quarta-feira, 28 de outubro de 2015

A ETERNIDADE DO SÉCULO XX


“A ETERNIDADE POR UM FIO”, em inglês THE AGE OF ETERNITY é o último livro da saga O SÉCULO do escritor britânico Ken Follett, e que retrata o período do século XX que vai de 1961 até 1989 pulando brevemente até 2008.
Nos últimos dois volumes, A QUEDA DE GIGANTES e O INVERNO NO MUNDO, vimos como o século evoluiu através de personagens fictícios que se entrelaçavam brilhantemente com personagens históricos – que fizeram a história do século- tão convulsionado que acabou de passar. Neste último volume, Follett descreve a construção do Muro da vergonha – de Berlim – e claro, os personagens que ficaram presos na Alemanha Oriental e suas lutas e sofrimentos por tentar alcançar no Ocidente, uma nova vida que deixasse para trás a terrível vida de prisioneiros que o regime comunista implantou ao seus cidadãos.
Por outro lado, nos Estados Unidos, os acontecimentos do governo John F. Kennedy e o terrível momento dos misseis soviéticos em Cuba, até o assassinato do mesmo Presidente, a guerra de Vietnã, o assassinato de Martin Luther King e de Bob Kennedy e as lutas dos direitos civis aos negros são surpreendentemente descritos no livro.
Na União Soviética, os personagens passam de Kruschev, Andropov, Chernenko e finalmente Mihail Gorbavhev que implantou a “Glassnot” (Transparência) e a “Perestroika” (Reestruturação), as intervenções soviéticas na Primavera de Praga em 1968, até o ruir das estruturas comunistas na Polônia, Hungria e, finalmente a queda do Muro de Berlim em Novembro de 1989.
O mundo inquieto e impressionante do século XX chega ao final e nos mostra, brevemente que nos Estados Unidos um negro chamado Barack Obama chega à Presidência em 2008. Os negros atingem a igualdade total após décadas de luta e violência.


O homem do século XX não mudou muito se comparamos ao novo século, ele é uma extensão de sua história e de seu sofrimento, das suas virtudes, dos seus defeitos, da sua bondade e de suas crueldades.

O ser humano tem dentro de si aspectos de bondade e crueldade que as circunstancias históricas e o destino da própria humanidade fazem com que aflorem um ou outro aspecto. A história é a MAGISTER VITA (A mestra da vida) e com ela aprendemos muito desses aspectos que nos assustam, impressionam e até nos comovem. Afinal, o homem é um feixe de possibilidades e de contradições, elementos que o faz humano, muito humano, demasiado humano. 

JUJU, JABUTICABA


Juju era pequena, peluda e suave. Qualquer um diria que ela era feita toda de algodão e que não tinha ossos. Seus olhos negros de Jabuticaba eram expressivos e pareciam olhar o universo.
Juju tinha uma personalidade forte, um caráter de espoleta, uma pequena tempestade tropical apesar de ter origem nas terras altas escocesas. Uma pequena West Highlander Terrier de cor de perola, orelhas altas, como se estivesse sempre alerta. Companheira fiel e afável, ela viera a este mundo para ser leal companhia do seu dono e onde ele estivesse, a pequena Juju ia atrás. Dona de um carinho especial e muito independente, no entanto, Juju era uma pequena estrela que não deixava de dar amor e alegria por onde passasse. Adorava gente, adorava crianças, quando passeava pelas ruas do bairro, ela sempre se aproximava dos transeuntes e abanava o rabinho com alegria.

Alegre era o adjetivo que significava sua existência. Companheirismo e lealdade eram outros. Juju olhos de Jabuticaba gostava de tomar banho de sol e gostava de dormir sobre chinelos e sapatos, uma característica que era só dela. O olhar expressivo parecia gritar sua emotividade, seus sentimentos. Dizem que os animais são puros de alma, Juju era a pureza personificada num pequeno bicho peludo de apenas 7 quilos. Mas quando brincava, podia deixar exaustos todos aqueles que a rodeavam.

