sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

OSCAR 2011 : INDICACIONES AL PREMIO




De los indicados al premio para los Oscar 2011, sólo tuve la oportunidad de ver la película MIS MADRES Y MI PADRE de la directora Lisa Cholodenko y genialmente interpretada por Annette Bening (indicada a Mejor Actriz) y la siempre talentosa Julianne Moore y Mark Ruffalo. Es una película sorprendente que trasciende los prejuicios de orientación sexual y el siempre tema de las relaciones humanas está muy bien representado.
Por otro lado, estoy ansioso para el estreno del DISCURSO DEL REY (The King’s Speech) del director Tom Hooper y brillantemente interpretado por Colin Firth, también indicado al premio de Mejor Actor. Es la primera película sobre un aspecto de la vida del Rey Jorge VI de Gran Bretaña, enfocando en su defecto físico de la tartamudez que lo hizo confrontar con un gran desafío en una época en que el ambiente de guerra estaba gestándose. Colin Firth es un talentoso actor. El año pasado he visto una película dramática con él que me sorprendió. Por cierto, la primera vez que vi algo suyo fue la excelente miniserie de la BBC, de los años 80, PRICE E PREJUDICE(Orgullo y Prejuicio) de Jane Austen. Firth interpretaba el famoso personaje masculino – talvez el más famoso de Austen – Mr. Darcy. El DISCURSO DEL REY también se destaca por la actuación de Helena Bonham Carter, otra gran actriz inglesa.Ella interpreta a la Reina Isabel, que tuvo una influencia decisiva en la recuperación del monarca.
Jorge VI falleció el 6 de febrero de 1952 y dejó el trono a su hija mayor, Isabel, la actual soberana de 84 años y que está en vísperas de cumplir su jubileo de diamante (60 años en el trono, en 2012).
Por cierto, la RED SOCIAL, tan comercializada tiene su valor actual por explicar el fenómeno del Facebook, que es considerado el sitio de relaciones más famoso del mundo. EL ORIGEN, de Christopher Nolan, interpretado por Leonardo Di Caprio, considero un poco deficiente. Muy ciencia ficción. De todos modos, tiene partes interesantes cuando trata de explicar la complejidad de los sueños.
BRAVURA INDÓMITA, de los Hermanos Coen, CISNE NEGRO, de Daren Aronofsky y INVIERNO EN EL ALMA de Debra Granik, son las películas que aún no han sido estrenadas por aquí.
La película extranjera favorita, viene de México. BEAUTIFUL de Alejandro Iñárritu (AMORES PERROS y BABEL) interpretada por Javier Bardén, tiene grandes posibilidades de llevar la estatuilla.
De cualquier manera, mi impresión de los Oscar 2011 es que ha habido una mejoría en las producciones de este año, tanto por su contenido, como por sus efectos tecnológicos. De las películas históricas, a las de ciencia ficción, pasando por los relacionamientos humanos, los Oscars siempre provocan reacciones, especialmente en los cinéfilos de turno.

EL SUEÑO DE PERSEO

Un joven de abundante pelo oscuro tenía la mirada perdida hacia la Victoria Street desde las ventanas de su oficina. Tenía unos minutos libres y sus pensamientos parecían no estar en el paisaje callejero que veía. Estaba más lejos.
Anthony Craig observaba la cúpula de la Catedral de San Pablo grisácea y algo etérea. Algo le inquietaba y no sabia exactamente lo que era. La intranquilidad desconocida podía ser más incómoda, casi rayaba la angustia y la desazón. No le gustaba sentirse así.
De niño, Tony era inquieto e independiente. Como el mayor de los hijos tuvo toda la educación necesaria en una sociedad elegante y muchas veces alegre. Los estudios fueron rígidos y la disciplina era algo muy conocido para él desde su tierna infancia. Pero en las vacaciones en España la que le provocaba una felicidad desbordante. Todos los años, en agosto, Tony acompañado de sus padres y su hermana menor a unas merecidas vacaciones de estío con sus parientes españoles en el sur de España o en las islas Baleares. Alternaban en Marbella, Andalucía y en la isla de Ibiza, la tercera isla de las Baleares en el mediterráneo.
Tony desde siempre había encontrado en su primo Eddy, dos años mayor que él, una compañía agradable y entusiasta. Los niños jugaban en la playa, hacían paseos de barco en familia y acostumbraban hacer largas excursiones a los alrededores de la ciudad. A él le encantaba el aire mediterráneo y bucólico de los lugares explorados. Parecían dos conquistadores, desbravando selvas inexpugnables de sueños y fantasías.
Eddy era su mejor amigo. Aun en la distancia los jóvenes mantenían la amistad aceitándola con el engranaje de la complicidad y la camaradería que Eddy nunca logró tener con su hermano Fernando. Por lo tanto, para Eddy, Tony era como un verdadero hermano.

(EXTRAÍDO DEL CAPÍTULO VIII "ANTHONY" DE "EL SUEÑO DE PERSEO")

O JARDIM MÁGICO (I)


A pequena Joana tinha só tinha sete anos quando foi visitar a avó Gertrudes, pela primeira vez nas suas férias em Itu.
Dona Gertrudes morava numa casa grande, rodeada de árvores, num sitio próximo a cidade do interior de São Paulo.
Joaninha gostou imediatamente do lugar. A casa da vovó tinha um corredor cumprido que rodeava a casa. A entrada da casa era possível através de uma fileira de pinheiros e outras arvores frutais. A casa estava pintada de branco, as portas e janelas azuis. Um quintal enorme por trás e um incomparável jardim do lado.
Joaninha logo gostou do jardim, cuidado com muito carinho por Dona Gertrudes. Tinha muitas árvores, plantas e uma linda grama verde. As trilhas no meio das plantas tão bem cuidadas levavam até uma pequena ponte onde passava um córrego entre as pedras.
No centro do jardim tinha uma árvore muito grande. Joaninha acostumava brincar ao redor dela e descansar na sua sombra.
Como Joaninha era filha única e não tinha primos, acostumava passar longas horas da tarde ao lado da vovó que lhe contava historias do lugar. Dona Gertrudes tinha o dom da palavra. Ela era professora de português aposentada e conhecia muitas historias de da literatura brasileira.
Joaninha conheceu as obras de Monteiro Lobato pela boca da vovó Gertrudes. Os contos das Mil e Uma Noites e tantos outros que deixavam a menina impressionada e curiosa.
Certa noite quente de verão, a vovó sentou ao lado da cama da neta e contou uma historia para ela.
No fundo do mar existia um reino das águas profundas habitado por duendes e fadas. Era dirigido pela fada rainha e o seu séquito. Os duendes eram verdes e pequeninos e todos viviam felizes. Diziam que a rainha fada foi uma princesa que perdeu um grande amor e que de tanto chorar a beira do lago se transformou em fada. Graças a sua beleza e inteligência, passou a ser a rainha do reino das águas profundas. A partir desse dia nunca mais chorou, mas também nunca mais ficou triste.
Joaninha escutava com atenção e assombro todos os contos da vovó Gertrudes e assim dormia tranquilamente.
Uma noite de lua cheia, Joaninha foi para a cama cedo. Deixou a janela aberta para ver a luz do luar. A lua estava tão linda, que ela ficou olhando para ela até pegar no sono.
De repente acordou no meio da noite. Sentia que tinha que ir ao jardim. Algo lhe dizia para ir até lá.
Ela se levantou devagar. Descalça e sem fazer barulho saiu pela porta dos fundos. A luz da lua iluminava tudo. Em nenhum momento sentira medo.
Ouvia na mente uma voz que dizia: “Venha até a árvore Joaninha, venha”.
A menina caminhou devagar em direção a grande arvore que estava no centro do jardim. Quando chegou até ela, viu muitas pétalas de rosas brancas ao redor e um pequeno buraco embaixo dela. A voz suave e feminina vinha do buraco: “Joaninha, entra, entra, não tenha medo”.
A menina sentiu uma curiosidade intensa e se aproximou do buraco. Na medida em que se aproximava o buraco se abria como se fosse a entrada de uma pequena caverna. Joaninha viu sair dele uma pequena criatura verde. Era um duende.

