domingo, 28 de julho de 2013

O LEGADO DA VISITA DO PAPA FRANCISCO AO BRASIL


Sem dúvidas a primeira visita internacional do Papa Francisco, e aqui no Brasil, já é histórica. Durante os seis dias em que o Sumo Pontífice esteve no Rio de Janeiro e em Aparecida do Norte, presenciamos um novo carisma na personalidade do sucessor de Pedro.

Francisco falou à multidão e falou aos jovens de forma clara, simples e muito comovente. Foi um encontro maravilhoso. Em Aparecida, ficou clara a sua devoção mariana, consagrando a sua missão à Virgem Maria. O Santo Padre, também, chegou ao coração de todos os jovens vindos de todos os lugares do mundo e do Brasil, jovens que queriam ouvir ao seu pastor, certamente não se sentiram decepcionados. O Papa falou da missão do jovem na Igreja, a missão de evangelização; que o jovem deve sair e pregar o evangelho para todos os homens do mundo, essa é a mensagem de Cristo, a missão que Ele deixou aos seus apostoles, e o Papa conferiu a sua viagem, uma jornada de pastor que vem ao encontro de suas ovelhas. Isso é o maior testemunho de serviço da Igreja para com o seu rebanho.

Incansável, sorridente e simples, o Papa cativou a todos os católicos e aos não católicos do Brasil. Sem dúvida foi uma viagem gratificante. Os milhares de peregrinos rezaram, cantaram e compartilharam uns com os outros, o maravilhoso momento de estar juntos em Cristo.

Ser jovem é ter o coração aberto para novas conquistas, ser jovem católico é ter a responsabilidade de levar a Cristo, Nosso Senhor a todas as partes da sociedade em que vivemos, especialmente a aqueles lugares menos favorecidos. Nesse ponto, a responsabilidade de levar a mensagem de Cristo aos pobres, aos injustiçados, aos que sofrem, foi um ponto em que o Papa insistiu muito nos seus discursos.
A Jornada Mundial da Juventude foi um êxito com mais de três milhões de participantes e isso, justamente num país onde o catolicismo está diminuindo. Talvez o legado desta visita ajude ao Brasil e ao seu povo a não fugir de seu compromisso com Cristo. Se esta ilustre visita ajudar a este propósito, com certeza, terá sido um grande sucesso

sábado, 27 de julho de 2013

PEQUENO DICIONÁRIO ÍNTIMO


SILÊNCIO


A solidão e a meditação se juntam num ambiente mágico de inspiração espiritual num momento de eternidade.

EFÊMERO INVERNO


Entre o vácuo e o silêncio

Anestésica solidão

Sonhos entrelaçados

Harmonia no coração

 

A alegria não está oculta

Ao contrario, está presente

No âmago da alma

No meio da cidade calma

 

Inverno,

tempo de meditação

Emaranhado misterioso e suave

Luz da inspiração.

domingo, 21 de julho de 2013

LA CRISIS ESPAÑOLA Y LA DE ALMODÓVAR EN "LOS AMANTES PASAJEROS"



Como ocurre en cada película estrenada de Pedro Almodóvar, las expectativas son inmensas, aun sabiendo que, últimamente el director manchego ha sufrido una cierta mutación. De todos modos, la película LOS AMANTES PASAJEROS es también una metáfora en que se encuentra España. En este caso, el país es como un aeroplano que no sabe para donde ir, no tiene cómo aterrizar y deja a todos sus pasajeros extenuados, asustados y sacando lo peor de cada uno, es decir, los miedos humanos. La cinta se pasa en un avión que no puede aterrizar debido a un problema técnico. Creyendo que van a morir, tres integrantes de la tripulación (Javier Cámara, Carlos Areces y Raúl Arévalo) hacen confidencias en un clima de urgencia, como si estuvieran viviendo sus últimos momentos.

Es imposible no reírse de las actuaciones de Antonio Banderas y Penélope Cruz que también participan de la película. A pesar de divertido (no olvidemos que la comedia dramática es característica de la obra de Almodóvar), esta película es, tal vez, la más decepcionante de todas. El inicio es divertido; es el Almodóvar de antaño, pero desde la mitad parece que la trama queda un tanto perdida. Pero justicia sea hecha: me he muerto de risa, especialmente con el trío de la tripulación. Es como si el director volviese al humor de su primera época, como en MUJERES AL BORDE DE UN ATAQUE DE NERVIOS, cuando practicaba aquel cine de cachondeo exagerado.

Lo bueno es que Almodóvar nunca se permite ser sentimental y utiliza el melodrama sólo a manera de ejercer la ironía. Reírse de la propia desgracia es su tónica preponderante y este aspecto  es el que hace que el director español sea tan insólito en sus películas. De todos modos, vale la pena verla.

LA CRISIS DEL ARTE EN EL MUNDO CONTEMPORÁNEO.


