domingo, 30 de novembro de 2014

MEDITACIÓN DE ADVIENTO




En este tiempo litúrgico del adviento, pido a Dios que me de la virtud de la PACIENCIA, porque ella engendra cosas buenas, actitudes magnánimas y bondad de corazón.
La llamada del adviento es una llamada de paciencia en la espera por la venida de Jesús que, una vez más, nacerá en nuestros corazones.
La paciencia es, además una solida base para la esperanza y la alegría con el que debemos poner nuestro corazón al meditar los misterios de la Natividad de Nuestro Señor Jesucristo.
Imitar la paciencia de María, la “Ancilla Domini” (esclava del Señor) que, recogiéndose en oración, esperó con humildad y paciencia los designios del Señor.
 En este primer domingo  de adviento, mi mente y mi corazón están dirigidos a la virtud cardinal de la PACIENCIA.
Que con ella pueda esperar suavemente el desvelo de este gran misterio de amor: misterio de un Dios hecho hombre que se redujo a la condición humana para redimirnos.

segunda-feira, 24 de novembro de 2014

UNA MIRADA DE FE



LA SOMBRA DE CRISTO

Cuantas veces estamos en un mismo lugar, viendo las mismas cosas alrededor, las mismas personas, la misma luz, la misma sombra. Raras veces nos detenemos a pensar lo que estamos haciendo, viendo o escuchando. Cuantas veces he estado sentado como un autómata repitiendo los mismos gestos inútiles aparentemente vitales. Cuantas veces he dicho lo mismo, pensado lo mismo, actuado de la misma forma.
Pues bien, hoy no ha sido uno de esos momentos. Porque, como en medio de un estado de gracia, me encontré contemplando la sombra de Cristo. En medio de la liturgia de la Misa de Cristo Rey, y frente al enorme crucifijo colgado en el altar, he visto la sombra de cristo crucificado en la bóveda blanca y diáfana del templo. Esa sombra es una metáfora elocuente de cómo, tantas veces, nos apartamos del Señor. No dejamos que Cristo sea nuestro amigo, nuestro aliado, nuestro guía. Lo dejamos de lado, no lo pensamos, no lo buscamos. Vivimos al margen de su sombra, de su existencia, y sin embargo, Él está ahí, al alcance de la mano, y cuando lo necesitemos. Él está tan cerca que hasta lo podemos sentir, tocar con el alma. Entonces, por qué te dejo de lado, Jesús mío?
Recuerdo un poema de mi niñez que decía algo así como:

“¿Qué tengo yo, que mi amistad procuras?
  ¿Qué es lo que se te ocurre, Jesús mío,
  que a mi puerta cubierta de rocío,
  pasas las noches del invierno a oscuras?”

¿Cuántas veces hemos visto su sombra alrededor nuestro, de nuestra vida, de nuestro quehacer doméstico, de nuestra rutina, y no lo dejamos entrar?. ¿Qué es nuestra vida sin ÉL, sino un incesante proceso vacío de existencia? ¿Qué es la vida sin Cristo, sin su sombra?
Alocado brego en medio de la vida, muchas veces soportando infortunios, desazones, decepciones, desilusiones. Y, sin embargo, estoy mucho más cerca de la fuente de agua viva de lo que he imaginado. Basta sólo mirar con los ojos de la humildad a mi alrededor y ahí está, queriendo mi compañía.
“Oh, Jesús mío, que no se embote mi vista por mis egoísmos y mi vanidad, por mi orgullo y mis pecados. Que pueda verte, Señor, y tenerte siempre a mi lado. Que tu sombra me acompañe todos los días de mi vida, para que así yo pueda así, descansar mi alma sobre tu sombra en medio de este desierto árido, que muchas veces, es mi vida.”

ALMA, A FILHA DO DESTINO (CAP.VI PARTE IV)



