quarta-feira, 26 de setembro de 2012

REFLEXÕES DE SETEMBRO (II)


Não importa a visão de inverno que cai sobre a grande cidade.
 Já é primavera e já posso renovar as minhas esperanças.


 
A névoa que cobre a cidade
traz uma sensação desabrida de tristeza
Mas não esqueço que é Setembro,
que é primavera,
e então, um sorriso largo aparece no meu rosto.

 

Cores tremeluzentes
Sinal de alerta
Sorriso à espreita
Primavera na certa!

SÃO PAULO DE MIL ROSTOS


CAFÉ E CULTURA
 
Já disse antes, talvez muito antes. Existe um lugar na minha querida Avenida Paulista onde o aroma do café se mistura com um ambiente cultural de extrema delicadeza: o Café Viena da Livraria Cultura.

A livraria Cultura do Conjunto Nacional é considerada por muitos como a maior livraria do país, não só pelo volume incrível de livros, CDs, Dvds, revistas, mas também pelo seu ambiente cultural. Tem um teatro no andar superior que apresenta as melhores peças da cidade e, tem o café Viena que é um primor.

Ancorado no meio de estantes de livros de todas as línguas, o Café é o lugar ideal para ler, encontrar amigos, escrever ou, simplesmente ver a vida de Sampa acontecer e passar perante dos seus olhos. Pessoas de todas as idades e de todos os tipos se concentram neste espaço, cujas mesas são disputadíssimas, para conversar e beber o famoso “café do Viena”.

O aroma de café, chá e chocolate invade o ambiente. É permitido pegar qualquer livro e folha-lo bebendo café; é permitido sonhar e pensar, observando a rua pela grande janela, bebendo café. O café e a cultura se misturam de forma surpreendente neste local tão apreciado.

Estamos em Setembro e é primavera, mas faz muito frio e uma tênue nevoa cobre a cidade. Estou escrevendo e bebendo um delicioso café expresso e vendo a vida passar, nem que seja pelo breve espaço de tempo que dura um café.

PEQUENO DICIONÁRIO ÍNTIMO


PRIMAVERA


Tempo de esperança e de alegria. Tempo de renovação e de euforia. Renovação porque tudo se transforma na natureza: o verde das plantas, o colorido das flores, a luz solar que irradia os longos dias e traz uma sensação de bem estar e de positiva energia a nossa existência.

sábado, 22 de setembro de 2012

MOVIMIENTO DE PRIMAVERA



Música suave
Centelleante azul cielo
Noches estrelladas
Rocío tímido de las mañanas


Palidez del atardecer,
calidez del día
luminosidad radiante
alegría de la vida


La esperanza se despierta
ante la fulgurante chispa de promesas
es el movimiento que suscita
pasiones enardecidas


El silencio cobra forma,
en la placidez del día
La noche se desdibuja somnolienta
y en el vacío, un cometa errante.

 
Es tiempo de amor,
es tiempo de esperanza
La vida adquiere cada vez más fuerza
En la indómita esfera de la nostalgia.

O VAI E VEM DA PRIMAVERA!


                             

“O movimento
da primavera
exala cores verdes,
e flores de sonhos”


“Céu cinza
 Em plena primavera?
 Algo deve estar errado!”


“O tempo
Pode estar cinza e inclemente
Mas a esperança
é colorida e florida”


“Mas sempre haverá
e nunca deixará de aparecer,
o luminoso sol de primavera”


“Burburinho de paixão
 Manhã primaveril
 Alegria sem fim!”


“Hoje sinto no coração
Uma trepidante chama
Tremeluzente de alegria”

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

MEMENTO


Si crees que lo puedes todo,
Si crees que puedes conseguirlo todo
Si no respetas los límites de los demás,
Si crees que pasando por encima de todo
puedes lograr tus objetivos;
Si crees que la generosidad es sólo tontería
Si crees que la fe es sólo un adorno
Si crees que la caridad no importa nada
Si crees que sólo tu vida importa
Si crees que la historia de tus semejantes no vale nada
Si crees que sólo tú tienes problemas
Si crees que, haciéndote de víctima
conseguirás tus objetivos
Si crees que sembrar discordia es cosa fácil,
Si crees que la mentira, el engaño y el artificio
te librarán de los problemas
Si no te importa que los otros lo pasen mal
Si no te importan los problemas de los demás
Si crees que eres mejor que los demás
Si crees que la soberbia es un valor importante
Si crees que la humildad es humillación
Si crees que el amor es algo secundario
Si crees que la vida debe ser vivida, no importa cómo
Entonces, recuerda esta frase:

“MEMENTO, HOMO”

“Acuérdate hombre,

Que de polvo eres

Y en polvo te convertirás”

REFLEXÕES DE SETEMBRO (II)


Nem as nuvens cinzentas

Nem as chuvas ameaçantes,

mudarão a alegria da espera

desta nova primavera!

terça-feira, 18 de setembro de 2012

CÉU E MAR - UMA HISTORIA DE AMOR


As ondas batiam suavemente a embarcação que parecia adormecida num suave balanço das águas, ancorada numa pequena baia perto de uma praia deserta. Sempre que podiam, eles vinham até este lugar paradisíaco onde podiam encontrar-se a sós e poder desfrutar de umas horas, uns dias cheios de paixão.

Às vezes navegavam mar dentro e faziam uma peregrinação pelos arrecifes, pelas ilhas desertas do arquipélago, ou simplesmente passeavam pelo mar azul sem nenhum horizonte à vista. O sol intenso resplandecia em manhãs de primavera ou de verão, os corpos bronzeados dos dois pareciam emanar energia, e o sorriso, ah, esses sorrisos de grande alegria era o melhor que tinham, pois era a celebração pura de um amor puro, um amor que já durava tanto, pois era tão frágil e tão forte, tão efêmero e tão real, tão humano, talvez, demasiado humano.

Ela lembrava aquela manhã de outubro quando, passeando pela orla da praia teve vontade de entrar no mar, de se molhar, de sentir o gosto de sal na pele. Não percebera que o mar estava bravo e que as ondas eram ameaçadoras. Entrou na água, como quem se joga ao abismo de uma paixão, como quem deixou o medo de lado só para sair de órbita e, aproveitar ao máximo aquilo que a própria vontade lhe ditava. Entrou no mar e se molhou por inteira. E ali permaneceu.

Ela nadou nas águas do mar como uma sereia a procura do seu destino eterno. O ambiente azul e cristalino das águas espumosas lhe davam um prazer inenarrável.

A moça loira, alta, esguia de olhos azuis intensos e de sorriso maroto, nadava prazerosa e tranquila nas águas atlânticas. Foi então que, no meio do devaneio e da sensação de liberdade não percebeu que as ondas tinham lhe arrastado para longe da praia. Começou o desespero.

A cada braçada, as ondas a levavam para o mar adentro. Então começou a gritar, pedindo socorro.

Enquanto lutava, às forças iam decaindo até que as ondas a venceram. Ela pensou “Já estou morta. Vou morrer no mar”, e entregou-se a ele com resignação e tranquilidade.

De repente, sentiu duas mãos  fortes que a seguravam; mãos de marinheiro, mãos salvadoras.

O alivio misturou-se ao desespero. Então ela apagara. Então ela não pensara mais em nada.

A tarde estava quente, mas como era dia de semana, não tinha muita gente na praia.

Celeste, esse era o nome dela, foi colocada na areia, mas nada sentia. Tinha desmaiado. Então, como de um profundo sonho, ela foi chamada de volta e cuspiu água enquanto abria os olhos com surpresa.

Então ela viu, com esses olhos azuis, angustiados e aliviados – ao mesmo tempo- outro par de olhos azuis que lhe sorriam.

- Como está se sentindo? – disse o jovem que a salvara e que não tinha nada de marinheiro, mas bem, tinha um quê de surfista.

- Eu, eu estou bem, obrigada – disse um pouco tonta – obrigada novamente.

- Graças a Deus eu estava na praia. Ia pegar uma onda com a prancha quando a vi pedindo socorro. Que bom que está bem! – disse com certo alivio e alegria.