El escritor peruano Mario Vargas Llosa, acaba de lanzar un libro llamado LA CIVILIZACIÓN DE ESPECTACULO, donde critica la superficialidad de las artes y del pensamiento contemporáneo. Nada más correcto afirmar, junto con el escritor, que en nuestra época, el arte se ha convertido en entretenimiento de masas y está perdiendo, desafortunadamente, su carácter de formador, de elevador de espíritu, de transgresión cultural, de creación humana y de aprendizaje. No soy contrario al arte como entretenimiento, pero sí afirmo que él no sólo es entretenimiento, no debería ser sólo entretenimiento. Vargas Llosa dice que, “cuando se nos presenta un tiburón embalsamado como arte, entonces algo anda mal en la llamada cultura”.

También concuerdo con el escritor que estamos viviendo una cierta decadencia en nuestro modo de ver, consumir  y crear arte. Pasando de la superficialidad a lo divertido, las artes (plásticas, música, literatura) están siendo contaminadas pues se considera como un producto vendible, o sea algo divertido.

La tendencia contemporánea de “simplificarlo todo”, de huir de los análisis más profundos, de los porqués, de las razones intrínsecas de la crisis de creatividad artística, nos llevan hacia un lugar peligroso de futilidad social, en que el arte es un producto más a ser adquirido como en los estantes de supermercado.

Vargas Llosa parece saber muy bien – y eso está implícito en su libro – que la banalización cultural es apenas parte del proceso contemporáneo de expansión del capital a través de la proliferación de las midias digitales en sus diversas plataformas. Como él no ataca el sistema en su base, concluye en tono pesimista, definiéndose como “un dinosauro en tiempos difíciles”.

PEQUENO DICIONÁRIO ÍNTIMO


MANHÃ DE DOMINGO


Letargia e ilusão se misturam numa sensação bucólica de calmaria e de silencio numa manhã de domingo. As esperanças renovam-se num ambiente de alegria e meditação. É como se ajustáramos  a nossa vida ao compasso suave da natureza.

ALMA, A FILHA DO DESTINO (CAP.I PARTE VII)


Então chegou o inverno. Inverno quente no sertão do Moxotó. No final de junho, após a festa de São Pedro e São Paulo, dona Rosa Guimarães Malta, a avó materna de Alma, tinha sucumbido a uma forte pneumonia. Durante muitos anos, dona Rosa tinha sido uma conselheira e uma fonte de sabedoria para sua filha Dadá e também para os seus outros filhos, Genésio e Teodoro Malta, já casados e moravam em Recife. Maria das Dores ficou abalada com a perda da mãe. Desde que adoecera, cuidara da mãe com muito carinho e afinco e, quando ela entrou em coma, foi a Dadá que segurou a sua mão com ternura. O evento chocou toda a família. Para Alma, que não tinha muito contato intimo com a avó, não tinha sido uma perda terrível, mas o impacto da morte, pela primeira vez entrara na sua vida.Por exemplo, ela viu como essa perda tinha movido toda fortaleza de sua mãe, e como Dadá perdera um pouco de sua segurança. Rubião Rocha tinha feito o possível para consolá-la, assim como seus irmãos ( vindos de Recife para o enterro) e os filhos. Mas nada consolava Dadá. Isso preocupou Alma, que pela primeira vez viu a sua mãe, sempre segura de si mesma, cair numa profunda tristeza.

A presença dos irmãos de Dadá, não colaborou em nada. Havia muitos anos que os dois jovens Malta mudaram-se  para Recife e lá fizeram a vida. Genésio, o mais velho casara e tinha só um filho adolescente; já o outro irmão, Teodoro trabalhava numa fazenda no Ceará e muito pouco vinha visitar os pais. No seu Damião Malta, orgulhoso comerciante de Inajá, a morte da mulher provocou-lhe  desespero e revolta. O seu Malta, como era conhecido na região, ficou mais mal humorado e impaciente com tudo e com todos. Todos notavam nele sinais de velhice prematura ( ainda não completara os setenta e cinco anos).

Cada vez mais, Malta deixava a administração do seu comércio ao seu neto, Damião, que passou a ser a sua mão direita nos negócios e ao qual confiava cada vez mais toda a sua vida. O avô e o neto começaram a se entender muito bem após a morte da dona Rosa, em parte porque o velho Malta já estava adoecendo e cansado de problemas cotidianos que lhe proporcionava a venda, e por outro lado, ele percebeu que os dois filhos não queriam saber nada de comercio, tinham as suas próprias vidas na capital. O jovem Damião, no entanto, ajudava o avô dia e noite e transformara-se em seu herdeiro natural para grande satisfação de Rubião e de Dadá. Mas, chegara o dia em que Damião tinha que prestar o serviço militar e ele escolheu fazê-lo em Recife. Então, o outro filho, Zé Rubião foi ajudar o avô Malta durante um ano. Obviamente a relação entre os dois não era das melhores. O velho tinha se afeiçoado ao neto mais velho. Segundo Malta, o adolescente era preguiçoso e não confiável. Tinha que redobrar os seus cuidados. Alias, era o que ele sempre fazia.

Para a única filha da Dadá, a vida parecia não correr. Alma continuava os estudos, imersa na rotina costumeira. Fazia tempo que não ia tomar banho no rio devido a enchente de junho, mas, decidiu certa tarde quente de agosto, Alma decidiu voltar a tomar banho no rio e se lambuzar com a lama. A menina desceu pela trilha, colheu algumas flores que encontrara no caminho e chegou até a beira do rio.