Muitas vezes, gostava de aprontar. Ela era sempre a companhia absoluta e necessária para ir à feira de rua. Adorava se misturar na multidão e encontrar outros bichinhos nessas andanças. Certa vez, escapou da guia do seu dono e correu quase um quarteirão com todas suas forças. Graças ao Bom Deus, seu dono conseguiu pegar pelo rabo e evitar que cruzasse uma avenida movimentada. Um susto, um suor de gota grossa e muitas queixas, mas Juju continuava incólume nos seus estranhos costumes de aprontar quando menos se esperava.

Adorava deitar no sofá e assistir TV, mas também adorava ficar sentada no colo do dono enquanto este assistia algum filme ou simplesmente lia algum livro nas noites frias de inverno. Muitas vezes, ficava em pé na cama pedindo para subir e dormir com o dono. Ficava dormindo até de madrugada quando pulava da cama e continuava o seu sono de dona do mundo na sua caminha de edredom macio.
Juju era, sem dúvidas, uma cachorrinha especial. Bebia muita agua e fazia xixi por onde ela quisesse. Nunca deixou de fazer suas vontades, nunca se queixava de algum desconforto, mesmo quando começou a adoecer.

Devido à idade, começou a ficar doente, mas nunca perdeu o frescor, o dinamismo, a atividade de correr, passear, comer, tomar sol, tomar banho, ou simplesmente observar tudo ao seu redor com esses olhos de jabuticaba que expressavam encanto e mistério.
Mistério de vida, mistério de amor eram os elementos que definiam sua vida. Ela preenchia os espaços da casa com seu caminhar rápido que nunca sossegava, mesmo que seja nas altas horas da noite.
Mas, esse ambiente de alegria e encanto com que preenchia sua presença na vida do seu dono teria, inevitavelmente um desenlace fatal. A doença avançava no pequeno corpinho dela, e a respiração foi ficando cada vez mais difícil. Os médicos foram acionados e teriam que opera-la de qualquer jeito. A cirurgia foi marcada, e enquanto esperava a data marcada, numa noite, noite estranha e inesquecível para aqueles que viveram esse funesto momento, a pequena Juju teve dificuldades para respirar e começou a se debater em desespero. Tudo aconteceu como num raio. Ela deixou de se debater e fechou os olhinhos, aqueles pretos de Jabuticaba que tanta expressividade produziu e a tantos seduziu, e passou para a eternidade do amor e da memória daqueles que tanto a amaram.

O dono fechou os olhos e com lágrimas nos olhos percebeu que tinha perdido sua companheira fiel e sincera de tantos e tantos anos.
Como se adentrássemos noutra dimensão, a pequena Juju pulou do colo do dono e ajudado por anjinhos protetores dos animais, passou deste mundo para o outro. De repente ela se viu correndo cada vez mais, até chegar num prado verde rodeado de um lago de águas cristalinas. Alguém chamou o seu nome, ela correu cada vez mais ao encontro daquele que a tinha criado, e ela viu uma luz brilhante que emanava muito amor, e ali se deteve. Alguém a tomou nos braços e a beijou na cabecinha, como tantas vezes fizeram na terra. Juju encontrou a paz e a alegria que sempre teve.

Na terra, a tristeza e a desolação tomaria conta do coração e da vida de muita gente. Mas Juju sabia que isso não demoraria, porque muito em breve, ela estaria de volta aos braços dos que a amavam.



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terça-feira, 20 de outubro de 2015