- Olá Joaninha – disse sorrindo – sou o duende Sigfried e com a minha amiga Freda vamos te levar a um lugar que você vai adorar...
Joaninha o olhou um tanto assustada.

- Que lugar é esse? – disse com medo.
- Não tenhas medo Joaninha, não tenhas medo. Fica embaixo desta árvore. Você vai adorar.

Nesse momento saiu do buraco uma mulher jovem com asas de borboleta. Tinha um rosto de donzela, um sorriso encantador, as suas asas eram transparentes. Voava ao redor da menina e tinha nas mãos uma rosa branca.

- Olá Joaninha....Sou a Fada Freda. Eu e Sigfried vamos te levar para dentro da árvore. Mas não se preocupe que você vai gostar muito. Será só por pouco tempo.
A menina concordou com a cabeça e deu as mãos para o duende e a fada e entrou no buraco. Desceram uma escada de pedras. O caminho estava iluminado por tochas grandes. Caminharam um bom tempo e chegaram até um lugar misterioso e mágico, um jardim. Era diferente ao da avó porque este jardim tinha plantas que brilhavam como estrelas e era tão bem cuidado que parecia um paraíso. A grama verde cintilava e se debruçava até um pequeno lago. Freda e Sigfried levaram a Joaninha até a beira do lago.

- Agora – disse Sigfried – respire fundo que vamos mergulhar no lago.
- Mas, eu não sei nadar – disse a menina assustada.
- Não se preocupe querida – disse a Fada – quando mergulharmos você vai ter pulmão de peixe e vai respirar como se estivesse fora da água.
- Pronto Joaninha? – perguntou o duende.
- Pronto...vamos...

Freda segurou no braço da menina, elevaram-se sobre o lago e mergulharam de cabeça.
Joaninha viu-se nadando no meio de algas e peixes douradinhos. A sensação era maravilhosa. Depois de passar por uma espécie de túnel, chegaram a uma porta de pedra onde grandes tubarões nadavam ao redor. Mas eles não os perturbaram. Deixaram a Freda abrir a porta com uma chave dourada que ela tirara de um pequeno bolso.
A porta de pedra se abrira e eles entraram rapidamente. Joaninha viu então uma cidade submersa e milhares de fadas iguais a Freda e duendes como Sigfried nadando entre as pequenas casas, se reunindo em grupos conversando e rindo.
Joaninha sentiu que o reino das águas profundas era um lugar de fadas e duendes felizes. No alto da colina, um castelo de pedra com duas torres se elevava soberbo. Era o palácio da Fada Rainha.

- Bem vinda ao reino de Sarkamanda – disse Freda sorrindo.
- Sarkamanda? ...Que lugar lindo!! – disse Joaninha – Adorei!
- Falei que você ia gostar – disse Sigfried.
- Bem, agora vamos ao palácio, temos um encontro com a Fada Rainha.
- Fada Rainha? Meu Deus, mas, - disse a menina olhando para a sua vestimenta – não estou vestida adequadamente, estou vestindo um pijama...
- Não se preocupe – disse Freda – vou providenciar um vestido adequado.

AMIZADE


São João Del Rey, 8 de março

Minha muito querida amiga:

Recebi a sua carta há três dias no meio de uma intensa atividade do hospital. A enfermeira-chefe, que é uma senhora muito simpática me entregou a sua carta e você não imagina a minha felicidade ao lê-la.
Kika, tantas saudades tenho de você minha querida amiga. Depois de todos os acontecimentos dos últimos anos, devo agradecer a Deus por ter uma amiga como você. Os dois anos de residência que passamos juntas em São Paulo foram simplesmente gratificantes para mim.
E agora você me diz que vai se casar com o Olavo! Isso é maravilhoso Kika! Te agradeço de coração convite para ser sua madrinha de casamento, com certeza estarei no altar ao seu lado e torcendo por você. Espero que você seja muito, muito feliz minha amiga tão querida.
Bem, a minha vida de casada não é um mar de azeite, mas ela me proporciona aquela felicidade serena e maravilhosa. O bebe está cada vez mais travesso e esperto. O Gustavo mima o filho como nunca. As vezes quando vamos ao hospital (costumamos ir a pé pois são poucas quadras de casa) ficamos com remorso por deixar o bebe com a mamãe, mas é só por um tempo.
Voltar pra São João foi uma bênção para mim e conseguir este posto neste hospital muito mais. Foi aqui que conheci o Gustavo, recém chegado do Maranhão. Tudo aconteceu tão depressa.
Ontem lembrei o episodio do hospital quando conhecemos os pais do Roberto e do João Carlos. Pobre Dona Rosa, não resistiu a doença, mas também foi maravilhoso saber que, apesar de tanta tristeza que passamos nas nossas vidas, a nossa amizade não foi por acaso. Costumava acreditar nas coincidências, mas agora sei que não posso mais acreditar nelas. A nossa amizade é um exemplo desses mistérios do destino.
Bem, a minha folga acabou e devo amamentar o pequeno Carlinhos que acabou de acordar.
Espero receber noticias suas, e por favor, quero detalhes dos arranjos do casamento.

Um beijo da sua velha amiga mineira

Malu

PS: Achei um pequeno escrito sobre a amizade, que diz o seguinte : “ A amizade é o dom mais valioso que um ser humano pode ter. Ela reconforta, dirige e estimula os melhores sentimentos da essência humana”
Adorei, você não achou lindo?