Enquanto se banhava nas águas cálidas e prazerosas, percebeu que alguém a observava. Sentiu um estremecimento e, pela primeira vez, sentiu medo de estar sozinha. Virou o rosto e viu um rapaz jovem, moreno, parecia muito alto, que a olhava curioso e um tanto atrevidamente. O rapaz esboçou um sorriso quase imperceptível. Alma saiu da água e pegou a toalha para se secar. O rapaz permaneceu em silencio. Por um instante, Alma não sabia se estava em segurança, ou em perigo, por um segundo ela parecia tomar conta da situação, mas novamente sentiu medo. Então o rapaz de olhar profundo, de sobrancelhas grossas falou com uma voz forte:

- Olá, não queria te assustar....

- Olá – respondeu Alma um tanto acanhada – quem é você  e de onde apareceu?

- Meu nome é Gerônimo, meu pai mora aqui perto..

- Vizinho? Eu nunca tinha te visto antes

- Sou o filho do Coronel Bezerra, prazer – disse sorrindo.

- Ah, prazer, sou Alma Rocha.

- A filha do seu Rubião, já me falaram de você...mas não me disseram que era muito bonita.

Ele se aproximou e Alma recuou um pouco. Sentiu-se ameaçada. Havia algo nos olhos escuros do rapaz que a deixava em prontidão, como se ela esperasse alguma atitude fora do comum.

- Eu, eu tenho que ir... – disse a menina e começou a andar depressa. O rapaz a seguiu  e caminhou do seu lado..

- Posso te acompanhar até sua casa? É que eu não conheço ninguém por aqui. Moro no Recife e estou de férias.

- Desculpe, mas....prefiro ir sozinha, já estou atrasada.

E a menina desapareceu na trilha que levava ate sua casa. Assim fora o primeiro encontro com Gerônimo Bezerra.

Ao chegar à casa, a menina não contou nada para a mãe, mas toda vez que pensava no encontro, sentia um estremecimento.

sábado, 20 de julho de 2013

OTRA MIRADA DE FE


Ante la inminente llegada de Su Santidad el Papa Francisco a Brasil, hemos visto una invasión de jóvenes de todo el mundo para participar de la JORNADA MUNDIAL DE LA JUVENTUD Católica en Rio de Janeiro. Se dicen tantas cosas sobre los pecados de nuestra madre la Iglesia que muchas veces nos dejamos llevar por decepciones y sentimientos de culpa. Pero, al ver la alegre ristra de muchachos y muchachas de las cuatro partes del globo que, con gran espíritu misionario se avienen a escuchar las palabras del Romano Pontífice, nuestra fe se agiganta y todas las dudas se disipan como la nieve al sol.

He visto jóvenes que practican el espíritu misionero de Cristo por todos los lugares más recónditos y pobres del globo. Aquí mismo en Brasil, he visto un programa televisivo sobre la labor – tan cristiana y universal – de jóvenes que llevan la palabra del Señor y la Eucaristía hasta en la selva amazónica. Jóvenes extranjeros practican la caridad en sus misiones por los barrios más pobres de las ciudades del país.

Entonces, un brote de esperanza y entusiasmo penetró en mi alma. Recordé que una vez yo también había tenido 18 o 20 años y que también hervía en mi íntimo la voz de Cristo por realizar apostolado por donde yo estuviera. Y es así como veo a la Iglesia Católica, que no tiene ni futuro, ni presente ni pasado, ella es atemporal, porque se dirige hacia la eternidad, pero los jóvenes son, sin dudas, ese motor que impulsa la misión de la Iglesia por los cuatro vientos y lleva el mensaje evangélico de Nuestro Señor. Ciertamente los errores son humanos, pero la misión es divina. El Santo Padre el Papa nos da las directrices de nuestro actuar como cristianos en este siglo tan convulsionado y de la mano de María, Madre de Dios y Madre nuestra, ciertamente llegaremos al puerto seguro, porque sólo Ella conoce el camino que conduce a su divino hijo.

Los Jóvenes encuentran en el seno de la Iglesia, el poder del Espíritu Santo para cumplir con sus obligaciones de cristianos en medio del mundo, cristianos que son la sal y la luz del mundo, que llevan el mensaje de Cristo por la vida y que participan como soldados de la Iglesia Militante, que nunca perecerá ni desaparecerá, pues como lo prometió su mismo fundador, Nuestro Señor Jesucristo, “durará hasta el fin de los tiempos y las puertas del infierno no prevalecerán sobre ella”.

DEO GRATIAS!

sexta-feira, 19 de julho de 2013

PENSAMIENTOS SOBRE FE Y ESPERANZA


La Fe es el bastión más importante del hombre.


La esperanza nos ayuda a sobrellevar las vicisitudes con garbo y alegría pues sabemos que “OMNIA IN BONUM”, es decir TODO ES PARA BIEN.


Fe y alegría son las columnas fundamentales del alma humana.


La fe nos lleva por caminos inasequibles al alma que la carece.


Fe es el soporte que nos impide a caer en el desespero y la decepción.


