção com a Calle del Arenal e dirigiu-se por esta até a Puerta del Sol. Durane o percurso (nunca deixava de fazê-lo) observava os grandes edifícios de diversas arquiteturas, desde o Art Decó até o Neoclássico, os grandes edifícios comerciais construídos no inicio da década do século XX que se conservavam intactos, lhe chamavam a atenção. A maioria dos prédios eram comerciais, mas alguns também eram residenciais. Algumas pessoas, talvez turistas, passeavam pelas ruas nesta soberba manhã. Eddy chegou até a Puerta del Sol. Aqui já havia mais trafego apesar de ser sábado. Desde ali decidiu atravessar a praça e entrou pela Calle de Alcalá. Passou frente ao histórico edifício da Academia de Belas Artes de San Fernando, a Igreja de Calatravas com suas arquitetura tão original, o Circulo de Belas Artes e finalmente encontrou-se com o famoso edifício do Banco da Espanha.
A praça de Cibeles encontra-se exatamente na rotatória do Passeio do Prado que se inicia nesta esquina. Sua famosa fonte e a estatua da deusa Cibeles é o marco desta região e o limite da área que se chama Madri dos Borbons.
Eddy virou para a direita e entrou no Passeio do Prado, uma imensa avenida arborizada, talvez a mais elegante e atraente de Madri. É uma anivenida famosa pelos seus lugares culturais e de recreio, já que nela encontram-se os Museus (do Prado e Thyssen), o Real Jardim Botânico, e finalmente o parque do Retiro. Eddy continuou sua corrida até a Fonte de Netuno, na praça Cánovas del Castillo e chegou ao Museu do Prado e a Igreja Sem Jerônimo El Real, entrou na rua de Felipe IV até a avenida de Alfonso XII e entrou pelos portões do parque.
No Retiro, Eddy chegou até a pista de terra por trás do estanque. Conhecia muito bem esta parte do parque, já que ali, muitos anos atrás, havia começado a correr, primeiro como simples entretenimento, depois de forma mais estrutural e organizada.
Correu bastante e depois de quase uma hora e meia de atividade, dirigiu-se ao estanque para se encontrar com seu irmão Fernando, seu irmão mais novo, que acostumava praticar remo no lago com um grupo de amigos, os sábados pela manhã.
(FRAGMENTO DE "O SONHO DE PERSEU" - CAPITULO X "MADRID")
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