sexta-feira, 5 de julho de 2013

ALMA, A FILHA DO DESTINO ( CAP.I PARTE VI)


Alma Rocha continuava com a sua rotina de sempre. Durante as manhãs estava na escola, as tardes, após ajudar a mãe, ia sempre para o rio tomar banho e depois fazia as tarefas de casa.

 Os seus dois irmãos mais velhos Damião e José Rubião, de dezessete anos e quinze anos já trabalhavam duro. Damião ajudava o Pai na lavoura e José Rubião trabalhava com o avô Malta na Venda. Ambos eram altos como o pai. Damião gostava do campo e trabalhava com muito afinco, já o irmão mais novo não via a hora de ser adulto e sair da região. Queria ir para a cidade grande, ser um rico comerciante de  Recife, casar, ter filhos, em fim, sonhos de um adolescente que não apreciava muito a vida do campo.

O pai não tinha queixa dos filhos. Eles o obedeciam sem questionar. E era assim  como tinha que ser. A autoridade paterna era firme e intransigente e, era diferente ao da mãe, que amava os dois filhos,  e sempre fazia tudo o que eles queriam. Dadá era uma mãe amorosa, a diferença da dureza de sentimentos que era comum entre as mães nordestinas da época. Mas com a única filha, Alma, ela chegava a ser diferente. Era exigente.

Mas, quando Alma fez quatorze anos um evento tinha transformado a sua plácida existência: o rio Moxotó inundou toda a região e quase chegou à casa dos Rocha. Pelo período de três meses, a menina não tinha como ir nadar no seu rio favorito, e aqueles singelos prazeres matinais ficaram em suspenso provocando na menina sofrimentos e muita tristeza.

Foi então quando ela percebera que na sua escola, era a única menina que nunca fora picada por nenhum inseto.

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