Con la fe y la esperanza, el hombre es parte importantísima del proyecto de Dios.

 

La verdadera esperanza no es la última que muere; ella simplemente continua viviendo en el espectro de la inmortalidad del alma humana.

 

CONVERSACIONES SOBRE LA FE


Existen varios motivos en nuestra vida corriente que perturban nuestra fe. Desde el trajín del día - día , los problemas cotidianos, los cambios de humor por el tráfico, la pérdida de tiempo, las metas no alcanzadas, las noches mal dormidas, una leve indisposición, una enfermedad, problemas laborales, infortunios, etc,etc. A veces mantenemos la fe en alta a cualquier costo, pero a veces aparece la tibieza, quizá el peor enemigo de la vida espiritual y otros tantos motivos que parece que no hay razones, ni ganas de vivir.

Entonces, recibimos un pequeño y sutil “tirón de orejas” de parte de Dios para mostrarnos que nada en esta vida importa más que tener fe. No me refiero a esa fe académica y teórica, sino aquella fe práctica y viva que alimenta nuestro cotidiano y nos hace elevarnos a categoría de verdaderos hijos de Dios.

Cierta tarde, estaba yo esperando el autobús, preocupado por un incipiente atraso en mis obligaciones laborales e inmerso en un marasmo de decepciones, inquietudes y ansiedades, cuando se acercó un señor de estatura baja, rostro apacible, de unos sesenta años o más, preguntándome si el autobús que acabara de pasar no era el que pertenecía a la línea 477-10P. Le dije que sí y el hombre, suspirando, lanzó un “¡qué pena!” sonriendo y prosiguió:

-         Joven, usted podría avisarme cuando se acerca ese bus? Es que estoy ciego y no puedo ver ni siquiera el color del vehículo.

Le dije que no tendría ningún problema en avisarle y entonces, empezó un dialogo con este hombre desconocido pero amable, aquel que, bíblicamente hablando sería  ciego “mi prójimo o mi semejante”.

Me comentó que hacía un año estaba ciego y que, sin previo aviso, le falló la visión mientras trabajaba y que se había hecho todos los estudios y exámenes médicos sin suceso en descubrir el motivo o la razón de esa ceguera. La pérdida había sido del 90% de su visión y que ahora, paulatinamente veía un poco más, a pesar de que sólo sombras vagas e imperfectas.

Lo que más me sorprendió de su historia, fue su impresionante fe. Me dijo que no se preocupaba con el futuro porque creía, fielmente, que si Dios le había arrebatado la visión, había algún porque, y que si no lo descubre en esta vida, lo hará al encontrarse con el creador después de su muerte.

Eso me sorprendió de sobremanera, pues me di cuenta de la grandeza de la fe de esa alma que entregaba todo – incluso su vida  y su enfermedad – en manos de la Providencia.

Entonces comprendí que, a pesar de mi espiritualidad, a veces me dejo llevar por el desánimo y mi fe se achica. Entonces agradecí a Dios por esa lección dada por mi semejante en una calle cualquiera de la ciudad. Comprendí, entonces que el Señor, una vez más, había sido benevolente y misericordioso con este pobre vaso de barro de vasija rota que soy yo.

Me despedí de mi prójimo y le deseé mucha fe, y continué mis deberes de estado con esa alegría y ese garbo que siempre he tenido en la vida.

Considero esto como un gran regalo de la Providencia.

quarta-feira, 17 de julho de 2013

REFLEXÕES DO COTIDIANO


UMA VISITA EXCEPCIONAL.....E CONTURBADA

Há uma semana da visita do Papa Francisco ao Brasil, os ânimos estão exaltados. Há uma ameaça no ar de que mais manifestações poderiam – segundo as autoridades – perturbar tão nobre e importante visita de Estado. O papa representa não só o Estado do Vaticano, mas também é o maximo líder religioso dos católicos onde no Brasil são maioria. Aqui, os fieis receberão o Papa como mensageiro da paz, e com certeza, ouvirão o que ele tem a dizer, especialmente os jovens do mundo inteiro a quem a Jornada Mundial da Juventude vai dirigida. De qualquer forma, a visita é um acontecimento histórico para o país, não só pela visita de um papa ( afinal de contas João Paulo II esteve três vezes no país) e Bento XVI uma ocasião, mas porque é a primeira visita do novo chefe da Igreja Católica a um pais estrangeiro. Bem, então, por que tanta preocupação publica? É obvio que o Brasil vive um momento único na sua historia recente, o povo acordou, os protestos continuam, parece que, finalmente, despertamos na nossa consciência de cidadãos para uma responsabilidade histórica e política. E esse despertar é visceral. A visita de qualquer representante político ou religioso vai trazer a possibilidade de mostrar ao mundo que aqui muita coisa precisa ser feita.

O governo e a prefeitura do Rio de Janeiro não conseguem parar de pensar nas consequências que umas possíveis manifestações trarão à cidade e ao país. O governo federal, através da ABIN (Agencia Brasileira de Inteligência) diz estar preocupado com o que possa acontecer. Os ânimos estão exaltados, algo assim como o que Winston Churchill tinha dito nos meses anteriores à primeira grande guerra : Os copos estão transbordando e não sabemos aonde iremos parar”. Talvez não com tanta intensidade, mas a frase é conveniente.