Jaboticabal, 20 de março

Querida Malu;

Amiga querida! Fiquei tão feliz com a sua carta e surpresa, gratamente surpresa porque também ontem, no café do hospital, enquanto esperava pelo Olavo, lembrei da cena em que conhecemos a Dona Rosa e o seu João Carlos...Nossa que cena!!! Foi muito emocionante rever as pessoas que, de certa forma , estiveram ligadas ao nosso passado.
O caso da dona Rosa, que Deus a tenha, realmente foi muito triste. Mas, acho que você tirou de letra o quesito da emoção. Você se comportou muito bem, muito madura e não se deixou levar pelos sentimentos exagerados. Você é sempre o meu modelo.
Eu, no entanto, ao rever o Roberto, já casado com a esposa, senti as minhas pernas tremerem tanto, tanto Malu, que achei que ia desmaiar. Ao principio pensei que ainda o amasse, mas foi, certamente a surpresa de vê-lo novamente depois de tantos anos. Mas acho que eu, assim como você, pude fingir que nada acontecia. Coisas da vida.
Bem, vamos ao mais importante..Já está tudo arranjado para o dia 15 de maio quando me casarei com o meu querido Olavo, meu doutor do coração.hahahah...você não imagina a ansiedade. Já fiz a primeira prova do vestido com a dona Nadir, e a Igreja Matriz de Jaboticabal estará enfeitada com flores brancas, quero tudo branco.
No clube Olavo e Papai já fizeram todos os arranjos. Minhas sobrinhas pequenas Mayra e Verinha serão as daminhas e tudo está acertado.
Agora só resta escolher o bolo de casamento. Mas isso faremos juntas, já que depois do seu telefonema de ontem, fiquei tão feliz em saber que vai vir passar o feriado comigo.
Vou receber você, o Gustavo e o pequeno Carlinhos com muita alegria, pode crer.
Não vejo a hora de rever você. A nossa amizade sempre foi para mim o dom mais valioso que tenho. Aqueles anos em Sampa foram, como você disse, simplesmente maravilhosos.
Bem, estão me chamando, preciso ir ver os meus pacientes. Nos vemos em duas semanas.

Um beijo da sua sempre fiel amiga

Kika.


PS: Adorei a sua frase sobre a amizade. Não tenho duvidas que somos irmãs de almas. As nossas vidas se encontraram no momento exato e vivemos juntas experiências que nunca poderemos esquecer. Adoro você minha querida e grande amiga.

Beijocas.


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quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

PEQUENO DICIONÁRIO ÍNTIMO

CARIDADE:
É a mais importante das virtudes teológicas. A caridade é o amor ao próximo, generosidade, afeição humana e compaixão. Ela perdura a través do tempo e da eternidade. É a virtude que nos faz ser melhores homens e filhos de Deus.

domingo, 23 de janeiro de 2011

LUA DE JANEIRO

Lua de verão
Lua de janeiro
Pálida, transparente
Melancólica, serena

Lua dos meus sonhos
Das minhas emoções mais intimas
Lua que derrama as lágrimas
Das minhas penas e amarguras

Lua que sorri na noite estrelada
Ilumina o meu amor, a minha vida
Se desfaz num feixe de ilusões
Através dos meus sonhos mais puros.

Lua de verão, lua de janeiro
Emoção sem igual, projetos, expectativas
Sensação de ternura
Ilusão, emoção e doçura.

FELIZ CUMPLEAÑOS SAMPA!




El 25 de enero , SAMPA, la querida y siempre agitada SAMPA, la más grande y la mayor ciudad de Brasil cumple 457 años.
Que decir de esta ciudad que me ha acogido, como acoge a tantos extranjeros – y esa es su razón de ser cosmopolita- a lo largo de estos años de mi vida. En realidad, desde el primer momento, tuve una especie de empatía con la ciudad. Como una esfinge, me puse delante de ella y no dejé que me devorara porque la descifré.
Es impresionante saber que, de una pobre y mísera villa fundada por José de Anchieta en 1554, para que se convirtiera en un refugio de descanso a los que venían del mar, se haya convertido, ya en los años 50, en una urbe extensa y llena de vida.
A ojos extraños, Sampa puede llegar a ser asustadora, pero, a los que la conocen bien saben que, en sus esquinas, plazas, parques, grandes avenidas, inmensos rascacielos, viaductos y puentes, ríos y lagos, late una sociedad mezclada, sufrida, sobreviviente, llena de vida, llena de esperanzas en el porvenir del país y del mundo.
Hoy, como un pequeño homenaje, quisiera hablar sobre los lugares que para mí son mágicos en esta ciudad. En primer lugar, no existe una avenida más cosmopolita, comercial, de gente más diversa y de espacio cultural, que la Avenida Paulista. Situada en el lugar más alto de la ciudad, esta avenida, creada en 1890 abrigó las más lujosas residencias de los Barones del Café de fines del siglo XIX e inicios del XX. A partir de los años 50, se convirtió en el eje económico de la ciudad. Hoy, abriga el famoso MASP (Museo de Arte de S.Paulo) donde, de vez en cuando, aprecio las obras de Monet, Manet, Matisse, El Greco, Picasso, Di Cavalcanti y Portinari, entre otros. Fue inaugurada por la Reina Isabel II en 1960.
El Museo de la Casa de las Rosas, el Museo contemporáneo de la Fundación Itaú con su estilo moderno, impresionan. Es la avenida de los grandes cines de arte. Lejos del bullicio de los “Blockbusters Hollywoodianos”, los cines Belas Artes, Reserva Cultural, Cinesesc, Espaço Unibanco, entre otros, nos ofrecen las mejores películas internacionales de arte. Edificios Monumentales, Bancos, Empresas Multinacionales, cafés y bares, son la tónica preponderante de esta avenida. Mi lugar ideal para tomar café es en la Reserva Cultural. Allí en el café “Pain de France”, puedo saborear un delicioso chocolate con brioche Raisan.
El Parque Ibirapuera es el pulmón de la ciudad. Con innúmeros rincones, árboles, senderos casi misteriosos, es mi preferido. En frente, el Obelisco que rinde homenaje a los héroes de la revolución de 1932.
Me encanta el centro histórico de la ciudad. Allí está el Monasterio de São Bento. Participar de una Misa, los domingos a las diez en la Basílica N.Sra de la Asunción, es una experiencia mística recomendable El canto gregoriano en la voz de los monjes, el incienso subiendo por las columnas y las melodías del gran órgano, me hacen estar cada vez más cerca del Santo de los Santos. El monasterio ha recibido ilustres visitantes. El último de ellos fue S.S.El Papa Benedicto XVI en 2007. El Dalai Lama también había sido uno de sus huéspedes. Cuentan que al entrar en el lugar dijo que estaba pisando suelo santo.
Frente a São Bento, está un café tradicional, el GIRONDINO’S. A pocas cuadras, el Centro de Cultura del Banco do Brasil con un programa riquísimo de teatros y conciertos a precios módicos.
A poca distancia del centro, está la Sala São Paulo, dentro de la antigua estación de tren Sorocabana. La Sala S.Paulo, es la sede de la OSESP, la Orquesta Sinfónica del Estado de S.Paulo y es el templo de la música erudita, palco de numerosos conciertos, músicos ilustres internacionales y un público sumamente culto. Los conciertos de los sábados por la tarde, son mis preferidos.
Los elegantes barrios arbolados de JARDINES, en la zona sur, sede de los consulados extranjeros y de la alta burguesía paulistana son de una exquisitez increíble.
A las afueras de la ciudad, está el PARQUE DE LA CANTAREIRA, donde uno sube la sierra del mismo nombre y sobre una plataforma de casi mil metros de altura, se puede contemplar toda la ciudad, selva de verde y de piedra.
En el MERCADÃO CENTRAL, en el antiguo centro de la ciudad, no se puede perder un Chop con un pastel de bacalao y un sándwich de mortadela, típicos del lugar. El lugar es una efervescencia de vendedores y clientes de frutas, verduras, pescados, quesos, enlatados, y flores. Es el símbolo de la ciudad, el verdadero “epos” del alma paulistana.
Durante el día, a veces de calor intenso, o de lluvias intensas, el paulistano soporta un tráfico insoportable. El promedio es de 2hs 30m. para cada uno. Pero, cuando llega la madrugada, la ciudad no duerme, sólo ajusta su posición. Y como dice una vieja música, a las siete, explota en multitud.
Esa es Sampa, grandiosa y magnífica, ruidosa y confusa, pero gentil, tan gentil como cualquier otra ciudad del mundo. Pero Sampa, no es cualquier ciudad, es la segunda mayor de Latinoamérica y la quinta del planeta. Pero, a pesar de todo, es una ciudad con lugares paradisiacos y tranquilos, como anestesiados.
Sampa es como una esfinge, hay que descifrarla o te devora. Yo la descifré y aprendí a amarla como el más verdadero de sus hijos.
FELICIDADES SAMPA!

