quinta-feira, 28 de agosto de 2014

MEDITACIONES SANTOAGUSTINIANAS







En sus CONFESIONES, Agustín de Hipona, Obispo y doctor de la Iglesia había escrito la sentencia más famosa y conocida de su vida y de su obra: “Nos hiciste Señor para quererte, y nuestro corazón está inquieto hasta que descanse en tí”. Con esta frase, el Santo de Hipona que ha dejado una huella indeleble a través de su vida y obra a la vida de la Iglesia, ha querido confirmar que, sin la presencia de Dios en el alma del hombre, su alma no se completa.
El amor a la verdad siempre estuvo en el alma de Agustín. Su vida como intelectual, estuvo siempre en la busca perenne por la existencia de Dios. Durante años se planteaba cuestiones equivocadas entre razón y fe. Al encontrar, finalmente la verdad con la ayuda de la gracia que su madre imploro constantemente llegó a convencerse de que sólo en la Iglesia encontraría la verdad y la paz para su alma. Comprendió que fe y razón están destinadas a ayudarse mutuamente para conducir al hombre al conocimiento de la verdad, y que cada una tiene su propio campo.
Vivimos en una época de profundo racionalismo y de crisis espiritual. Eso tiene muchas causas y una de ellas es el hedonismo y la corrupción moral de la sociedad cristiana y atea en todos los continentes de la tierra. Esto trae como consecuencia esa grave crisis de conciencia, la falta de apoyo moral en el seno de la familia que mina los cimentos de la sociedad Cristiana, la propaganda excesiva de los avances tecnológicos, que no son malos en esencia, pero sí lo son cuando se los coloca en una posición incuestionable de superioridad y dependencia.
“Buscad a Dios, y vivirá vuestra alma. Salgamos a su encuentro para alcanzarle, y busquémosle después de hallarlo. Para que le busquemos, se oculta, y para que sigamos indagando, aun después de hallarle, es inmenso. Él llena los deseos según la capacidad del que investiga.”
Ésta fue la vida de San Agustín: una continua búsqueda de Dios; y ésta ha de ser la nuestra. Cuanto más le encontremos y le poseamos, mayor será nuestra capacidad para seguir creciendo en su amor.
San Agustín nació en Tagaste (África) el año 354. Después de una juventud azarosa se convirtió a los 33 años en Milán, donde fue bautizado por el Obispo San Ambrosio. Vuelto a su patria y elegido Obispo de Hipona, desarrolló una enorme actividad a través de la predicación y de sus escritos doctrinales en defensa de la fe. Durante treinta y cuatro años, en los que estuvo al frente de su grey, fue un modelo de servicio para todos y ejerció una continua catequesis oral y escrita, Es uno de los grandes Doctores de la Iglesia. Murió mártir, el 28 de agosto de 430.

quarta-feira, 27 de agosto de 2014

ALMA, A FILHA DO DESTNO (CAP.V PARTE I)



CAPÍTULO  V
“CLAIRE DUPONT”