No Congresso, a classe política não consegue sequer entrar num acordo sobre o tão mencionado PLEBISCITO, que a Presidente Dilma colocou na pauta nacional e não se saiu muito bem. Os aliados do governo dão mostras de estar se deslocando para qualquer lado, o silencio de Lula é impressionante, especialmente para alguém que só fala, fala, fala e não diz nada. Talvez esteja assustado? Talvez esteja pensando sobre a resposta que deve a população? Não sabemos.

A vinda de Francisco é, sem dúvidas, um sopro de esperança ao brasileiro que, apesar dos pesares, ainda crê num futuro promissor. A esperança é a última que morre.

Ah, esqueci de mencionar outra noticia interessante : no litoral norte de São Paulo, recebemos a visita de dois leões marinhos e essa visita sim, foi inesperada.

segunda-feira, 15 de julho de 2013

INVIERNO CULTURAL PAULISTANO


“Del Renacimiento a Renoir, pasando por Almodóvar y María Martins”

El mes de julio es, por tradición, mes de vacaciones escolares y, este año, el séptimo mes – invernal – de julio nos trae grandes eventos culturales imperdibles. Me refiero a la gran exposición de los Maestros del Renacimiento italiano en el Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), con obras venidas de 24 museos italianos, la muestra del Renacimiento exhibe obras de Leonardo da Vinci (Leda y el Cisne), Battista Dossi ( Retrato de Alfonso I del Este); Lorenzo Lotto (Adoración de los Pastores); Rafael (Cristo bendiciendo); Ticiano (Magdalena); Giovanni Santi (Cristo muerto amparado por dos ángeles); Tintoretto (Asesinato de Abel) y Il Coreggio (Virgen Bolognini), entre otras grandes obras del renacimiento. El Renacimiento es marcado por el retorno de los conceptos del naturalismo greco-romano, abandonados en la Edad Media. La muestra es gratuita y se extiende del 13 de julio al 23 de septiembre.

En cine, tenemos una película interesante “RENOIR”, del director francés Gilles Bourdos, un drama basado en la relación entre el pintor Auguste Renoir y su hijo Jean. Esta obra ficcional de Bourdos proporciona un gran papel para el actor francés Michel Bouquet en el papel de Renoir y de Christa Théret, la modelo que se convierte en nexo entre  padre e hijo.

Y, la última película de Almodóvar, LOS AMANTES PASAJEROS con Javier Cámara, Penélope Cruz y Antonio Banderas. La última producción del español es una comedia que deja un rastro de la primera época del director cuando conquistaba al mundo con su estilo algo guarro y desenfadado.

Tampoco podemos dejar de ver la exposición de la escultora brasileña (no tan conocida por aquí, pero que hizo toda su carrera en Europa), María Martins en el Museo de Arte Moderno (MAM) en el Parque de Ibirapuera. La artista mineira que fue a estudiar en Bélgica en la década de 30 y que ha expuesto en Nueva York, Alemania y Francia, ha obtenido un destaque enorme en Alemania el año pasado al cumplirse los 40 años de su muerte. Había recibido elogios del escritor francés André Breton. La muestra reúne esculturas, cerámicas de pared, trabajos en papel, libros y artículos periodísticos.¡ Imperdible!.

domingo, 14 de julho de 2013

SÁBADO DE INVERNO


A alegria era geral

 A luz solar parecia primavera

 A luminosidade era total

Abrangência quase visceral

 

Tarde de sábado

O parque respirava vida

Ciclistas, corredores, caminhantes

Esperanças e ilusões, como antes

 

O vento fresco invernal

Trazia leveza e paz

O ambiente enchia-se de graça

As emoções, fartas.

 

Sábado de inverno

Sol e tranquilidade

Momento de saudosismo

Um momento na eternidade!.

PEQUENO DICIONÁRIO ÍNTIMO


FE E ALEGRIA


Dois fundamentos que sustentam a alma de um homem feliz.

O SONHO DE PERSEU


A reunião no escritório dos corretores da bolsa começou pontualmente as dez da manhã. O dia amanheceu nebuloso e anunciava chuva. Nada fora do comum em Londres –pensou Eddy – ao sair do metrô e dirigir-se ao escritório.

Durante toda a reunião ele se concentrou e nem percebeu que estava na hora do almoço. As treze e quinze, Thomas Williams, Charles Brown e outros dois corretores convidaram Eddy para almoçar no “Café Spice Namaste” na Prescott Street, um restaurante indiano de primeira categoria onde a culinária indiana destacava-se pela sua excelência. O “curry” tinha fama.

Saborearam um “danzak” (carne de cordeiro com purê e pimenta com lentilhas).

Quando o relógio marcou às quinze horas, o almoço terminou. Eddy despediu-se dos corretores e caminhou em direção ao metrô pensando que, voltar para casa e tomar uma gostoso banho era o ideal. Decidiu passar a noite em Londres e voltaria para a Espanha no dia seguinte.