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

SÃO PAULO DE MIL ROSTOS (II)



O MERCADÃO DO CENTRO DA CIDADE

Existem lugares em Sampa que nunca deixam de me impressionar. A cidade louca e majestosa me oferece tantos cantos inesquecíveis. Um desses lugares é O MERCADÃO DO CENTRO DA CIDADE. Com sua arquitetura de começos do século XX, no seu interior os gritos dos vendedores de frutas, peixes, verduras, carnes e muitos produtos mais, é um exemplo da própria cidade: a multitudinaria mistura de gente de todas as partes, a correria pelo trabalho, a luta pela sobrevivencia.
Lógico que não deixarei de falar do famoso PASTEL DE BACALHAU e o SANDUICHE DE MORTADELA, acompanhados de um chope gelado num dia raivoso de calor paulistano. Muitas vezes, sentei-me numa das mesinhas e soboreei tudo que tinha direito. Assim podia apreciar um dos lugares mais agradaveis e efervescentes da nossa cidade.

PEQUENO DICIONÁRIO ÍNTIMO


CARINHO

Afeição da mais pura humanidade. Ternura, emoção, generosidade. Quem da carinho,geralmente recebe muito mais em troca. Carinho é uma dádiva da mais pura sensibilidade. Ao receber carinho experimentamos uma alegría incrível.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

LUNES


Lunes es un día muy especial. Tan odiado y difamado por muchos pues nos obliga a recomenzar y todo recomienzo es difícil, es exhaustivo. Pero los LUNES tienen también su encanto, su secreto y su razón de ser. Es el día en que los inicios de cualquier proyecto adquieren un matiz especial. Es el día de la esperanza, de la renovación. Cuando hay sol, es un día espléndido para mí; cuando llueve, se envuelve de una melancolía fina y tibia que nos obliga a meditar en medio del trajín del día a día. Amo los Lunes, amo recomenzar, amo todo lo que significa desafío, pues la vida misma está llena de él y con él podremos alcanzar sorpresas inimaginables.
Feliz Lunes para todos!.

REFLEXÕES COTIDIANAS

A arte de viver é um bem supremo. As vezes estamos imersos numa "inércia" que nos empurra para o abismo do desencanto e da solidão. As causas são múltiples, mas devemos fazer o esforço sobrehumano de respirar fundo e vencer esta ferida da alma que pode ser fatal.
Hoje vejo a minha vida tão tranquila. Ela está tranquila. Por um lado me deixo levar pelas delicias do repouso, por outro, abro um olho e com o meu braço direito, seguro-me forte, bem forte na beirada das minhas dúvidas. Só assim, estarei alerta. Eis o mistério da própria vida.

PEQUENO DICIONÁRIO ÍNTIMO


ABRAÇO
Manifestação efusiva de natureza humana. Calorosa sensação de afeto, carinho e generosidade. Um bom abraço é capaz de oferecer a mais incrível sensação de alivio, proteção e caridade. Quem recebe sempre um abraço sincero, recebe uma grande energia de mais poderosa afeição

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

PEQUENO DICIONÁRIO ÍNTIMO


AMOR
Paz no coração; emoção e sensação de alegria interior; generosidade y afeto sincero; carinho e ternura de alma; chuva de verão e brisa de primavera; orvalho tímido do amanhecer; pacifica curiosidade interior. Aquela chamada telefônica esperada; aquela presença serena ao amanhecer; abraços e beijos amados e inesquecíveis; sensação de eterna juventude; noite de lua cheia; ondas serenas do mar calmo e misterioso; luz do amanhecer; sensação de eterna felicidade.

LAS LLUVIAS DE ENERO O EL TSUNAMI BRASILEÑO


No existen palabras para describir lo que sentimos todos los que vivimos en Brasil en este mes de enero. Es sabido de que el verano tropical es lluvioso y que todos los años ocurre lo mismo: inundaciones y muertes provocadas por las lluvias de enero.
Este año, sin embargo, las lluvias nos sorprendieron en forma alarmante. En los estados de São Paulo, Minas Gerais y Rio de Janeiro las inundaciones ya causaron más de 500 muertos. Una tragedia nacional, una barbaridad!.
Estoy particularmente impresionado con la tragedia, especialmente las que ocurrieron en Rio de Janeiro esta semana. Enciendo la tele y sólo se habla de lo mismo, las imágenes son espeluznantes. En las ciudades serranas como Petrópolis, Teresópolis y Nova Friburgo, los raudales provocados por las lluvias, bajaron de los “morros” (colinas y montañas) con fuerza devastadora y provocaron un TSUNAMI de agua y barro que destruyeron casas, edificios y tragedias personales irrecuperables.
Era una tragedia anunciada? Probablemente. Los expertos dicen que estos fenómenos de la naturaleza son constantes en la SIERRA DEL MAR, y que el hombre construye casas, hoteles de lujo, clubes, etc, en lugares de riesgo. En esos lugares llovió en un solo día todo lo esperado para el mes entero. Es la naturaleza que da su respuesta a la irresponsabilidad de la gente, de las autoridades y de la falta de cumplimento de las leyes nacionales.
Existe una ley Forestal Federal que prohíbe construir en las laderas y áreas de riesgo de la Sierra del Mar. Esto nunca se ha cumplido. La Sierra del Mar funciona como un tampón entre los vientos del Amazonas y el océano Atlántico. Es como una muralla de montañas y selva. Ahora sólo el 7% de la Sierra del Mar está preservada; el resto fue totalmente deforestada y construida como elegantes ciudades de balneario. Esa es la terrible realidad.
En medio de la tragedia, vi la imagen de un niño de seis años, único sobreviviente de su familia, decir que “el mundo está acabando”. Eso me conmovió de tal manera que, a la noche, antes de dormir, elevé mi plegaria nocturna hacia las víctimas y sus familiares. Una parte de mí consideraba que el fin del mundo era una simple expresión ante la tragedia de la visión apocalíptica de un niño destruido. Pero otra parte parecía creer que , tal vez, el fin está próximo y cuál es mi posición ante ese hecho. Eso me petrificó. En medio de mi intensa oración y emoción interior, escuché una voz interior que me decía: “TEN CALMA Y TEN FE”. Enjugué mis lágrimas y pude conciliar el sueño.

