quinta-feira, 29 de novembro de 2012

AS PALAVRAS


Aconteceu simplesmente numa tarde de primavera e, aconteceu numa sala de cinema, numa sessão da tarde e com pouco público. Lá estavam elas: as palavras.

Era uma estória de um escritor que não conseguia expressar tudo aquilo que sentia em palavras. O seu estilo era muito bom, escrevia bem, notavelmente bem, mas não conseguia transmitir o que sentia de forma completa; expressar sentimentos que poderiam tocar o coração ( e a vida) dos seus futuros leitores. E um dia, quando visitava Paris, entrou numa loja de antiguidades e comprou uma velha pasta de couro. Achou que seria interessante usa-la para levar os manuscritos - a via sacra dos manuscritos!- às editoras.

Um belo dia, ao abrir a pasta num compartimento quase escondido, encontrou um manuscrito antigo, escrito à máquina de escrever, e começou a ler. Ali estavam às palavras que tanto queria ter escrito e não conseguira. Resolveu copia-lo e o entregou a um editor. Foi um sucesso. Tornara-se um grande e famoso escritor, premiado e badalado por um livro de palavras emprestadas.

No meio do sucesso, aparece o verdadeiro autor do livro; um homem velho que tinha perdido tudo o que escrevera nessa pasta, num trem de Paris. É o nosso jovem escritor deparou-se com a verdade, melhor dizer, com a mentira. Mas aquelas palavras roubadas o tinham levado a uma encruzilhada: o erro que cometera.

Agora ele tinha que lidar com a culpa, com a dor da estória do verdadeiro autor do romance, com as palavras que não lhe pertenciam.

A nossa vida é feita de escolhas e, as escolhas não são fáceis. Muitas vezes são doloridas, sangram e são pesadas demais como as palavras que as definem. Mas temos a chance de conviver com elas e tirar o melhor proveito delas, mesmo que isso nos custe lágrimas e noites de insônia.

Muitas vezes a criação é um doloroso ato de coragem.                                      

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

PEQUENO DICIONÁRIO INTIMO


PACIÊNCIA


Virtude pela qual suportamos com ânimo sereno todos os males. Esta virtude leva, por amor a Deus, a suportar com bom humor, sem queixas nem lamentações, os sofrimentos físicos e morais da vida. Pondo a paciência em pratica, podemos afirmar a humildade para fazer mais fina a caridade. A paciência vai de mãos dadas com a humildade, acomoda-se ao ser das coisas e respeita o tempo e o momento das mesmas sem quebrá-las,  e conta com as limitações próprias e a dos outros.

terça-feira, 27 de novembro de 2012

JULIANA - CONTO (FINAL)


No dia seguinte, Juliana tinha acordado cedo para ir trabalhar. Quando chegou ao trabalho, as 7.30hs, a mãe lhe telefonou. Falou que tinha que voltar urgente para casa e ir, sem demora, à casa de Marcelo pois acontecera algo grave.

Juliana nem perguntou o que, nem com quem. Dirigiu-se imediatamente, acompanhada da mãe, à casa do noivo. Quando faltavam apenas uns metros para chegar, ela percebeu que tinha um grupo numeroso de gente na entrada da casa. Quando ela chegou com a mãe, todos a olharam com uma expressão estranha. Mas ela, que durante todo o trajeto, pensava que era o pai do Marcelo que tinha sofrido algum infarto (já que sofria do coração), e só queria encontrar a mãe do seu futuro marido para acalmá-la e confortá-la.

Assim que entrou na sala, viu que algumas pessoas estavam preparando o velório (naquela época os velórios ocorriam em casa).

Quando Juliana viu a futura sogra em estado lamentável, amparada por familiares, correu para abraça-la. Ninguém falou nada. Só se abraçaram e choraram muito. Juliana só podia dizer algumas palavras. As lágrimas escorriam pela sua face e era impossível parar de chorar.

Então ocorreu algo que a Juliana não esperava. Todos correram para a porta da casa. Era o carro fúnebre que chegara com o corpo.

Quando Juliana viu o pai do Marcelo, em prantos, carregando o caixão, ela entendeu. De repente tudo ficou escuro. Desmaiou sem perceber.

Nos dias seguintes, uma mecha branca aparecera na sua jovem e loira cabeleira. Era o sinal do terrível choque emocional que sofrera. A perda se instalara na sua vida e agora, ela tinha que fazer um esforço sobre humano para continuar a sua existência.