Ao entrar no metrô, lembrou que tinha que passar por alguma loja de antiguidade. A sua mãe gostava muito de antiguidades e o seu aniversário estava chegando, portanto pensou que agora seria o momento adequado para procurar um presente para ela.

Pensou em ir a Mayfair, onde havia lojas excelentes e foi para lá.

Meia hora depois entrava numa loja na Cork Street e encontrou um belo porta jóias de finais do século XIX que o atraiu muito. Sentiu-se satisfeito já que não gostava de procurar muito. Assim logo na primeira loja que entrou encontrou o que queria, e com a missão cumprida, decidiu dar uma volta pela Piccadilly  a pé.

Atravessou a rua e viu uma pequena galeria de arte “Piccadilly Gallery”

Entrou nela e viu muitos quadros britânicos modernos.

Os quadros eram de todos os tamanhos e temas. Pertenciam a pintoras e pintores ingleses, galeses, escoceses e irlandeses. Observava quadros de paisagens equestres ingleses, montanhas, chalés, flores silvestres, jardins coloridos e praias desertas.

De repente chamou a sua atenção um quadro, não muito grande, de uma praia rochosa. Aproximou-se e o observou com muito detalhe. Uma praia deserta iluminada pelos raios do sol no meio das nuvens. As ondas batiam nas rochas e poderia imaginar o barulho das águas. O mar era de uma cor azul intensa.

Sentiu um estremecimento em todo o corpo como se tivesse descoberto um mistério, como se o véu de um segredo tivesse caído deixando ver a realidade oculta de algo que procurava na memória.

Era a praia dos seus sonhos!

O quadro chamava-se “Cornish’s landscape” H.T.

Depois leu uma pequena etiqueta que dizia : SOLD, 890 libras.

 

“Paisagem da Cornualha” repetiu admirado e surpreso. Então essa praia existia e estava na Cornualha.

 

Desde esse momento, sentiu a imperativa necessidade de estar nesse lugar.

A procura dos seus sonhos e do seu destino tinha começado: CORNUALHA!

 (TEXTO EXTRAIDO DE "O SONHO DE PERSEU" - CAP. I "EDDY")

sexta-feira, 12 de julho de 2013

PEQUENO DICIONÁRIO ÍNTIMO


PRUDÊNCIA


Virtude que nos permite conhecer com objetividade a realidade das coisas; julga-las e acertar o caminho a seguir e atuar em consequência.

 

quinta-feira, 11 de julho de 2013

HAIKAI DE INVERNO (II)


Céu Azul

Sol e paixão

Vibrante trio

no silencioso frio.

 

Lua prateada

Vento gelado

e céu estrelado

 

Silencio

no inverno que antecede

À inspiração

a flor da pele.

 

O Pensamento invernal

mantém às longas noites

de bom astral.

 

Escuridão prazerosa

que prenuncia

o brilho da primavera formosa!

SONATA DE INVERNO


Céu azul

no esplendor

Bicor: branco e azul

Ambiente dourado

de emoção

Sensação de ternura

do frio vento sul

Solidão, meditação

Pensamento e

suave recolhimento

Escuridão e luz

Força interior

Fé e esperança

Noites de candor

Nuvens e chuva

O silencio cai como uma luva

É o inverno

que recolhe parte da vida,

e a joga no vento

suave do futuro

Esplendoroso futuro

de amor vibrante

Enfeitam a vida

Noite e dia

INVERNO: Eis a tua magia!

quarta-feira, 10 de julho de 2013

PEQUENO DICIONÁRIO ÍNTIMO


INVERNO (II)


Chuva e frio, vento e emoção, o inverno é a estação do recolhimento e da solidão.

INVIERNO EN LA PLAYA


Tenue lluvia,

Tenue frio,

Paisaje invernal

Amor incondicional

 

Nada ha cambiado

Ni el viento, ni el mar

Ni las emociones, ni las tristezas

Ni las alegrías sin igual

 

Mañana en la playa

Mañana invernal

El viento frio en mi rostro

Y en mi alma, serenidad

 

Paseo lluvioso

Paseo de soledad

El invierno ha llegado

Para mitigar mi ansiedad.

sexta-feira, 5 de julho de 2013

UN ENCUENTRO INOPINADO


Viernes, 17hs. La avenida Paulista expresa el pulsar de todos los viernes, es decir correría, tráfico intenso, gente caminando deprisa, tal vez, queriendo llegar rápido a casa tras una semana intensa de trabajo..En fin, todo se repite.

Sin embargo, al entrar en la “LIVRARIA CULTURA” del Conjunto Nacional, quizá el corazón cultural de la ciudad, siento un ambiente calmo y placentero. Rodeado de libros, tantos libros, me siento plenamente feliz, me siento como en casa. Sin darme cuenta, voy caminando en medio de obras universalmente conocidas, ya sea en prosa o en verso. Entonces me detengo en un lugar específico de literatura española. Los viejos “amigos” escritores de mi infancia, de mi adolescencia, de mi juventud salen a mi encuentro. Entonces veo una obra de Don Benito Pérez Galdós, veo una ANTOLOGÍA POÉTICA de Lorca o de Jorge Luis Borges, y mi corazón empieza a latir más rápido.