Uma densa nevoa de inverno cobriu Paris nessa manhã de fevereiro. O natal e o ano novo de 1948 pareciam dar um ar de renovação à cidade apenas há três anos de acabar a guerra. Alguns bairros da cidade ainda mantinham cicatrizes dos anos terríveis de ocupação nazi mas, lentamente a capital da França recuperava o brilho do passado. Nas ruas elegantes do Boulevard Sait Germain, ou perto dos Jardins de Luxemburgo, ou mesmo ao redor do Bois de Boulogne, um sentimento de esperança invadia o coração dos parisienses. Começava um novo ano, e com ele ressurgimento do país. Os cafés da cidade continuavam sendo “a alma” do povo, os restaurantes, os shows imortais do Moulin Rouge, continuavam a dar aquele brilho que Paris sempre deu ao mundo. Tudo acontecia na capital da França. Ao redor do rio Sena, apesar do frio, podia ver-se transeuntes que davam comida aos patos quase congelados de frio. Os mercados de rua continuavam sendo lugar de multidões curiosas. A nevoa de inverno trazia à cidade não uma visão catastrófica ou triste, mas uma sensação bucólica de tranquilidade e paz. A guerra já era parte do passado e agora o país preparava-se para o seu novo destino.
No meio dessa nevoa, surgia uma pequena capela de Saint Margarete com duas torres e um elegante relógio antigo em uma delas, destacava-se na rua Boulevard Saint-Michel, a duas quadras do rio e da ponte do mesmo nome. Era uma pequena escola elementar religiosa onde uma jovem de cabelos e olhos escuros, vestindo um casaco de pele azul, botas pretas, um chapéu elegante de lã e cachecol xadrez, saia pela porta dianteira. Um homem de meia idade a esperava na porta e a conduziu até um pequeno carro preto. A moça chamava-se Claire Dupont, filha do biólogo e professor da Sorbonne, Monsieur Gerard Dupont.
A moça, de dezessete anos, florescia como uma rosa no meio do frio invernal de Paris. Estava ficando cada vez mais alta e elegante. A outrora figura pequena e desajeitada, dava lugar a uma mulher jovem e bonita. Mas o que mais atraia aos olhos curiosos e estrangeiros, era a sua pele brilhante e terna. Todos coincidiam que a beleza de Alma Rocha, ou conhecida agora como Claire Dupont, a única filha adotiva do famoso biólogo da Sorbonne, Gerard Dupont, era sem dúvidas uma beleza exótica, vinda de algum lugar desconhecido e algo mágico.

SILÊNCIO E TRASCENDÊNCIA



Hoje vi uma bola redonda amarelada e furiosa, parecia feita de fogo. Era assustador mas ao mesmo tempo impressionantemente belo. Era o sol se pondo entre os edifícios da grande cidade. O meu contentamento era tal que todo o barulho do transito da cidade se calou, não ouvi nada ao meu redor, só o silencio, esse momento mágico em que parece que tudo se apaga e se acende ao mesmo tempo com a visão maravilhosa da natureza mágica e monumental. A natureza está unida a mim com o silencio. É o momento da plena contemplação, da atração efêmera e fugaz que a minha alma sente ao contemplar a beleza que, a cada momento me fascina e me faz sentir plenamente vivo.
O silêncio também traz uma calma necessária ao meu ser completo, alma e corpo, pois através dele posso sentir os latidos do meu coração e os fluidos do meu sangue que alimenta o meu cérebro e que me leva à inspiração.
O barulho do mundo é cacofonia, o silêncio e uma eufonia. Me agito demasiado quando estou no meio do transito confuso da cidade, quando escuto as pisadas fortes de milhares de pés caminhando rápido num redemoinho de pressa na inútil corrida contra o tempo. O tempo e o silêncio vão sempre de mãos dadas. Com o silêncio compreendo melhor o tempo em que vivo. Ele me traz inspirações profundas e necessárias para o meu futuro, e uma nostalgia profunda e sadia do meu passado. Com o fechar dos olhos, posso relembrar aquelas imagens do meu passado distante e imaginar o misterioso futuro.
Existe também aquele silêncio quando se escuta uma boa música. Com Debussy e Satie, por exemplo, eu consigo absorver o silêncio que as notas musicais tão fascinantes do impressionismo francês trazem aos meus ouvidos.
Adoro o silêncio da madrugada, é a minha hora preferida do dia. Antes do amanhecer, a cidade parece adormecida num leve ambiente de silencio e mistério. É o mistério da vida, que acontece quando os pensamentos estão quietos e calmos, quando só esse silencio é quebrado pelo canto dos pássaros e pela brisa suave que espairece toda esperança ao redor. É o mistério maravilhoso de ser e estar vivo. Um pequeno traço de eternidade, um verdadeiro milagre da natureza e da própria existência. É nesse momento em que contemplo a fina linha do horizonte alaranjado por onde logo nascerá o sol anunciando o novo dia. É nesse momento em que a inspiração aflora. É nesse momento que uma xicara de café bem fresquinho é capaz de produzir um turbilhão de emoções e sensações maravilhosas.
O silêncio, além de inspiração e calma, também traz um traço de eternidade.
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