Ele sorriu. Era alto, loiro, pele bronzeada pelo sol. Uma figura imponente e uns olhos azuis como o mar.

- Meu nome é Marco. Prazer.

- Celeste – disse a meia voz – obrigada Marco.

O que parecia ser simplesmente um encontro entre dois jovens na praia do Leblon, na realidade foi um encontro de almas. A partir desse momento, Celeste e Marco encontraram seu destino comum: o céu se unira ao mar em um encontro eterno.

 

O veleiro “Liberdade” navegava lentamente pela baia de Angra dos Reis nessa tarde de verão.

O mar estava calmo, o sol resplandecia. Ao timão do veleiro, Marco observava a paisagem de uma da ilhas verdes. No pequeno convés, Celeste, leve como uma pluma, tomava banho de sol e seus pensamentos voavam sobre a superfície azul do oceano.

Céu e Mar, um encontro, uma eternidade.

- Mar?...Podemos ir até essa praia deserta?

- Vou tentar Céu, acho que tem pedras perto da praia, mas vou tentar.

Céu e mar estavam juntos há muito tempo. O encontro na praia fora uma experiência fascinante e a vida reservava-lhes  surpresas incríveis.

Mar era independente e, às vezes, um pouco soberbo. Céu era tímida e tranquila. Amava Mar de forma segura e se apoiava nele como uma rocha. As tempestades iriam e viriam sempre, mas ela se sentia segura na sua companhia.

Mar era, não só um companheiro, era um verdadeiro amigo, era o seu “totem”, o seu porto seguro, a sua ilha solitária e o seu futuro certo.

Para ele, Céu era o seu refugio indiscutível. Nisso se completavam e, juntos encontraram a verdadeira felicidade, aquela que é sustentada na confiança, no afeto e na pareceria, no calor e na solidão. A felicidade é uma questão de ser; ser Feliz é ser afável, ser confiável, ser amado e amar com todo o sangue do corpo; ser companhia perene, em cuja só presença o objeto do amor encontra a paz e a calma, a harmonia e a beleza.

Sobretudo amar é ter planos e objetivos em comum, ter gostos em comum que favorecem o espaço individual do prazer em comunhão com o outro.

Céu e Mar adoravam o mar. Adoravam velejar; tinham o maior prazer em  acordar num veleiro nas manhãs ensolaradas de verão. Ver o imenso azul do mar e sentir a brisa marinha no rosto.

E a noite, quando se entregavam ao supremo prazer do amor e da paixão, sentir o balanço manso das águas, que convidavam a ter mais prazer. Isso era o supremo deleite.

Céu e Mar, Celeste e Marco, unidos pelo infindável projeto de abraçar o mundo através do infinito oceano de paixão e mistério.

Eles não precisavam de mais nada nesta vida.
 

sábado, 15 de setembro de 2012

SOLEDAD MAÑANERA


En horas de la mañana, bien temprano, cuando la ciudad aún adormece en el plácido sueño de la paz, la soledad es aún mayor al observar una fina niebla invernal que envuelve el paisaje con un cierto velo de misterio. Es en ese momento en que la inspiración aflora. En medio del silencio de la casa y de la ausencia del sol, es en ese momento cuando surgen las ideas y las palabras.

La magia que envuelven las palabras me sorprenden. Es como si abriera un pequeño cofre, y de él surgieran, a borbotones, las frases, expresiones y versos del alma.

Todo parece adquirir un tono de milagro.

REFLEJOS


Me miro en un espejo
y allí veo
el reflejo de mi reflejo
de mi propio “yo”
Ese que allí veo,
¿es en cierto modo
 mi otro yo?
¿o, es simplemente
 la imagen reflejada
 de mí mismo?
Veo en el espejo,
un reflejo,
superpuesto
de dos vidas,
Y allí estoy
mirando mi reflejo,
el que representa
la imagen
de mi propia vida.
Al observar
veo una imagen
algo difusa
de mi otro yo;
mucho más joven.
Me siento feliz
pues aún me identifico,
aún me reconozco,
aún soy yo.
¿Llegará el momento,
 en que esa imagen
será lo suficiente?
No lo sé.
Sólo sé que,
mirándome al espejo,
veo el reflejo
de algo más profundo
¡Veo el reflejo
de mí mismo!

