INVERNO QUENTE
“As manifestações de
Junho”
Tudo começou quando as tarifas do transporte público sofreram
aumento na primeira segunda-feira de junho. O que parecia ser mais um aumento
suportado pela população, estourou em manifestações populares uma semana após.
Ninguém poderia imaginar o que aconteceria. Todos nos sabemos – e vivemos – o clima
nas ruas nas principais cidades do país. “A revolução do vinagre” fez com que a
velha maquinaria do Estado, enferrujada pela corrupção e pela burocracia
escandalosa, começasse a se mover em forma assustadora.
A Presidente deseja um plebiscito para chamar uma
Constituinte para fazer a reforma política. Grande bobagem. A Constituição só
tem 25 anos e a reforma política é atribuição do Congresso. Alias, soubemos que
a Câmara de Deputados tem o projeto – engavetado – há um bom tempo. Então, para
que mexer na Constituição? A reforma política poderá sim ser consultada à população,
mas sem passar por um constituinte. O “establishment” jurídico se manifestou contra,
e o governo recuou.
Dá a sensação de que a Presidente Dilma só quer ganhar tempo
ou, o que é pior, o governo federal está no “ar”, não sabe o que fazer. Também,
ninguém esperava que o povo fosse às ruas e impregnar com seu grito de
protesto, assustasse a classe política brasileira.
Hoje a pergunta é: Plebiscito ou Referendo? Minha opinião esta
a favor do referendo. Que o Congresso Nacional aprove a reforma política e que
os eleitores, em referendo, aceitem ou não os termos dela.
Ao escrever esta crônica, soube que os parlamentares pensam
em cancelar o recesso de julho porque “ a nação espera soluções urgentes na
aprovação de inúmeras leis pendentes”. Ótimo saber, mas como diria qualquer cidadão
nas ruas : “Não faz mais do que a obrigação”.
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