ALMA, A FILHA DO DESTINO (CAP.VII PARTE XI

Clermont-Ferrand em primavera era o lugar mais incrível que Claire tinha visto, tirando Saint Assise, mas esse lugar agora era passado e ela não queria nem lembrar daqueles dias felizes em que ela e Henri tinham passado juntos no verão passado.
Agora ela estava em primavera no campo, e desde a sacada do Château Royat ela contemplava o campo cheio de flores, os vales verdes, as montanhas verdes, o cheiro das flores, especialmente dos MUGUET que estavam por todas partes.
Era véspera de 1 de maio, dia em que os MUGUETS eram dados de presentes as familiares e amigos e pessoas que se amavam. A tradição vinha do século XVI quando o Rei Charles X, em 1561, deu de presente uma flor de Muguet a cada dama da corte. Desde então, todos os primeiros de maio, na chegada da primavera, era costume dar de presente uma flor ou um buquê de Muguet como desejo de sorte e felicidade.
No dia seguinte, Paul levou Claire até a praça da cidade onde a festa do Muguet se desenrolava numa mistura de excitação e alegria. A cidade estava toda enfeitada de branco, todos os homens de todas as idades corriam pelas ruas ou andavam depressa com a flor na mão. Isso deixou Claire muito impressionada.
Paul e Claire foram até o Jardim de Primavera, perto da Catedral, e lá o rapaz pegou um buquê de uma vendedora e a ofereceu a Claire. A moça cheirou a flor e fechou os olhos. De repente, já estava pensando numa nova fragrância.
Por onde andava, todos, homens e mulheres observavam com interesse a essa moça tão exoticamente bela. Os olhos escuros, a pele escura e brilhante davam um ar de elegância e beleza nunca vistas.
Os dias da primavera, podiam ser luminosos e beiravam a felicidade. Existia uma beleza no ambiente e nas pessoas. Claire começou a se sentir livre e solta. Na praça, havia um grupo de pintores amadores que exibiam suas obras, e os dois foram observando uma a uma. De repente, Claire viu um quadro de uma paisagem de canaviais e um rio no meio. Aproximou-se do artista e perguntou de onde ele era e onde ele pintara o quadro.
- Sou do Brasil, Mademoiselle, este quadro é do nordeste brasileiro, da região de Pernambuco. É o sertão pernambucano.
Claire observou o quadro, sentiu-se invadida por uma sensação de nostalgia que logo foi substituída por raiva e ódio. Um tremor tomou conta do seu corpo. Sentiu que as pernas enfraqueciam e que a visão tornava-se difusa nessa manhã luminosa.
Paul percebeu que ela não se sentia bem e a segurou pelo braço.
- Claire, você está bem?
- Eu, Eu....Paul, por favor, me tira daqui. – De repente sentiu força nas pernas novamente e num instinto desenfreado e inesperado, começou a correr pela praça. Paul foi correndo atrás dela, gritando:
- Claire...Claire!!! Espera!!
Mas a moça nem olhava pra atrás. Por um momento parou e olhou para o céu azul primaveril. Começou soluçar. O passado tinha vindo à tona com toda a sua carga emocional e de lembranças tristes e nefastas. Ela não tinha esquecido, aquilo ainda estava dentro dela. O sentimento de ódio e de vingança que estava adormecida dentro dela, aflorou com toda sua potência, e ela sabia disso. A partir desse momento, ela não esqueceria mais, e trabalharia por resolver aquilo que tinha ficado no passado.
Quando o passado volta e traz consigo emoções e lembranças tristes e fortes, a memória apresenta os quadros terríveis de inconformidade, de desconfianças, de sentimentos desencontrados, de arrependimentos, de medo e de desamor. Tudo isso, se não for analisado detalhadamente e com cuidado, pode transformar-se numa bomba de tempo que traria como consequência atitudes e comportamentos perigosos no ser humano. Claire sabia disso, ela queria esquecer, mas percebeu, tristemente, que ainda não estava preparada para isso.
Quando chegou no seu quarto no castelo e descansou, o pai perguntou a Paul o que havia acontecido.
- Nós estávamos simplesmente observando uns quadros numa exposição de artista amadores na praça. Quando ela viu um quadro do Brasil, era um rio no meio de umas arvores, arbustos, não lembro bem, e ela perguntou ao pintor de onde era, e quando ele disse que era do Brasil, Claire sentiu-se mal. Primeiro, quase desmaiou, depois se recuperou se correu sem parar por toda a praça. Quando cheguei perto dela, percebi que estava chorando muito. Pobre Claire!
Gerard olhou para o Paul consternado. Tudo o que ele temia aconteceu. Sua filha voltou a ser, mesmo que por um instante, Alma Rocha, e isso com certeza não era bom para o equilíbrio da vida dela.
Correu para o quarto. Claire estava pensativa, mas muito mais calma. O pai aproximou-se dela e a abraçou. Nesse instante, Claire sentiu-se protegida, e deu graças a Deus por ter encontrado um pai como Gerard.
Nos dias seguintes, Claire pareceu esquecer o que tinha acontecido. Rapidamente recuperou o seu jeito de sempre. Aquilo fora só um pesadelo que veio à tona no momento que ela não esperava.
Jean organizou um picnic nos arredores do Castelo de Royat e convidou alguns amigos da cidade. Era um sábado ensolarado de primavera e todos foram de carro até um pequeno lago, a uns dois quilômetros do Château. A paisagem verde do campo chamou a atenção de Claire. Ela e Paul passeavam ao redor do lago. Claire estava tonta com tantas flores e fragrâncias que encontrava ao seu redor. Paul a ajudava com o nome das flores.
- Este é um Cactos florido, aquela é uma gérbera, perto daquelas árvores estão os lírios. Isto é um girassol da França, e aqui o meu favorito, olha que bonito, é um ”Narciso de Clermont.”
Claire pegou a flor branca e amarela e cheirou profundamente. Concluiu que essa flor seria a base para sua nova fragrância.
- Obrigada, Paul.
Os dias maravilhosos de primavera, renderam seus frutos. Claire e Paul continuaram passeando pelo campo enquanto os demais sentavam-se a beira do lago, bebendo vinho e rindo com prazer.
- Quer dar um passeio de bote pelo lago, Claire?
- Não, obrigada. Prefiro caminhar.


