“Existem várias formas
de conhecer uma cidade: transporte público, carro, caminhando ou de bicicleta.
Hoje, para homenagear a cidade que completa 461 anos de existência, resolvi
faze-lo de bike.”
Certamente São Paulo é uma miríade de coisas diversas e
multicores. De uma pequena vila fundada através de um Colégio Jesuítico no
século XVI, transformou-se numa das maiores cidades do planeta.
Existem milhões de motivos, talvez 12 milhões, que são os
habitantes do município da capital Paulista, pelo qual amo esta cidade. Ela te
abraça como uma mãe protetora, mas também te deixa só para enfrentar os
desafios da vida cosmopolita, da selva urbana, da mistura de povos, culturas e
idiomas. Ela é o centro de todo o avançado, mas também sofre em forma
dilacerada com o destino ingrato de uma grande maioria da população que não tem
acesso às manifestações culturais que ela oferece. Terceira cidade em
importância pelos musicais – um gênero que deu certo no Brasil – e também é a cidade
dos teatros (quase 500 peças simultaneamente são apresentadas na cidade),
museus, parques, avenidas, cinemas, bibliotecas, espaços de arte, e muito mais.
Más também ela está passando pelo seu pior momento em 2015
com a crise hídrica que atinge a região sudeste, com um racionamento de agua e
energia às portas, é natural que os paulistas e paulistanos (os que nasceram na
cidade) estão apreensivos com essa possibilidade quase impossível de não se
realizar.
Mas São Paulo também já enfrentou situações piores e saiu
vitoriosa. Desde seu passado bandeirante, passando pelas revoluções civis de
sua história, pela sua pujança e pelo seu destino glorioso de ser a cidade mais
rica e poderosa da União, São Paulo é também está na vanguarda de tudo o que
acontece no País.
Seu destino continua desafiador, pois é a locomotiva do país.
Doze milhões de almas fazem desta cidade, a cada dia, ser o que é: um lugar de
trabalho e paixão.
Existem cantos que adoro em São Paulo: a Avenida Paulista, o
centro de tudo que é avançado na cidade; o Ibirapuera, um parque das quatro
estações; as ruas anestesiadas do elegante bairro dos Jardins; os bares da Vila
Madalena; a incrível mistura de cores e culturas do centro da cidade; uma Missa
com cantos gregorianos no Mosteiro de São Bento; um cafezinho delicioso no
Girondino”s, ouvindo os sinos de São Bento; a multidão incessante da Praça da
Sé, o marco zero da cidade; suas igrejas antigas e maravilhosas; o Por do sol
na Praça Panamericana no bairro de Pinheiros; as frutas e legumes do Ceasa; o
pastel de bacalhau e o sanduiche de mortadela do Mercadão, as óperas do
Municipal, os Concertos maravilhosos da OSESP na Sala São Paulo e o amanhecer
da janela do meu quarto quando a luz do sol vindo do leste ilumina os edifícios
e as árvores, prenunciando um novo dia de luta e de alegria na cidade.
Parabéns São Paulo!
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