 

F I N

domingo, 25 de novembro de 2012

UNA MIRADA DE FE


EN LA FIESTA DE CRISTO REY

En esta solemnidad, en que la liturgia marca el final del tiempo ordinario y el inicio de un nuevo tiempo litúrgico: el del Adviento, meditamos sobre la realeza de Cristo, Rey y Señor del Universo. Él es el alfa y el Omega, el primero y el último, el principio y el fin.

Sólo en Cristo encontramos el verdadero sentido de nuestro quehacer aquí en la tierra. La iglesia entera, y cada cristiano, es depositaria del tesoro de Cristo: crece la santidad de Dios en el mundo cuando cada uno luchamos por ser fieles a nuestros deberes, a los compromisos que, como ciudadanos, como cristianos, hemos contraído.

A lo largo del tiempo ordinario, la iglesia nos muestra los poderes de Cristo. Las parábolas y los milagros cubren todo el evangelio en cada jornada litúrgica. Este tiempo culmina hoy, con esta gran fiesta, en la que se realza la realeza y la grandeza de Nuestro Señor, como el amo del universo.

Pero el poder de Cristo no subyuga como los poderes terrenos de reyes, emperadores, dictadores y demás gobernantes. Es un poder de amor, donde sólo se nos pide amor y fidelidad al que es nuestro soberano y Señor. Nuestra recompensa por amarle es su infinita misericordia que, Jesucristo por su  benevolencia y su bondad divina, nos derrama en forma de bendiciones a todos sus hijos.

No somos vasallos ni súbditos, somos hijos de un mismo Dios y Señor, de un mismo Rey, de un mismo Cristo.

En la fiesta de hoy, oímos del Señor que nos dice en la intimidad de nuestro corazón: “yo tengo sobre ti pensamientos de paz y no de aflicción”, y hacemos el propósito de arreglar en nuestro corazón lo que no sea conforme con el querer de Cristo. A la vez, le pedimos poder colaborar en esa tarea grande de extender su reinado a nuestro alrededor y en tantos lugares donde aún no le conocen.

El amor de Cristo es como un río de paz, un mar de inagotable misericordia.

sábado, 24 de novembro de 2012

TODO RECOMIENZA EN PRIMAVERA


El amanecer, algo entumecido, trajo uma especie de delicada pereza a quienes nos levantamos temprano para iniciar la jornada. Los dias apacibles del feriado prolongado trajeron, muchas horas de ocio y grandes esperanzas. Como todo en la vida, llegó el momento de remangarnos la camisa e iniciar nuestras actividades con ahínco y devoción, pues es así como todo se desarrollo en la vida. Este es el continuo caminar de la humanidad. Es así como la vida pasa y sigue su perenne curso.

 

“La primavera

  fluye en el surco

  profundo de la existencia

 Renueva nuestros sueños,

 alimenta nuestros deseos,

 deseos eternos

 de un tiempo mejor,

 y más humano”

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

ALICIA EN EL PIANO


Ilusiones y fantasías

Emanan de tus manos

Sonrisas de mariposas

Iluminan tus rosas.

 

Las rosas de los rosales

Abren ventanas florecidas

Las melodías provienen del alma

Y emocionan con calma.

 

Manecitas suaves

Tiernas como el aire

Enriquecen cualquier oído

Y estimulan pasiones y delicias.

 

No te detengas, Alicia

Continúa tocando

Que el piano te enaltece

Y toda la humanidad te agradece.

terça-feira, 20 de novembro de 2012

HABLANDO DE LITERATURA


“Literatura es Arte, y arte es el producto y la acción de la inteligencia práctica”.


“Con la literatura, nos adentramos a un mundo fantástico que, en muchas ocasiones, se parece el nuestro, a nuestra propia realidad”.


“A mí, así como a muchos, la lectura me ha cambiado la vida”.


“Cuando llegue el día en que no pueda más ejercer la sublime capacidad intelectual de la lectura, entonces habré muerto sin remedio”.


“Con la literatura busco entender lo inentendible, reproducir lo irreproducible y sentir hasta el fin, el sentimiento que permanecería vago y sofocador. Escribir es también bendecir la vida que no fue bendecida”.