A cidade de Clermont-Ferrand, 400km de Paris, estendia-se através da colina mais alta da região Auvérnia, no sul da França. É também a capital da região e do departamento de Puy-de-Dôme. A cidade de setenta mil habitantes, tinha 2000 anos de história, mas só progrediu como polo econômico francês no século XIX. Durante a guerra foi ocupada pelos alemães que estabeleceram seu quartel general no sul do país. Quando se chega até ela desde a vizinha cidade de Vichy, a paisagem é monumental. Ela fica encravada num vale, rodeada de colinas verdes. No centro da cidade, está a majestosa Cathédrale Notre-Dame de l’Assomption, com suas torres de estilo gótico e seus vitrais incríveis. La place de Jaude é a principal praça da cidade. Encontram-se nela monumentos, prédios administrativos e mansões senhoriais. Mas, a cidade exibia o seus mais belas paisagens através das áreas verdes de sua zona rural.
Apenas há 3km do centro da cidade, na colina de Royat, estendia-se a propriedade dos Clermont, família descendente dos antigos senhores feudais da região de Auvérnia. O Château du Royat, era uma construção de pedra, datada do século XVI. Era um conjunto imenso de torres, galerias pátios internos, salões com vistas à cidade, sacadas e terraços bem distribuídos e construídos com elegância e magnificência.
Os Dupont chegaram ao anoitecer depois de viajar em trem por horas. Foram recebidos pelo jovem Paul e seu motorista. Com um sorriso de satisfação, o jovem Clermont ajudou com as malas e ao entrar no carro, disse que o pai os estava esperando na casa.
A estação ficava perto da praça principal. Claire viu algumas pessoas apressadas na rua, muitos jovens na praça em grupos bebendo e conversando alegremente. Ainda estava claro apesar de passar das sete da noite. O verão era luminoso.
Quando subiram a colina do Chateau, Claire viu que a casa estava iluminada com tochas. A impressão era magnifica. A moça nunca vira uma mansão assim. Era evidente que os anfitriões, além de serem ricos proprietários da região, tinham bom gosto.
Alto e elegante, o anfitrião o recebeu com mostras de alegria na porta principal.
- Meu caro Gerard, mademoiselle Claire, sejam bem vindos a Royat!
- Obrigado meu querido amigo – disse Gerard abraçando Jean – foi uma viagem incrível. A pequena Claire pôde observar toda a paisagem do interior do país.
- Olá pequena Claire, espero que tenha gostado da viagem.
- Olá Monsieur Clermont, foi agradável sim, obrigada.
- Vamos entrar. Esta é Gertrude, minha governanta, ela vai lhes mostrar seus quartos, vamos, entrem.
Uma senhora alta e elegante, de uns sessenta anos mais ou menos, muito educada, os cumprimentou.
- Monsieur Dupont, mademoiselle, sejam bem vindos, por favor, sigam-me.
- Obrigado – disse Gerard.
Gerard e Claire acompanharam a governanta pelo salão principal. Claire viu uma fileira de estatuas e esculturas, quadros, moveis antiquíssimos e um lustre de tirar o folego. Uma grande escadaria de pedra os levou ao piso superior. Claire acreditava estar num conto de fadas e em qualquer momento apareceriam bruxas ou fadas voando sobre ela. O quarto era imenso. A janela dava para o pátio interno onde ela viu várias pessoas, que deviam ser empregados do Castelo, limpando e preparando uma mesa a luz de velas. Ela não sabia dizer ao certo se a casa era assombrada ou romântica, mas gostou do lugar. Tinha uma hora para descansar e se vestir para o jantar.
Pouco depois, quando desceu, encontrou os homens na sala de estar, junto à sala de jantar. O recinto era espaçoso, cheio de fotografias de familia e quadros. Tanto seu pai como Jean du Clermont usavam jaquetas claras e Paul estava trajada de jaqueta azul e calças brancas que parecia um marinheiro recém chegado do mar. Todos estavam elegantes e parecian alegres. A conversa era ruidosa e misturada de risos saudosistas.
Paul foi o primeiro a avista-la. Viu Claire descende as escadas de vestido branco, com os braços expostos, sua cor morena brilhante que tanto chamava a atenção, e um sorriso no rosto.
- Boa noite a todos! – disse timidamente.
- Boa noite Claire – disse Paul, quer beber alguma coisa?
- Está elegante Claire! – disse Jean com um sorriso. Gerard Dupont não disse nada. Observou a beleza da filha com orgulho. Claire estava transformando-se numa linda e atraente mulher.
Após o jantar, Paul a acompanhou até o terraço superior. A vista da cidade, iluminada por uma linda lua minguante, era simplesmente fascinante.
- Que lindo lugar Paul – disse a moça com um suspiro.
- Sim, nossa casa tem uma vista privilegiada da cidade, justamente por estar na colina mais alta.
De repente um cheiro especial tomou conta da brisa de verão.
- Meu Deus, que cheiro delicioso de flores....que cheiro é esse?
- É o cheiro de Muguet, o lírio do campo. Nosso jardim está logo ali.
- É simplesmente maravilhoso.
- Amanha te mostro. É uma flor típica da França.
Claire fechou os olhos e sentiu aquele cheiro suave  e rustico que a remeteu, de repente, ao Sertão do Moxotó.