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

SÃO PAULO DE MIL ROSTOS (I)




UMA VISÃO ESTRANGEIRA SOBRE UMA DAS MAIORES CIDADES DO PLANETA.

CENTRO ANTIGO : O MOSTEIRO DE SÃO BENTO

No coração do centro antigo e histórico de Sampa, se levanta, quase como uma das poucas testemunhas da historia da cidade, uma fortaleza religiosa tradicional paulista : O mosteiro de São Bento.
A historia deste lugar esta unido a própria historia da cidade. O terreno onde está construído data de 1600, e a primeira construção da capela foi concluída em 1634, sendo ampliada e reformada em 1681.O Prédio que conhecemos data de 1914 .De arquitetura bizantina, as suas colunas interiores são monumentais. Apenas entrando no seu interior, podemos respirar santidade e espiritualidade. Já recebeu visitantes ilustres como o papa Bento XVI. Outro líder espiritual respirou sua santidade, o Dalai Lama, de passagem pela cidade.
Localizado no alto da antiga várzea do Carmo e perto do vale do Anhangabaú, o Mosteiro de São Bento contem relíquias de imenso valor. Uma pequena imagem da Virgem Negra se encontra nas suas colunas. Imagens de Nossa Senhora se encontram por todos os lados. No alto do altar, uma majestosa imagem da Assunção da Virgem Maria, cujo nome leva a Basílica em vitral colorido, é muito apreciada pelos fieis e turistas que a visitam todos os dias.
Um domingo de Missa em São Bento é mais do que um mero compromisso com a divindade, é algo sublime. Os cantos gregorianos dos monges beneditinos misturam-se com o odor do incenso que te elevam as alturas. Os anjos e seus trompetes pintados nas paredes parecem voar com os acordes do monumental órgão de tubos alemão no alto das colunas.
Quando a cerimônia termina, começa outra fila; a dos pães e bolos famosos feitos pelos próprios monges.
Todas as vezes que participei da Missa em São Bento, me senti unido a um ambiente de espiritualidade intensa, de rara beleza interior, de pureza e de grande emotividade. De certa forma, me senti perto dos Santos dos Santos.
Depois da Missa, para apreciar melhor a fachada externa do Mosteiro, nada melhor do que um bom café no Girondino’s, um bar de beleza centenária em frente ao prédio. Das suas janelas, podemos apreciar o relógio, também de origem alemão – dizem que é o Big Ben paulistano –, e ouvir os sinos que tocam a cada hora.
O Mosteiro de São Bento permanece incólume dominando a centro velho, uma das mais importantes testemunhas do passado desta cidade cosmopolita e pujante.

S.O.S. BELAS ARTES


Foi com tamanha surpresa que soube que o lendário Cine Belas Artes (Av.Consolação e Paulista) vai fechar as portas após o aniversario de São Paulo, no dia 27 de janeiro, para virar – ainda mais surpreso- uma galeria de lojas comerciais.
Sempre considerei que a avenida paulista e região era como uma ilha cultural da cidade. Em matéria de cinema, o Cine Belas Artes, junto com a Reserva Cultural, o Espaço Unibanco, o Cine da livraria Cultura e o Cinesesc eram as salas onde podiam apreciar-se cinema de qualidade, cinema de arte.
Aqueles que querem fugir dos “blockbusters” de cinemas de Shopping Centers, encontravam nestas salas um bálsamo de cultura. O termo “alternativo”, tão mal utilizado ultimamente, descreve esses filmes de conteúdo, de grandes diretores, de grandes atores; filmes que tem projeção internacional nos grandes festivais como os de Cannes, Berlim, San Sebastián, entre outros. São filmes que nos mostram a tendência da cinematografia independente da maquinaria hollywoodiana que , através de filmes comerciais, atraem a grande maioria de publico.
Minhas melhores lembranças, tem a ver com uma experiência no famoso ‘noitão” do Belas Artes. Pagando um, se assiste três, começando a meia noite e terminando as seis da manha com direito a café. Nas suas salas ficarão as recordações de tantas vivencias, tantos filmes que falaram de amor, solidão, política, música, relacionamento, cultura de povos, etc..
Por isso, fiquei muito triste quando soube que o Belas Artes ficaria sem patrocínio para continuar vivo. Uma perda cultural insubstituível para nossa cidade.

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

MILAGRO DE AMOR


El sol brilló
con toda su intensidad
fulgurante y brillante
en esta mañana de enero.

El estío se derrite
como el rocío ardiente
los sentidos se confunden
con emoción candente.

Es la llama de amor
presencia enebriante
que invade mi corazón
mi alma, mi cuerpo y mi mente.

Y entonces el milagro trasciende
todos los sentidos y sentimientos
Es el amor que vuela y se aposa
sobre mi alma en silencio.

VIDAS PARALELAS

Hoje ela acordou com toda a energia do mundo. Sentiu-se plena e satisfeita pois conseguira, até que enfim conseguira entrar na faculdade após dois anos de tentativa. Ela será a primeira da família a entrar na universidade e isso a orgulhava e também à família toda.
Maria Luisa, sempre conhecida como Malu pela família, era a menor de três irmãos. O mais velho, Isaias, casou-se há pouco tempo e a sua mulher estava esperando neném. O irmão do meio, Carlinhos era considerado o travesso da família. Ajudava o pai, o seu José na roça como podia, mas sempre estava metido em encrencas.
A família da Malu era modesta e simples. A mãe, dona Lourdes, cozinhava para alguns trabalhadores da cidade. Malu sempre ajudava a mãe. Mas quando estudava o cursinho pré-vestibular, logicamente deixara de fazê-lo.
A vida da família Souza era a mesma a de muitos brasileiros que moram no interior dos seus estados. No caso da família da Malu, eram originais de Minas Gerais. São João Del Rey era uma cidade turística e recebia muita gente todo o ano. Fazia parte do circuito histórico do estado mineiro e fora berço de famosos políticos como o ex Presidente Tancredo Neves, entre outros.
Malu sempre foi uma boa estudante. Na escola publica e pobre da periferia da cidade, destacou-se pelas notas brilhantes. Os professores sabiam que, se ela tivesse meios, seria alguém na vida.
De estatura média, morena, de olhos escuros e longos cabelos negros e um sorriso encantador, Malu chamava a atenção da meninada na escola. Mas ela estava só focada nos estudos. Queria estudar medicina.
O sonho chegara ao fim, ou melhor, ao começo. Ela passou no vestibular de Medicina na Universidade Federal de Viçosa, no norte do estado, e era natural o seu estado de alegria e excitação essa manhã de finais de verão quando se preparava para viajar para essa cidade no outro extremo de Minas.
Então, nessa manhã, ela pensou nas ultimas coisas que faria na casa paterna. Tinha que se despedir das amigas de infância, dos irmãos. Os pais a acompanhariam até a rodoviária. A viagem não era tão longa, apenas duas horas e meia de ônibus, mas, seria uma viagem especial. Pela primeira vez na vida moraria sozinha e em outra cidade.
As expectativas a faziam sentir o estomago formigar, assim sentia-se quando estava ansiosa. Agora era hora de viver uma nova etapa da sua vida.
A viagem para Viçosa de ônibus fora tranqüila, mas Malu estivera apreensiva respeito ao futuro. O ônibus chegou à cidade universitária bem cedo, numa madrugada de finais de verão. Malu foi logo para a sua nova república, perto da Faculdade.
Com as suas malas nas mãos, a nova estudante de medicina se preparou para enfrentar os seus novos desafios.