REFLEXÕES DE SETEMBRO (i)



Hoje, ao correr,

Vi uma árvore cheia de flores

E lembrei que já é quase primavera!

REFLEXIONES CANINAS


JUJÚ

Jujú es un terrier

con un par de ojos negros azabaches

Su existencia es tan luminosa

cuanto su inquietud y alegría

Raza de las tierras altas escocesas

Su pelambre es de palidez, color de perla

Parece llevar su existencia placentera,

como una eterna primavera

 

LILÍ

Ella es blanca como la luna

Algodón suave de ternura

 Silenciosa y melodiosa,

dulce, serena y caprichosa

Y a pesar de haber nacido en Río,

es de raza de origen africana,

y su pelo es tan suave como la lana.

 

ZARA

Zara es una estrella

que brilla en el firmamento siberiano

Nacida para tirar trineos

en las estepas congelantes de ensueño

Pero aquí, su existencia dulce y amorosa,

nos hace la vida más calma y hermosa.

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

MIRADAS




Hay miradas dulces
y hay también tiernas
Miradas perdidas
talvez, distraídas
Miradas amorosas
Miradas ardorosas
Miradas llenas de miel,
y otras, llenas de hiel
Miradas agonizantes,
errantes
Miradas difusas,
a veces, confusas
Miradas nocturnas
Solitárias, taciturnas
Miradas atrayentes,
condescendientes
Miradas calmas
que reflejan almas
Miradas llorosas,
desastrosas
Miradas de consuelo,
emociones sin velos
Miradas de amistad
Fortaleza y dignidad
Miradas de pasión
y de eterno amor.

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

PEQUENO DICIONARIO INTIMO



MILAGRE DA VIDA



É simplesmente estar vivo. É um estado em que vivemos abertos as inúmeras possibilidades que a vida nos oferece a cada dia, a cada momento.

Abrir o canal do milagre da vida é receber as alegrias e os sofrimentos com força e vontade porque, a “força de viver” é o motor que estimula esses “pequenos milagres”.

 

HAIKAI DE SETEMBRO



Luz quente

Sol raivoso

Emoção a flor da pele.

 

É  setembro

E na espreita, na espera

Uma nova primavera!

 

As folhas das flores traduzem,

que apesar dos perigos,

na primavera,

é um milagre estar vivo.

 

Chegou setembro

Diminuem as dores

E aumentam as alegrias e as cores.

 

Cores de Setembro

Cores primaveris

Caleidoscópio eterno.

INVERNO QUENTE


Luz da manhã
que espairece esperanças
para um novo dia,
e uma nova época
nas nossas vidas.


Inverno quente
Emoção escaldante
A chegada da primavera
está mais perto do que pensamos.

domingo, 9 de setembro de 2012

ESCREVER (II)


Em algum lugar escrevi sobre “o escrever”e, em algum lugar da minha memória estava escrito, nas linhas do pensamento que, escrever era uma hemorragia emocional e quase uma loucura.

Escrever também pode ser um bálsamo que me libera da ansiedade, da agonia, daquela sensação que as vezes a vida nos da de ser, totalmente impotente ao sofrimento da vida mesma, de sentir as vezes  o “não sentir nada”, de estar a vezes navegando no marasmo da solidão e do vazio.

Escrever também é um retorcer da alma, é um jorro de emoções contraditórias, é simplesmente entrar num caleidoscópio de múltiplos sentimentos que não sabemos para onde nos leva. Quando escrevo, escrevo só pra mim, para o me outro eu, para tentar explicar, talvez, o que se passa nas profundezas do mar sem fim da minha própria existência.

É certamente uma tarefa solitária. Essa solidão vem só acompanhada da inspiração, as vezes caótica, as vezes mais estruturada, mas no final, é a expressão mais fiel do meu pensamento.

Escrever pode ser uma experiência mágica e algo misteriosa. Como adoro essas duas palavras: magia e mistério. Elas estão sempre nos meus anseios, nas minhas duvidas, nas minhas noites estreladas de silenciosa meditação, no meu cotidiano, no caos do dia a dia.