Con los dedos voy leyendo a los autores y los libros: Eduardo Galeano, Antonio Machado, Julio Cortázar con su célebre RAYUELA; Vargas Llosa con su nueva obra : EL SUEÑO DEL CELTA…

Me detengo hacia un nombre que no conocía, la de la chilena Isabel San Sebastián que ha escrito una obra enorme: IMPERATOR, sobre el imperio romano y pienso que debe ser interesante.

Sigo mi mirada y descubro, asombrado una obra de Quevedo y Villegas y pienso: ¡“Por Dios, hasta los clásicos de mi niñez”!. Sigo viendo obras de Leopoldo Marechal, Elena Sainz Morena (gran poetisa española con su libro de poemas “ LA ROSA INGLESA”. Don Miguel de Unamuno y, claro, como era de esperarse los dos grandes nombres de la literatura hispanoamericano: Gabriel García Márquez y Miguel de Cervantes y Saavedra con el clásico DON QUIJOTE DE LA MANCHA.

Había también obras de autores extranjeros traducidos al español: el clásico LA ENEIDA de Virgilio, EL RETRATO DE DORIAN GRAY de Oscar Wilde y la inglesa (una de mis favoritas): Rosamunde Pilcher con la obra SEPTIEMBRE.

En fin, tantas obras, tantos recuerdos y afuera era toda cacofonía. Mi espíritu, simplemente empezó a divagar en medio a esos tesoros del saber que forman parte de mi pasado, mi presente y mi futuro cultural. Todo era perfecto…¡Si pudiera quedarme en medio de ellos para siempre!

CARTAS DE AMOR ( RESPOSTA DE VIOLET A WILLIAM)


Penzance, Cornualha, 2 de setembro de 1945.

 

Meu amado Willy:

 

Adorei a sua carta. Por aqui ouvimos pelo radio a noticia da reconquista de Paris. Mamãe e eu choramos de alegria. Ficamos tão felizes por vocês, pelos franceses, por todos. Assim como você, todos sentimos que a guerra está chegando ao fim. Ah, como espero rever você no natal, nem que seja por uns dias.

Ontem visitei a sua mãe. Ela recebeu a sua carta e também à do seu pai. Ela esta muito bem, cuidando da casa e das terras com muito afinco.

O verão tem sido agradável. Agora começaram as chuvas pressagiando o outono, mas a cidade ainda está lotada de turistas.

Ellen e eu fomos a Truro no fim de semana para comprar mantimentos e almoçamos no GALLERY. Foi muito prazeroso.

Se fizer sol, iremos à praia no próximo sábado, uma espécie de despedida do verão.

Meu amor, penso em você a cada dia e a cada momento. Rezo para que você volte logo, são e salvo.

Deus te proteja,  meu amor.

 

Sua sempre,

 

VIOLET

 

ALMA, A FILHA DO DESTINO ( CAP.I PARTE VI)


Alma Rocha continuava com a sua rotina de sempre. Durante as manhãs estava na escola, as tardes, após ajudar a mãe, ia sempre para o rio tomar banho e depois fazia as tarefas de casa.

 Os seus dois irmãos mais velhos Damião e José Rubião, de dezessete anos e quinze anos já trabalhavam duro. Damião ajudava o Pai na lavoura e José Rubião trabalhava com o avô Malta na Venda. Ambos eram altos como o pai. Damião gostava do campo e trabalhava com muito afinco, já o irmão mais novo não via a hora de ser adulto e sair da região. Queria ir para a cidade grande, ser um rico comerciante de  Recife, casar, ter filhos, em fim, sonhos de um adolescente que não apreciava muito a vida do campo.

O pai não tinha queixa dos filhos. Eles o obedeciam sem questionar. E era assim  como tinha que ser. A autoridade paterna era firme e intransigente e, era diferente ao da mãe, que amava os dois filhos,  e sempre fazia tudo o que eles queriam. Dadá era uma mãe amorosa, a diferença da dureza de sentimentos que era comum entre as mães nordestinas da época. Mas com a única filha, Alma, ela chegava a ser diferente. Era exigente.

Mas, quando Alma fez quatorze anos um evento tinha transformado a sua plácida existência: o rio Moxotó inundou toda a região e quase chegou à casa dos Rocha. Pelo período de três meses, a menina não tinha como ir nadar no seu rio favorito, e aqueles singelos prazeres matinais ficaram em suspenso provocando na menina sofrimentos e muita tristeza.

Foi então quando ela percebera que na sua escola, era a única menina que nunca fora picada por nenhum inseto.

CARTAS DE AMOR ( DE WILLIAM PARA VIOLET)


París, 25 de agosto de 1945.-

                                                

Amada Violet:

E chegou o grande dia! , hoje entramos em París e a alegria era geral. Eu só pensava em você minha doce amada.

O nosso batalhão entrou pela região norte e nos unimos a 16 Cavalaria Real nos Campos Elíseos. Paris parecia mais bela que nunca apesar de ver alguns prédios bombardeados pelos alemães.

Em breve, muito em breve, a guerra vai acabar e estaremos novamente juntos.