A pequena cidade do interior de São Paulo, adormecia tranqüila no meio da noite. Na rua vazia não havia ninguém. As luzes da rua estavam acesas. Fora uma noite fria de inverno. Numa pequena casa perto da ponte que dava para um pequeno rio, uma família começava a se levantar. Ainda não eram as seis da manhã quando a mãe começou a preparar o café da manhã para o marido e para os dois filhos que iam para a escola. O marido trabalhava numa refinaria de cana de açúcar, a filha mais velha iria se preparar para viajar pra cidade próxima de São Carlos, para fazer a prova do vestibular. Francisca sempre quis ser médica. Estudara muito a vida toda, pois sempre tivera essa idéia na cabeça. Francisca era alta e magra, de olhos verdes claros, herança da sua avó italiana e cabelos castanhos claros, quase loiros. Ela era chamada de Kika pela família e por amigos.
No colégio publico onde estudara, era conhecida por ser a mais bela da turma, e a mais inteligente. Kika era popular, porém vinha de uma família pobre. O seu dote mais conspícuo era a sua inteligência e a sua esperteza. Todos sabiam que Kika seria uma médica, pois estudava muito o tempo todo.
Então, chegou, por fim o dia do vestibular. Ela se levantara da cama ansiosa e com medo. Afinal de contas era a primeira vez que ia enfrentar o provão pré-universitário e ela estudara tanto para isso.
Na família todos ,inclusive Caio, o irmão mais novo, acreditavam que Kika ia passar o vestibular na primeira vez.. E assim foi. Kika passou a prova para varias universidades ao longo do país. Mas ela escolheu estudar medicina em São Carlos, para ficar perto da família. Eles moravam em Jabuticabal, perto de Ribeirão Preto.
Kika morou num pensionato perto da faculdade. Dividia o quarto com outras duas moças, também estudantes de medicina, porém, elas estavam em cursos superiores.
No segundo ano da faculdade, Kika conheceu Roberto, um calouro que acabava de entrar na universidade e vinha de São Paulo. Roberto tinha a mesma idade da Kika, porém só conseguira passar o vestibular na segunda vez.
Roberto e Kika se conheceram no refeitório no meio de uma semana de provas. Ele estava afundando nos livros e Kika, sempre inteligente, começou a falar com ele e deu algumas dicas para a prova do dia seguinte. A partir daquele momento, eles ficaram inseparáveis. Tudo começou com uma amizade sem interesses aparentes e até um tanto inocente. Com o correr dos meses, foram se apaixonando um pelo outro.
Isso na verdade era quase inevitável. Kika era apaixonada pelos estudos e tinha sempre uma disposição incrível para sair, se divertir, e ao dia seguinte, estudar como uma condenada.
Então a paixão pela medicina os uniu. Roberto era alto, branco, de insinuantes olhos verdes, cabelo castanho e era conhecido como um líder nato pelos colegas. Era ele o presidente da aula, representante de todos eles perante o quadro docente e a reitoria.
Kika era mais do que a melhor aluna da sala. Era também uma moça com personalidade forte e que sempre tinha idéias brilhantes para os colegas. Eles a respeitavam e a sua presença em qualquer grupo era bem vinda.
Não demorou muito para que a Kika e o Roberto formassem o casal mais badalado da faculdade.


As festas universitárias de Viçosa acostumavam reunir os estudantes de varias faculdades, inclusive de outras cidades.
Chegou a primavera e todos os estudantes só pensavam na grande festa que aconteceria nesse sábado.
Após um período de muitas provas onde ela se saiu muito bem, Malu se preparou para o grande evento. Viriam moços de Ouro Preto, BH, e tantos outros lugares e ela não queria perder essa festa por nada.
Sua colega de quarto, estudante de engenharia, estava prestes a viajar para o Rio devido a doença da mãe. Então despediu-se da colega.

- É uma pena Glorinha que você não possa ir a festa. Mas espero que a sua mãe esteja melhor assim que você chegar.
- Obrigada Malu....Aproveita a festa por mim....e nos vemos na segunda de manhã.
A sexta feira foi muito quente. O sábado, dia da festa, foi mais ameno e fresco. No Clube principal da cidade, todos se encontraram para a festa de primavera.
O Salão estava cheio de gente. A banda jovem começou a tocar antes das dez da noite e os grupos se formaram ao redor das mesas, rindo, conversando, se cumprimentando.
Malu chegou pouco depois das dez e meia acompanhada do seu colega de faculdade Vitor. Eles sentaram-se numa mesa com outros colegas. Por um momento, no meio da conversa, Vitor olhou para um canto do salão e disse :

- Acho que aquele é o João Carlos.....Vou cumprimentá-lo

O jovem se levantou e Malu o seguiu com o olhar. Após alguns minutos ele reapareceu com outro rapaz ao seu lado.
- Galera...este é o meu amigo João Carlos, ele estuda medicina na Federal de Ouro Preto.
- Olá! – disse o jovem cumprimentando todos os presentes na mesa. Malu se encontrou de frente a um rapaz alto, branco, de olhos cor de mel, cabelo preto e um sorriso encantador.
- Olá – disse ela um pouco tímido – quer se sentar com a gente?
- Claro – disse João Carlos, e sentou-se..

Conversaram muito, dançaram muito e saíram da festa quase ao amanhecer. Também era quase inevitável que se sentissem atraídos um pelo outro.
A partir desse dia, Malu e João Carlos se viram todas as vezes como podiam. No ano seguinte, ele pediu transferência para Viçosa e passou a ser o colega da Malu. O romance estava no ar.

Roberto contou para Kika que tinha um irmão mais velho que morava em Viçosa e que também estudava medicina. Num final de semana prolongado, Roberto convidara a namorada para viajar para aquela cidade mineira, mas a moça não podia pois tinha que ir visitar a mãe adoentada em São João Del Rey. Então Roberto despediu-se dela na rodoviária.

- Me liga assim que chegar Kika..Espero que a sua mãe esteja bem. Eu volto de Viçosa na segunda de manhã, ok? – e deu-lhe um beijo.

