domingo, 25 de janeiro de 2015

ATO GRATUITO (PARTE II)

Um exemplo de ATO GRATUITO:
Certa vez li que num país pobre e sem condições de futuro decente para seus habitantes, com seus inerentes problemas de pobreza, falta de assistência mínima de saúde à sua população, vivia uma moça pobre e aparentemente sem muito futuro, como dizemos atualmente. Mas um dia, essa moça sentiu dentro dela o desejo de mudar. Ela nunca se perturbara pelo fato de ser pobre e sem recursos. Uma luz de esperança brilhou dentro dela e ela sentiu que era o momento de fazer uma revolução interior, de mudar sua vida, mas também à dos outros. Ela seguiu sua intuição, sua fé. E transformou-se, com muito afinco e tenacidade, muita fé e oração, na Madre Teresa de Calcutá.
Mas o que fez com que essa moça pobre e sem esperança, transformar-se em uma mulher corajosa, cheia de amor pela humanidade? Foi o seu próprio ATO GRATUITO. Esse ato que vem da vontade poderosa que o ser humano tem de mudar a sua vida e o seu entorno, não importando os reveses, as limitações, os problemas do mundo. Quando a vontade – o a fé para os que acreditam- está fortemente aliada a esperança, isso gera um ato de fé.
Muito se falou sobre suas causas. Elas continuam no mistério e são difíceis de explicar, pois são desconhecidas, mas sem lugar a dúvidas, suas consequências (volto a repetir o pensamento de Clarice Lispector, são imprevisíveis.
E são imprevisíveis pois ela tem o poder de transformar não só a vida das pessoas, como também o mundo inteiro. Quem não sabe da história da Madre Teresa de Calcutá? Quem tem dúvidas do verdadeiro amor com que esta pequena mulher, freira católica, que começou seu trabalho juntos aos mais pobres dos pobres no mundo inteiro, e tenha feito um trabalho monumental? Ninguém tem dúvidas de que a esta mulher fez história e transformou milhares de vidas. Isso foi consequência de seus Ato Gratuito.
O Ato gratuito também nos eleva o espirito a tal ponto que saímos de nós mesmos para nos oferecer aos outros. É uma lei cristã intransferível. Amar os outros como a nós mesmos. Amar o próximo, a natureza, o mundo em que vivemos, com todos seus defeitos, suas virtudes, suas imperfeiçoes. Aprender a amar o semelhante não é tarefa fácil para ninguém, e muito menos para aqueles que atingiram um grau de espiritualidade superior aos demais. Amar é um ato gratuito de vontade. Aquele que nasce dentro de nós mesmos e que nos faz mais humanos.

A primeira manifestação do ato gratuito ocorre no pensamento humano. Como é um ato genuinamente humano, é natural que o pensamento seja o primeiro lugar onde ele é gerado e produzido. A partir do pensamento – e volto a repetir, cujas causas são misteriosas- o ato se transforma numa atitude, num fato, num sentimento. Pensar em si já é um ato. Sentir é um fato consumado. A partir do ato gratuito, a alma humana é levada a atuar em atitudes e comportamento nunca vistos nela antes. É um verdadeiro mistério e ao mesmo tempo uma elevação humana transcendental. 

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