“Continuo siendo fiel a mis primeros escritores, a aquellos de mi adolescencia, de mi tierna infancia. Y cuando siento un desamparo juvenil, entonces vuelvo a ellos con todas mis ansias e ilusiones como cuando los he leído por primera vez. Miguel de Cervantes y Bécquer, sin duda, están entre mis fieles autores”.

CARTAS DE AMOR


Londres, 1 de fevereiro de 2002.-

 

Meu amado Willy:

Sua carta chegou quando acabava de sair do ensaio da orquestra. Estivemos ensaiando por muitas horas nesta última semana. Na próxima semana vamos apresentar um concerto especial para a Rainha Elizabeth, em homenagem do seu jubileu de ouro. Por tanto, você deve imaginar, meu amor, o quanto estamos trabalhando nesse projeto.

Te amo cada vez mais meu amor, você não imagina o quanto!. Adorei saber que conheceu – pessoalmente – o grande pianista brasileiro Nelson Freire. Ele é um gênio, tal vez um dos maiores pianistas da atualidade, desde Rubinstein.

Em abril, certamente estaremos juntos. Amanha te ligarei para saber como foi o seu dia.

Te amo meu amor, te amo por sempre

Susan

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

PEQUENO DICIONÁRIO INTIMO


SOLIDARIEDADE


Do francês “solidarité” passando pelo latim “solidus”. Significa “fazer sólida uma coisa”, “consolidar”. “Aderir a uma coisa, saúde” e, principalmente “salvar”.

Salvar, essa é a palavra chave de solidariedade. Através de atitudes de “salvamento”, nos colocamos no lugar da outra pessoa e sentimos as suas angustias, preocupações e até alegrias, e com isso “aderimos à causa do outro” ou seja, “fazemos da causa do outro, a nossa causa”.

sábado, 17 de novembro de 2012

CARTAS DE AMOR


Berlin, 15 de janeiro de 2002.-

 

Minha amada Susan:

Recebi o seu email ontem a noite, após o longo ensaio – tal vez o mais longo da minha carreira – com a orquestra. O pianista brasileiro Nelson Freire é, sem dúvidas, um gênio do piano. Ele é muito agradável e paciente. Ficou ensaiando o tempo todo e era tudo sorriso. O concerto será amanhã e a casa estará lotada.

Como segundo violinista, fiquei surpreso quando o maestro Claudio Abado veio me  cumprimentar junto com Freire. Foi o momento mais importante da minha vida. Fiquei tremendo de emoção.

Mas, imediatamente depois, pensei em você, minha doce amada. Soube que o concerto a quatro mãos de Liszt, será em abril. Estarei em Londres, só para te prestigiar, minha amada Susan. E estarei esperando por você, para ficarmos juntos, pelo menos uma semana, no final de março.

Te amo e cada vez mais.

Wilhem

PEQUENO DICIONÁRIO INTIMO


AMIZADE


Frater qui adiuvatur a fratre quase civitas firma, que traduzido do latim significa: “O irmão ajudado por outro irmão é forte como uma cidade rodeada de muros”. A fraternidade – amizade – é a melhor defesa contra todos os inimigos. A amizade se traduz em compartilhar a vida com aqueles que amamos e que chamamos de amigos. Um amigo verdadeiro é aquele que se coloca no seu lugar e te oferece a sua mão, sem interesse algum, só com o intuito de ajudar. A preocupação por ajudar os outros, aos nossos amigos, nos tirará de nos mesmos e alargará nosso coração. A caridade bem vivida,  oferece uma grande fortaleça perante os obstáculos, qualquer que sejam, que aparecem na nossa vida. Quem tem amigos verdadeiros, não precisa de mais nada.

JULIANA (II PARTE)


24 de abril. Essa era a data do casamento e, na última semana de março Marcelo levou a noiva para mostrar a casa que tinha comprado para eles.

A casa era de cor clara, uma pequena varanda na entrada e um pequeno jardim. Ela formava parte de uma vila no mesmo bairro da Mooca, perto da casa dos pais dela. Era grande. Tinha uma sala ampla, dois dormitórios, uma cozinha não muito grande, mas também nada pequena e uma área de serviços de tamanho considerável. No fundo, ao lado da garagem, um pequeno pátio, ideal para ter um cachorro.

Juliana adorou tudo, ela só pensava na imensa felicidade que sentia e que sentiria ao morar na casa.

Mas, dizem que a vida pode ser um rio tranquilo que, ao mudar de curso transforma-se numa corrente perigosa. Sim, a vida, às vezes, nos reserva surpresas desagradáveis e incomodas.