Roberto chegou a Viçosa bem cedo nesse sábado. Viajou de carro e foi recebido por João Carlos e pela Malu no apartamento que os dois dividiam perto da faculdade.
Roberto percebeu que o seu irmão estava muito apaixonado pela moça paulista. Achou a Malu muito gentil e bonita e também muito inteligente. Ele achou que o irmão estava muito feliz com a namorada e com a melhor das impressões voltou para São Carlos, não sem antes prometer que na próxima vez ele iria trazer a Kika para que João Carlos e Malu também a conhecessem.

- A Malu é uma moça muito esperta e inteligente, você vai gostar dela – disse à Kika assim que chegou à São Carlos.- o meu irmão está feliz com ela...
- Que bom, fico feliz em ouvir isso – disse Kika tentando se concentrar numa lição de Osteologia.

No outro feriado, quem veio para São Carlos conhecer a Kika foi o João Carlos. Infelizmente sem a Malu que, desta vez ela tinha que terminar um trabalho em grupo da faculdade. O grupo do João Carlos terminara o trabalho, mas o dela não, por tanto, ela se sentiu impossibilitada de viajar.
A contragosto o namorado viajou pra São Carlos sozinho. Conheceu a Kika e gostou muito dela, porém notou que o irmão estava um tanto estranho com a namorada.

- E ai, mano, o que está acontecendo com você? To notando você impaciente com a sua namorada. Algum problema?
- Nada importante...quero dizer...enfim...sei lá
- Mas o que aconteceu?
- Conheci outra garota, só isso.
- Só isso? – João Carlos olhou para o irmão preocupado – mas você não gosta mais da Kika?
- Não sei, a Daniela, a garota que conheci há um mês atrás, é maravilhosa e estou me apaixonando por ela. Não sei o que fazer com a Kika.
- Só posso te dizer uma coisa, mano, vá com calma...De repente é só uma paixão de momento, e a Kika não merece isso, ela parece te amar de verdade.
- Eu sei, eu sei, e isso é o que me deixa muito mal, mas não sei mais o que fazer.

João Carlos teve pena do Roberto. Era evidente que as coisas estavam andando mal com o irmão e a namorada.
Não demorou um mês para que a Kika descobrisse toda a história do Roberto e a estudante de odontologia. João Carlos recebeu um telefonema do irmão que lhe contou tudo que tinha acontecida. Um telefonema anônimo para a Kika fez com que ela fosse até um bar onde encontrou o namorado e a moça com beijos e sorrisos.
O que seguiu depois foi uma grande briga. No dia seguinte toda a faculdade soube o que tinha acontecido. Kika teve o coração destroçado.

Sob o céu cinzento da cidade de São Paulo, naquela tarde de inverno, os estudantes da faculdade de medicina da USP se preparavam para mais um dia de duro teste de final de semestre. No outro pavilhão da faculdade, os médicos recém formados faziam as suas residências em todas as áreas. Eram novo médicos formados em todas as universidades do país e esse ano o número deles tinha crescido muito.
Uma moça de rosto apagado e triste com um papel na mão procurava a sala onde teria uma entrevista com o seu professor residente.
Parou na frente de um grupo de médicos e perguntou.

- Bom dia, por favor, poderiam me dizer onde fica a sala 2B.
- Claro, é aqui mesmo – disse uma das moças do grupo – é residente nova?
- Sim, to chegando agora, é o meu primeiro dia.
- O meu também, acabei de ser transferida a semana passada, e hoje também é o meu primeiro dia. Vai se entrevistar com o Professor Almeida?
- Sim...acho que estou atrasada.
- Não se preocupe, ele ainda não chegou...Também estamos esperando por ele. A propósito, meu nome é Francisca, pode me chamar de Kika.
- Maria Luisa.me chamam Malu.
- Prazer Malu..., venha se juntar a nos.

Foi assim que Malu e Kika, as duas jovens medicas ficaram no mesmo grupo de residentes do hospital e começaram a trabalhar juntas.
- Você já tem um lugar onde morar? – perguntou Kika.
- Na verdade me deram um endereço de uma hospedagem para jovens médicos, aqui perto do hospital.
- Bem, eu moro com uma colega, a Teresinha em um apartamento, se quiser, tem um quarto vago, pode morar conosco.
- Seria legal..obrigada Kika.

Malu passou a morar com a Kika. As duas moças trabalhavam juntas e com o passar do tempo chegaram a ser muito amigas.
- Malu, me diz uma coisa, já faz seis meses que moramos juntas e só vejo você trabalhando, não pensa em ter namorado.
- Não Kika, por enquanto,o meu coração está fechado para balanço.
- Meu Deus, não diga isso querida, você é jovem ,bonita....não faça isso. Alem do mais o seu namorado, que Deus o tenha, morreu há três anos. Ele não gostaria de você ficar assim..
- Isso demora Kika, isso demora....mas você também não sai com ninguém...
- Pois é, precisamos esquecer o passado...eu com o meu namorado traidor e você com o seu namorado falecido...
- Não é nada fácil.

Um certo dia, Malu estava trabalhando no hospital ajudando a atender pacientes quando a enfermeira lhe disse:

- Dra, por favor, tem uma paciente idosa que precisa ser atendida com urgência.
- Claro, já vou... – Malu colocou os óculos e se dirigiu à sala de urgências.

Quando ela entrou na sala viu uma senhora de uns setenta anos, acompanhada do marido, um senhor um pouco mais velho e uma moça de uns trinta e poucos anos. Todos agitados. A mulher tinha um sangramento na testa.
- Por favor, levem a paciente para a sala 2 – disse Malu para os enfermeiros depois de verificar o ferimento.. – tudo bem senhora, tudo bem...não se assuste...vamos resolver o sangramento.
- Obrigado – disse a senhora tremula.

Depois de instalar a paciente e falar com a família. Malu foi visitar outros pacientes e se cruzou com a Kika.
- Dia agitado heim amiga..
- Pois é Malu...ufa, to cansada.....vai visitar alguma sala?
- Não, o Doutor Moura vai falar com a família da sala 2. Uma senhora idosa caiu da escada e quebrou a testa, mas parece que é mais serio...
- O doutor Moura vem vindo....Olá doutor...
- Olá meninas – o médico estava exausto. – dia terrível hoje heim?
- Pois é, doutor, como está a paciente da sala 2? – perguntou Malu.
- Vai levar uns belos pontos..mas está bem, não foi nada grave...ainda está assustada...me faz um favor doutora fala para a enfermeira para dar o calmante..Opa, esqueci de entregar a receita...por favor, entrega para ela – o médico deu para a Malu a receita com o nome da paciente.
- Sim, doutor...- e olhando para a Kika disse – vamos tomar um café? Mas antes, me acompanha até a sala2, só vou entregar a receita do doutor.
- OK, vamos.

As duas médicas entraram na sala 2, exatamente na hora em que a assistente social do hospital estava com a família.