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ATO GRATUITO PARTE XI

Também o Ato Gratuito se dá na solidão espiritual. Os monges trapenses por exemplo, vivem isolados em oração e fazendo voto de silêncio. Outros estão nas montanhas, nos vales, onde trabalham e oram pelo mundo e seus tentáculos.
Uma vida asceta e isolada por motivos espirituais é muito mais difícil que qualquer problema do mundo. A solidão por si só requer muita coragem e o Ato Gratuito é revestido de coragem.
Na espiritualidade e nos exercícios espirituais adquire-se uma fé sólida, sem a qual seria difícil o desenvolvimento do espirito. A fé também requer muita paciência, sabedoria e muita esperança para que ela fique sólida e que transforme tudo ao redor. O Ato Gratuito, por meio da fé, é um conjunto de atitudes e comportamento humano que leva o homem a ter humildade, serenidade, paciência, esperança, caridade e coragem para seguir aquilo que ele acredita e que sente que é verdadeiro para sua alma. Isso transforma tudo ao seu redor e para aqueles que tem o privilégio de compartilhar a vida com esse homem de fé. O Ato Gratuito é quase imperceptível mas é cheio de estado de graça, aquele estado efêmero que só se consegue com um milagre de vida.
Há um lindo poema de um desses homens que, mediante sua fé, escolheu uma vida reclusa e cheia de coragem, refiro-me à Frei Luis de León, espanhol que publicou um livro de poesias  e metafisicas no século XVI.
Na sua obra ODA À VIDA RETIRADA, ele escreveu:

“Oh, que vida mais descansada
Tem aquele que foge do ruído do mundo
E segue a escondida trilha por onde foram
Os poucos sábios que no mundo haviam sido”
Viver, quero comigo
Gozar quero do bem que devo ao céu
A sós, sem testemunhas,
Livre de amor, de ciúmes,
De ódio, de esperanças, de receios”


Um exemplo bem acabado de um Ato Gratuito que pretende se despojar das preocupações, do ruído, das tristezas do mundo.

