sábado, 29 de outubro de 2011

DRUMMOND DE ANDRADE E AS PEDRAS NO NOSSO CAMINHO.


Chamou-me a atenção um artigo que li hoje no ESTADO DE SÃO PAULO sobre um dos meus poetas brasileiros preferidos: Carlos Drummond de Andrade, nascido há 109 anos.
O artigo escrito por Alcides Vilaça falava sobre o processo de germinação da sensibilidade e das pontadas agudas do poeta, a variação de humores e a pluralidade das linguagens de sua obra poética.
Drummond é muito mais que “tinha uma pedra no meio do meu caminho” (trecho de um dos seus poemas mais conhecidos); ele representa a poesia simples de um artista cuja sensibilidade está em transmutação permanente, onde tudo se relativiza; operação muito característica do nosso tempo.
Numa das cartas a Mario de Andrade, Drummond dissera-lhe que suas maiores emoções ele vivera com uma caneta na mão.
O poeta colocou-se a serviço de uma verdade poética tão essencialmente pessoal, em domínios tão próprios que reconhecemos nele muito da verdade de nós mesmos.
A simplicidade, o colorido rotineiro e singelo dos seus versos, as verdades sabias e tão populares herdadas de sua Minas Gerais, fazem dele um poeta sensível, um poeta do povo.

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