- Muito bem, Senhor, por favor assine aqui...desculpe, o senhor é João Carlos de Almeida não é?
- Sim – disse o senhor idoso assinando os papeis.
Quando a Malu ouviu esse nome ficou paralisada. Era o nome do namorado falecido e ele levava o mesmo nome do pai.
Ela observou o homem enquanto ele assinava os papeis do hospital. Kika estava falando com a paciente e ajeitando os aparelhos e fazendo perguntas.
- A senhora está sentindo alguma dor?
- Não minha filha, agora não..
- Muito bem, não se preocupe, vai ficar melhor logo, logo.

Quando a assistente social saiu, a Malu se aproximou do marido da paciente e perguntou.

- Desculpe, mas ouvi que o nome do senhor é João Carlos de Almeida.
- Sim, doutora, esse é o meu nome.
- É que eu já tinha ouvido esse nome antes...
- Bem, na minha família não tem ninguém com o meu nome, exceto o meu filho mais velho, mas infelizmente está morto.
- Ele, ele era médico? – Malu perguntou tremendo de ansiedade. Nesse momento Kika se virou para eles.
- Estudante de medicina, quinto ano, faleceu em acidente, em Minas Gerais.
O coração de Malu parou.
- Acidente? Minas? – disse com voz afogada.
- Sim...a doutora o conhecia?

Malu não respondeu, só se virou para a Kika que também a olhava com surpresa.

- Sim, eu o conheci...João Carlos de Almeida...
- Meu filho querido – disse a mulher na cama – coitado do meu filho....
- Eu , estudava com ele em Viçosa...nos fomos...
- .....namorados... – concluiu a Kika olhando com olhos arregalados.
- Meu Deus – disse o homem com lágrimas nos olhos – a doutora é...era a namorada do João Carlos...como era mesmo o nome dela? – disse tentando se lembrar.
- Maria Luisa, Malu
- Sim, a Malu....pena que nunca nos conhecemos....ele falava muito da doutora...
- Sim, não tive condições para vir ao funeral.
- Sim, mas é um prazer rever você – disse o homem abraçando efusivamente a Malu.

Nesse momento a porta se abriu e apareceu a moça que estava com eles acompanhada de outro homem, jovem, de uns trinta e poucos anos.
Kika estava olhando os medicamentos que estavam encima da mesinha quando ouviu uma voz familiar dizendo.
- Mãe, a senhora está melhor?
Malu se virou para ele e disse quase com um grito.
- Roberto!
Kika também se virou assustada e impressionada.
Roberto olhou para ela e disse.
- Oi Kika..que bom ver você novamente...Olá Malu...que surpresa boa!!

Malu e Kika se olharam rapidamente. De repente entenderam tudo..Elas, amigas, que tinham vivido vidas separadas, paralelas, estavam na encruzilhada do destino. A amizade delas não era coincidência. Tudo estava unido como um tear de relações, afetuosidade e destino. O destino das duas moças, antes separado, agora parecia uni-las ainda mais. Elas tiveram em comum uma historia de dois homens, duas vidas, dois amores.
A vida nos reserva surpresas, as vezes agradáveis, as vezes tristes, as vezes surpreendentes.

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

MEDITACIÓN SOBRE LA EPIFANÍA


LA ADORACIÓN DE LOS REYES MAGOS

Nacido Jesús en Belén de Judá, en tiempos del Rey Herodes, unos magos llegaron de oriente a Jerusalén. Habían visto una estrella y, por una gracia especial de Dios, supieron que la estrella anunciaba el nacimiento del Mesías, que el pueblo hebreo esperaba.
Entre todos los hombres que contemplaron la estrella, sólo estos magos del oriente descubren su significado profundo. Estos sabios vieron una estrella y dejándolo todo, partieron a través de ríos y desiertos, pasando por incomodidades, para llegar al destino final : el encuentro con Jesús.
Toda nuestra vida es un camino hacia Jesús. Es un camino que andamos con la luz de la fe, y la fe nos llevará, cuando sea preciso, a preguntar y a dejarnos guiar; a ser dóciles.
A veces, en la vida debemos tener constancia a pesar de las dificultades, el recomenzar una y otra vez, transforma lo que se inició como algo pequeño y titubeante en una gran luz: claridad para otros que también andan buscando a Cristo.
Epifanía significa MANIFESTACIÓN, y en los Magos están representadas las gentes de toda lengua y nación que se ponen en camino, llamadas por Dios, para adorar a Jesús.
Los magos abrieron sus cofres y ofrecieron presentes: oro, incienso y mirra, los dones más preciosos del oriente. Nosotros, humildes, podemos también ofrecer lo mejor que tenemos: un corazón abierto para amar. Si ofrecemos nuestra ofrenda con rectitud de intención, esas cosas pequeñas que ofrecemos obtienen mucho más valor que el oro, el incienso y la mirra.
Los Reyes Magos tuvieron una estrella; nosotros devemos pedir para que la luz de lo alto ilumine nuestro camino oscuro y en penumbras de tantos defectos, para que así podamos llegar a nuestro destino final que es el supremo encuentro con el Señor.

...Y POR OTRO LADO


Enero también es frío y nieve en el hemisfério norte. Las nieves de Enero con su palidez blancuzca y su manto de armiño, asolan todos los países del norte.
En España, hay un dicho popular que dice AÑO DE NIEVES, AÑO DE BIENES. Esperamos, entonces, que el año de 2011 sea colmada de bienes y que este enero traiga consigo, su bagaje de esperanzas. Que así sea!.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

LAS LLUVIAS DE VERANO



Las lluvias de verano llegan con ímpetu y arrastran consigo todas las desventuras y desesperanzas. Pareciera que las copiosas y abundantes precipitaciones de estío renuevan y limpian nuestras vidas.
Hoy es vísperas de Reyes, la Epifanía del Señor y con esta fiesta, se encierran las Navidades, y renuevo mis deseos para que esos sabios-magos me regalen, no oro, incienso o mirra, sino mucha salud, alegría y paz.
No olvidaré de pedir por los míos, por aquellos que necesitan y por todos los que sufren.
Las lluvias de enero pueden continuar limpiando todo lo que no sirve, todo lo desnecesario en nuestras vidas y que sólo nos reste lo más importante : una extraordinaria fortaleza para seguir luchando. Que así sea!

sábado, 1 de janeiro de 2011

ENERO


Agua de lluvia
y de esperanzas renovadas
de un nuevo año,
un nuevo verano,
un nuevo sueño.

Aguas que surcan el horizonte
de nuestras vida
Inundándonos de alegría
en nuestro perenne caminar.

Enero,
Renovación,
esperanzas, ilusión.


ENERO DE 2O11 : UN NUEVO COMIENZO

Empezamos un nuevo año, un nuevo enero de nuestras vidas. Allá, el frío es congelante, aquí, es el verano brillante. Así es la vida. Enero nos demuestra que, una vez más, estamos en la lucha, en el camino de la vida, en el seguir permanente por el surco profundo de nuestra existencia.
Y pedimos a Dios que en este nuevo año, no cejemos ante las dificultades, que siempre nuestro corazón esté animado por la gran alegría de vivir.
Que así sea.
AMÉN.