AMOR PURO


O amor puro
Apareceu sem querer
Em forma de um bicho branco
Peludo e suave
Pelo branco de algodão
Olhar puro de emoção
A pureza se traduziu
Através de um par de olhos negros
Doce Jabuticaba
Emoção sem par
Ilusão sem igual
O amor puro se traduz
Pela lealdade, pela fidelidade,
Pela sinceridade, pela emotividade
Pelo renascer da esperança
Pelo balsamo na solidão
Pelo companheirismo permanente
Pela fantasia da comunhão
Amor puro, beleza etérea
Amor puro, também na agonia da dor
Dor da separação
Dor do vazio, da perda
Da angustia, da solidão
Amor puro,
Guardado na memoria

E por sempre, no coração!



segunda-feira, 19 de outubro de 2015

“O INVERNO DO MUNDO” OU A HISTÓRIA SANGRENTA DO SÉCULO XX


O segundo volume da saga O SÉCULO do galés Kent Follett, é sem dúvidas um livro impressionante pelos detalhes referentes ao fascismo na Europa e a sua consequência imediata: A Segunda Guerra Mundial.
“O inverno do mundo”, é o título da segunda parte dessa saga de Follet que, incrivelmente nos fascina e nos faz ficar aterrorizados com uma exposição exata dos momentos mais marcantes do século XX através das ascensão de Hiltler em 1933, o governo Roosevelt nos Estados Unidos, o Stalinismo degradante e terrível na União Soviética na pré-guerra e a ascensão do Partido dos Trabalhadores no Reino Unido.  A estrondosa virtude e firmeza de Winston Churchill, a entrada dos Estados Unidos após Pearl Harbour e as batalhas no Pacífico onde os personagens – provenientes do livro anterior e seus descendentes – tem passagem importante nos principais eventos que ficaram na história do século passado.
Apesar de estudar e me localizar dentro dos principais sucessos dos anos 30 e 40, é incrível como pequenos detalhes podem ainda me surpreender. Uma breve descrição da Guerra Civil Espanhola antes do grande conflito mundial é interessante apesar de breve. Às principais batalhas da guerra e os preparativos para a bomba atômica são igualmente importantes. O vai e vem do trabalho de espionagem nos dão uma ideia do que será o terceiro volume da saga “A ETERNIDADE POR UM FIO” sobre o período da guerra fria.

A conclusão que tive ao fechar a última página desta extraordinária obra, foi sentir um alivio de não ter vivido nessa época, horrível, do século XX. Nada mais afeta a minha humanidade de comparar aquela época com esta que estamos vivendo, e saber que a crueldade, a intolerância e o ódio  parecem formar parte da natureza do homem. Nada mudou nesse campo. Infelizmente.                  

sexta-feira, 9 de outubro de 2015

CINZAS


Pó, solidão
Ilusão e momento
Cinzas da vida
Cinzas da morte
Emoções e finitude
Esperança na eternidade
Luzes e sombras
Revigorante ilusão
Símbolo de vida
Cinzas,
Ilusão

Morte e vida.

BENDITA NATURALEZA




Desde el amanecer
Hasta el ocaso,
Yo te bendigo naturaleza viva
Porque me proporcionas alegría
En cada brisa matutina
Porque me ofreces melodía
Frente a cada puesta del sol
Que despide el día.
Bendita naturaleza viva
Porque siempre me das
Inspiración y alegría
En cada contemplación, en cada flor
En las mágicas gotas del rocío
En el verdor de tus hojas
En el esplendor de tus frondosos árboles
En tu inmenso mar azul
En tus soberbias y misteriosas montañas
Benditas seas, en todas tus especies marinas
En todos tus especies animales,
En tus paisajes, en tus parajes inolvidables
En tu esplendor fugaz,
En tus estaciones, en tus sueños
En tus ensueños, en tu existencia
Como ser vivo, y parte de ti
Por siempre te bendigo

Naturaleza viva.

segunda-feira, 5 de outubro de 2015

HAIKAI DE OCTUBRE

“Octubre
Niebla mojada

Mustia espera”

OCTUBRE



Tiempo lluvioso,
sol radiante,
primavera renacida,
noches de esperanzas

Octubre de días agitados
de luces y fantasías
Es la vida que transcurre
en el fragor de los días.

Flores esparcidas,
en el caminar de nuestra vida
Nuevos amaneceres, nuevos sueños,
grandes expectativas, renovados deseos.

Octubre de noches cálidas
y suaves amaneceres
Interesantes proyectos de vida
de amores y otros quehaceres.