Nesta tarde bucólica de domingo, lembro-me de uma música que diz “Vou ficar bem de mansinho, para ver se acontece alguma coisa nesta tarde de domingo”. Por enquanto está acontecendo algo que é sempre importante e singular na minha vida: escrever. Escrevo sobre escrever, escrevo sobre o amor, os sentimentos, os meus medos, o meu silêncio e, como sempre, sobre o meu mistério. Há algo de mistério em tudo que escrevo. Nada é o que parece ser...Isso faz com que a vida seja maravilhosa.E é tão impressionante quando percebemos que a vida é complexa, dura, fácil as vezes, feliz e triste, trágica e fantástica. Pretendo escrever sempre sobre a vida, pois dela eu conheço um pouco e pretendo, cada vez mais, conhecer mais e mais, porque só assim alcançarei o momento mais importante do viver: o conhecimento – pelo menos parcial – do meu próprio EU.

Escrevo sobre isso, escrevo sobre tudo. Escrevo para seguir vivendo.

sábado, 8 de setembro de 2012

PEQUENO DICIONÁRIO ÍNTIMO


ARTE (II)


 

Manifestação e expressão do homem da beleza implícita na natureza. A arte não transforma o ser humano, ela “forma” justamente a sua essência, mudando conceitos, estabelecendo critérios artísticos que favorecem a aprendizagem de uma nova linguagem da própria vida. Sem arte, a vida humana não teria muito sentido.

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

CARTAS DE AMOR


Firenze, Italia, 5 de agosto de 2009.-

 

Meu lindo amor:

Obrigado pela sua linda carta. Adorei e pode crer que o meu aniversário foi muito especial graças a sua carta.

Estive com Luigi e Raphael no mesmo restaurante onde jantamos aquela noite de lua cheia, lembra meu amor? O lugar só lembrava você e, percebi o quanto, quanto sinto a sua falta.

Não vejo o momento para estar novamente com você, ao seu lado, te beijar, ouvir a sua voz e ouvir você tocar o piano tão suavemente. Tudo isso me toca o coração.

Espero que você esteja bem. Só faltam duas semanas para estarmos juntos. Queria te dizer que, cada vez mais TE AMO MUITO MUITO MESMO e quero passar o resto dos meus dias com você..

Fica com Deus meu amor.

TODO SEU

A CADA DIA

A CADA MOMENTO

EM TODA A ETERNIDADE

 

Marcelo

terça-feira, 4 de setembro de 2012

PRIMAVERA DE CORES PAULISTANAS


São Paulo está acostumada a ter mil cores. Se bem, hoje amanheceu céu cinzento e um pouco frio apesar de ser setembro, ela está enfeitada de cores diversas. E não me refiro a iminente chegada da primavera, são as cores culturais da cidade.

Sampa está sendo invadida por milhares de eventos culturais neste mês primaveril. Para começar, a grata noticia de que a cidade está entre as doze mais importantes cidades do mundo como polo cultural, sem lugar a duvidas é, uma grande alegria.

E não é para menos. Neste final de semana começa a BIENAL de São Paulo, a segunda maior bienal de arte contemporâneo do mundo ( a primeira é a de Veneza, Italia), o êxito da exposição dos MESTRES DO IMPRESSIONISMO no CCBB(Centro Cultural Banco do Brasil) que recebe filas e filas de público dia a dia. A exposição CARAVAGGIO no MASP, uma das melhores do mundo, visitada diariamente por milhares de pessoas. No cinema, a irreverência de Meryl Streep no filme UM DIVÃ PARA DOIS, o talento de Tom Cruise protagonizando um roqueiro famoso em THE ROCK OF AGES, um filme tragicômico francês “OS INTOCÁVEIS” que mostra como o cinema desse país voltou a ser referencia, rivalizando com Hollywood em todos os aspectos.

Para quem gosta, a nova musa da MPB, Tulipa Ruiz, apresenta o novo trabalho num show no Auditório do Ibirapuera neste final de semana de feriado prolongado.

