sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

SÃO PAULO: 460 ANOS


PAULISTA: MAIS QUE UMA AVENIDA


 


Bem no coração da grande cidade, no lugar mais alto da sua topografia, estende-se o chamado “espigão da Paulista”. Nervo motor da cidade, mais que uma avenida, a Paulista, através dos seus 2.800 metros de extensão é, certamente, a mais famosa da cidade e talvez até do País.

Construída e planejada em 1891, a Avenida não era para ser o que é atualmente, ou seja, o centro comercial e cultural de São Paulo. Ela fora planejada por Joaquim Eugenio de Lima, para ser uma elegante avenida de mansões senhoriais dos Barões de Café.

Desde o inicio foi considerada a mais charmosa, a mais importante, onde tudo acontecia no começo do século XX. Em 1909 foi pavimentada e foi a primeira rua da cidade a receber asfalto. Apesar dos poucos anos de existência, ela já era a “perola” de São Paulo.
 

Até os anos 50, a Prefeitura não permitia que se construíssem prédios comerciais, só casas residenciais. Mas, após este período, os prédios tomaram conta da sua existência. Hoje ela é o marco principal da cidade, não só pela sua elegância, mas também por ser a mais cosmopolita área de Sampa.

Os modernos “Shoppings Centers” e prédios comerciais de arquitetura moderna, misturam-se com a “Casa das Rosas”, uma das poucas residências remanescentes do passado esplendoroso; o moderno Itaú Cultural e o famoso FIESP com sua torre piramidal são, certamente, famosos na avenida. O Masp (Museu de Arte de São Paulo) e o seu famoso “Vão livre” onde se realizam exposições abertas, feira de antiguidades aos domingos, lugar de refugio de jovens alternativos e músicos urbanos. Bem enfrente, o famoso Parque Trianon, o pequeno “pulmão” da Paulista. No final dela, encontramos o famoso prédio do Conjunto Nacional, e dentro, cafés, livrarias, cinemas, lojas e bancos. Bem ao final da avenida, intersecção com a rua da Consolação, encontra-se uma pequena praça das bicicletas, onde os ciclistas se reúnem antes de cada jornada de lazer. A visão do alto da avenida é simplesmente de tirar o fôlego. A visão desde a Consolação é admirável.

A Paulista é mais do que uma avenida, ela é um lugar onde acontece tudo na cidade: “Reveillon” de final de ano, Corrida de São Silvestre, Parada Gay. Nela encontramos ciclistas, transeuntes, executivos em ternos elegantes, mulheres e crianças, idosos, pedestres apressados (símbolo da grande cidade), turistas e curiosos, punks e góticos, e todas as tribos possíveis. Jovens estudantes, homens ao telefone, mulheres sentadas no parque, idosos de andar lento, artistas de rua, skatistas, ciclistas, corredores, gente de todas as partes, de todo o mundo. E toda essa gente de lugares e culturas diversas, falam uma só língua: falam paulista!.

Aqui também tem estrangeiros que já se sentem brasileiros

 


 

 

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