Essa noite de abril caia uma tênue garoa sobre “a cidade da garoa”. Marcelo dirigia a caminhonete do pai para levar alguns moveis à sua nova casa e, com ajuda de dois amigos de infância, terminou o trabalho em tempo recorde. Depois foram beber cerveja no Bar do seu Manoel, na rua da Mooca.

A alegria reinava no ar.

- Só faltam duas semanas Marcelo! – gritou seu Manoel do outro lado do balcão. – é melhor se preparar para mudar de vida.

- Pois é, seu Manoel, estou ansioso e não vejo a hora!

Depois de mais uma rodada, os amigos foram embora e Marcelo entrou na caminhonete um tanto bêbado.

Juliana observou o vestido de noiva que estava pendurado no cabide ao lado do armário. Era lindo, pensou e sentiu vontade de vesti-lo mais uma vez.

Sua mãe, dona Mariana, lhe ajudou. Colocou o vestido, o véu e  a grinalda. Olhou-se no espelho. Estava muito bonita. Sorriu para a mãe.

De repente, sentiu um estremecimento que vinha do fundo da alma. Uma sensação de medo, agonia, desespero. Nunca tinha sentido algo assim antes.

Tirou o vestido muito rápido e foi correndo para o banheiro a lavar o rosto. Olhou-se no espelho mais uma vez. A sensação não passava. Era como se, no fundo do coração soubesse que poderia acontecer algo grave.

Marcelo dirigia a caminhonete a alta velocidade. Faltava só cinco quarteirões para chegar na sua casa e dormir. Sentia-se muito cansado. O dia fora longo.

Quando virou na esquina de sua rua, não viu uma placa de interdição. Foi só um segundo quando percebeu que a rua estava em obras de canalização de esgoto. Arremeteu o veiculo sobre o cavalete de cor laranja e tentou frear, mas já era muito tarde. A caminhonete bateu nos tubos de cimento empilhados, com uma violência que o estrondo ouviu-se por toda a vizinhança.

Nesse momento parou de garoar.

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

SINAL VERDE


Abriu-se o sinal:
sinal verde
Passos apressados,
confusos caminhares
Sinal verde                            
Asfalto molhado
Primavera chuvosa
Inspiração exposta
Sinal verde
Avançar é o desejo
Os sonhos voam alto
O céu é o limite
O céu cinzento e macilento
O sinal verde anuncia
que a vida não se detém
por nenhuma tristeza,
ou agonia
Esperança escondida
Sensação de melancolia
Cansaço entediante
Saudade da harmonia
Sinal verde
Paixão oculta
Emoção vertiginosa
Alegria escandalosa.

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

CAMILLE E RODIN, OU A COMPLEXIDADE DOS RELACIONAMENTOS.


A peça de Franz Keppler “Camille e Rodin”, retrata a vida desses dois grandes gênios da escultura. Eles entram em cena apaixonados pela beleza e pela criação, em uma busca incessante, pelo aperfeiçoamento e pela liberdade, na tentativa de descobrir dentro da pedra o movimento mais sublime.

Apaixonados, arrebatados de uma paixão imensa, mas também cheia de confusões e rebeldia, acabaram o relacionamento pois, essa mesma chama que os alimentava, contribuiu para acabar com eles de forma lamentável e trágica. Mas ao ver a interpretação de Leopoldo Pacheco (como Rodin), e de Melissa Vettore, como Camille, percebi que é tradição entre os grandes gênios da arte, uma arrebatadora paixão; incomensurável paixão que, pela mesma sensibilidade artística dos apaixonados, na maioria das vezes, está fadado ao fracasso.

De qualquer modo, a história de Camille Claudel e Auguste Rodin retrata a alma dos personagens e expõe detalhes tocantes de intimidade e interiorização. Um mundo de sensibilidade extrema, um retrato comovente da alma feminina, uma alma apaixonada que se exprime. Gestos, drama, paixão, esses são os elementos desta peça que conta uma historia de dois seres humanos que nasceram para ser grandes.

“A escultura é a necessidade de tocar, antes mesmo de aprender a olhar, a criança já brande suas vivas mãozinhas” Camille Claudel.

“O olhar penetrante do artista descobre o caráter, a verdade interior que transparece sob a forma, e essa verdade, é a própria beleza” Auguste Rodin.