O Musical “A FAMILIA ADAMS” e “PRISCILA A RAINHA DO DESERTO” continuam com êxito incrível. Bibi Ferreira, fantástica aos 90 anos,  apresenta o show “Histórias e Canções” no Frei Caneca Shopping.

No teatro, o centenário do genial Nelson Rodrigues abre a temporada de muitas peças deste autor brasileiríssimo e cheio de nuances. No Museu da Lingua Portuguesa, a exposição do centenário de Jorge Amado, encerrada em agosto, foi um sucesso de publico e crítica.

O remoçado Teatro Municipal recebeu com êxito a ópera GOTTERDAMERUNG (O Crepúsculo dos deuses) de Wagner. A OSESP(Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo) volta à sua casa, a magnífica Sala São Paulo, após uma turnê de sucesso pela Europa. Em fim, São Paulo ferve de diversos eventos culturais. Sem contar, com a nova ciclovia na mais famosa das avenidas de Sampa : A avenida Paulista. Uma boa alternativa para fazer esporte e aproveitar o ambiente cosmopolita da cidade neste próximo feriado da Independência. E como muitos paulistanos dizem:  “A cidade fica ainda melhor durante os feriados”.

MAÑANA DE SEPTIEMBRE



La mañana

de septiembre,

es un preludio mágico

de un nuevo tiempo

en mi vida.

 

El sol asoma su luz

tenue, tibia y casi etéreo,

tímido y algo misterioso,

fuerte y algo soberbio.

 

Todo el ambiente se inunda

con su resplandor,

trayendo esa mezcla

de dulzura y esperanzas.

 

Esperanzas

de un nuevo tiempo,

de una nueva vida,

de una nueva primavera.

domingo, 2 de setembro de 2012

OS LIMITES DO AMOR


Sempre ouvi falar que o amor não tinha limites. Que os limites do amor não existem e, que os amantes deviam entregar-se sem restrições, sem leis, sem medo, ao imenso abraço do amor e, ali permanecer até quando a sua estória continuar.

Mas, hoje estive pensando na construção do amor, da manutenção de um relacionamento amoroso, do êxito e do fracasso dos amantes. Ouvindo estórias, opiniões controversas e depoimentos reais do dia-dia, cheguei a conclusão que, aquela frase clichê de que o amor não impunha limites, não era verdade. Existem limites sim, e se os amantes conhecem bem esses limites nunca deixaram a relação esfriar a acabar-se, como vemos tanto ao nosso redor.

Apaixonar-se é fácil. Acontece quando menos esperamos e quando vem, nos esquecemos de nós mesmos e nos jogamos a essa nova forma de sentimentos, muitas vezes sem medo. O amor então acontece de forma mais sublime e inesperada. Então começa o segundo ato do amor, a manutenção do relacionamento baseado na personalidade, nos desafios, nos sonhos e nos planos dos amantes.

E ai entra um elemento importante: o ceder!. Ceder um pouco de nós mesmos em pro desse amor, dessa relação. Os amantes tem que ceder e, ai entramos no vago e importante espaço do “limite da relação”. Mas esse “ceder” também tem limites, mas qual é exatamente esse limite?

O ser humano é uma individualidade, uma essência singular e distinta de qualquer outro. A sua essência é a base de sua própria existência. E ela que faz com que esse ser humano seja “ELE” e não outra pessoa. O ceder não pode perturbar o seu espírito, a sua essência. No momento em que o amante cede a tal ponto que perturba, incomoda, produz sofrimento na sua essência, a tal ponto que o faz ser outra pessoa, então é o momento de parar. Esse é o limite do amor.

O amor não pode fazer você perder a sua própria individualidade, senão não é amor verdadeiro. O amor constrói, muda a sua vida para melhor, modifica seus pensamentos para melhor, muda as atitudes, os defeitos, faz você enxergar melhor o outro e os outros semelhantes ao seu redor. Faz você querer melhorar tudo que te rodeia: amante, família, amigos, país, o mundo!. Nesse ponto é que o amor abrange uma imensidade de situações e vivencias que trazem felicidade e bem estar.

O amor tem limites sim, mas esse limite é, justamente que te faz vive-lo mais intensamente e te dá a capacidade de ser feliz.