Encontrei com seu pai, o Coronel Davidson, na Normandia, uma semana após o desembarque do dia “D”. Ele acabava de receber noticias suas e estava muito contente. Neste momento ele está a caminho de Paris e chegará, provavelmente em três dias.

Te prometo amor meu, comprar-te um lindo vestido de Paris.

 Aguardo noticias suas.

Te amo, cada vez mais.

 

WILLIAM

quinta-feira, 4 de julho de 2013

APOLOGÍA A LA CARTA


Abrir un sobre, abrir una carta, sentirla, olerla, traducirla, interpretarla. Estos son los sentimientos que me cercan cuando recibo una carta manuscrita.

A pesar de ser hijo del nuevo milenio y vivir rodeado de la tecnología informática como correos electrónicos, twitter, facebook y otras redes sociales; a pesar de que la comunicación entre los hombres se realiza a velocidad sideral, en unos pocos segundos….A pesar de todo eso, aún me emociona escribir y recibir cartas manuscritas.

Con una carta en la mano, puedo traducir el alma de quien la escribe. Los garabatos de las letras, ora perfectas y delineadas, ora nerviosas y algo torpes, significan el momento presente del remitente.

En el papel puedo sentir, a parte de las emociones, los pensamientos del que escribe. Esos pensamientos ofrecen innúmeras interpretaciones que, de acuerdo al momento y a la intensidad, demuestran un contenido profundo de sinceridad, miedos, deseos, angustias y amor.

Una Carta de Amor es la prueba más veraz del corazón humano. Traspasando los años, ellas siempre han servido de soporte a tantas historias de corazones enamorados, a tantas historias de amor.

Las cartas son perennes. Algún día todo desaparecerá; algún día nosotros desapareceremos; algún día las máquinas y los ordenadores fallarán. Pero, alguien encontrará, quizá en el fondo de algún viejo baúl enmohecido por los años, un puñado de cartas que serán testigos de historias de vida, historias de seres que aquí vivieron y que dejaron, a través de sus escritos, huellas imborrables de humanidad.

quarta-feira, 3 de julho de 2013

PEQUENO DICIONÁRIO ÍNTIMO


CARTAS


Tradicional meio de comunicação que traduz os sentimentos e as profundezas da alma humana por meio da linguagem escrita impressa em palavras e pensamentos.

ALMA - A FILHA DO DESTINO CAP.I (PARTE V)


O misterioso homem com quem a pequena Alma  encontrara era mais do que um índio, era um Pajé. Se bem, a menina não tinha como distinguir um e outro, sabia no entanto, de que o homem estranho que ela tinha encontrado na ribeira do rio era um índio muito peculiar. Primeiro, porque ele era alto e garboso e tinha um olhar profundo, penetrante que transmitia bondade e sabedoria. Mas Alma não sabia nada dele, apesar dos seus enigmáticos olhos cor jabuticaba e o seu caminhar lento que parecia não ter pressa.

O Pajé era o bruxo da tribu. Era como se fosse um sacerdote supremo, herdeiro das tradições divinas, curandeiro, conselheiro e médico.

O velho pajé pertencia a tribu Tuxá que estava originalmente assentada na ribeira do rio São Francisco, na Bahia. Com o tempo, foram emigrando para o sertão de Pernambuco onde atualmente se instalara. “Jabú” era o pajé desta tribu e costumava fazer longas viagens pela região em busca de ervas  aromáticas, folhas, e principalmente seiva de Jabuticabeira. Aliás, por seus conhecimentos em remédios extraídos de planta de jabuticaba optou pelo sobrenome de Jabú;  Jabú vem de Jabuticaba.

Ele era o ultimo pajé dessa sociedade tribal indígena. A diferença dos seus ancestrais, acostumava deslocar-se por todo o sertão, especialmente no vale do Moxotó onde se encontrava a maior concentração de Jabuticabeira.
Foi numa dessas incursões que o Pajé encontrou a menina brincando com o barro do rio. O que mais lhe chamara a atenção era como a criança brincava com a lama,  se lambuzando toda com um prazer infantil.

O Pajé era, também, conhecedor das propriedades do barro de Moxotó. Numa de suas incursões pelo estuário do rio, ele levara uma porção de lama para sua aldeia e ali fizera uma mistura com ervas e seiva de jabuticaba. Conseguira então, um grande descobrimento. A mistura não era só medicinal, mas também era boa para a pele e ótima para as picadas de insetos.

Segundos indigenistas famosos, a tribu Tuxá provinha de uma nação chamada “Proká” e pertence ao grupo indígena da Bahia. Como moradores da margem do São Francisco, viviam do rio, pescavam, comiam carne de jacaré, de jiboia, de tatu e de outras iguarias da região.

Com a conquista e colonização e a chegada dos missionários católicos como os Franciscanos e Jesuítas no século XVIII, os Tuxás foram incorporados a estes grupos religiosos que fundaram aldeias nessa região.

Já no final do século XIX, as enchentes do rio São Francisco provocaram o êxodo dos Tuxá para o interior do sertão pernambucano. Numa dessas aldeias o Jabú herdara do pai a condição de Pajé.