PEQUENO DICIONÁRIO INTIMO


FÉ (II)


A fé há de se manifestar nos pequenos incidentes do dia a dia e há de nos levar à organizar a vida cotidiana sobre a terra, sabendo olhar ao céu , ou seja à Deus, fim supremo e último de nossas tensões e nossos desejos.

Quando, por meio da fé, temos a capacidade de olhar a Deus, compreendemos a verdade da existência; o sentido dos acontecimentos, que tem uma nova dimensão; a razão da cruz, da dor e do sofrimento; o valor sobrenatural que podemos imprimir ao nosso trabalho diário e a qualquer circunstancia que, em Deus e por Deus recebe uma eficácia sobrenatural.

sábado, 10 de novembro de 2012

JUVENTUD, DIVINO TESORO


Me sorprendió la lluvia tenue y algo perezosa, en una noche de noviembre en la avenida Paulista. Pero no fue sólo la lluvia que me llamó la atención. De repente me vi en medio de una manifestación juvenil en plena noche de viernes, con ruidos, bullicio, pancartas y rostros juveniles pintados de indios que protestaban contra la expulsión de la tribu Guaraní-Kaiowá en las lejanas tierras de Mato Grosso. Entonces, recordé que se trataba de jóvenes idealistas que manifestaban su disconformidad y su oposición a ese estado de cosas, siempre tan sensible en que los problemas sociales y políticos se mezclan en forma impresionante.

Recordé también que era maravilloso ser joven, pues la juventud trae consigo el equipaje de idealismo, de falta de temor, de impulsividad, de emotividad, de pasión, etc;  elementos esos que hacen que la vida valga la pena ser vivida. Pensé en una frase que escuché de una famosa cantante brasileña, Nana Caymmi, que decía: “echo de menos amar, echo de menos tener pasión”; pues una vida sin pasión y sin ilusiones, sin sueños y sin ideales, es una vida muerta. Esa manifestación me recordó que uno nunca debe cejar, un milímetro siquiera, en su afán de perseguir sueños, de jamás temer a los desafíos, pues la vida es un desafío constante.

Me sorprendió la lluvia de noviembre en una noche de viernes, bajo las luces (ya de los adornos navideños) de la gran avenida y, me vi frente a frente con mi juventud, con mis sueños y con esa indescriptible sensación de que la lucha continua. El fragor de la vida continua y la búsqueda por mis sueños y realizaciones, están cada vez más fortalecidos. ¡Gracias a Dios!

REFLEXÕES DE NOVEMBRO


Como gosto de Novembro!. É um mês que anuncia o iminente final do ano; um ciclo que acaba e outro que está por começar. Também Novembro nos força a pensar no ano novo e isso traz mudanças. As mudanças são difíceis, sempre. Mas neste mês tenho um profundo desejo de mudar. Não é preciso ser feliz sequer. Basta um ano novo.

É usando as palavras de Clarice Lispector, “ é tão difícil mudar. Às vezes escorre sangue”.

Escrever. Adoro escrever em novembro. Às vezes escrever pode ser uma maldição, mas uma maldição boa porque ajuda a transformar. Quando escrevo sinto dor, a dor de extirpar os pensamentos que vem do meu EU, da minha SELF, e fico tão feliz quando, algumas breves palavras provocam (também) transformações em aqueles que as leem.

Novembro Também me conduz ao silencio, aquele que é especial por ser efêmero, aquele que, enquanto dura tem um sabor de eternidade. Certa vez escrevi que o silencio era o grito da minha voz interior. Prefiro, então, “gritar” em silencio e, traduzir em breves palavras, aquilo que guardo dentro, os meus pensamentos, opiniões, sensações e emoções mais fortes.

 Novembro me oferece, também, dias luminosos, sentimentos complexos, pensamentos profundos e tardes com pôr de sol de tirar o fôlego.

terça-feira, 6 de novembro de 2012

PÔR DO SOL DE NOVEMBRO


Enquanto

a cidade se debruça

na sua rotineira pressa

Barulho, ruído, cacofonia

Trânsito, apitos e correrias

O sol se põe no horizonte,

tranquilo e plácido

sem se importar com a vida

que transcorre

no curto espaço vazio e ermo

das horas magras e confusas

desta tarde de novembro.

NOVIEMBRE


Quizá el término del año

conmueva a mi corazón

En este mes

lleno de alegría y emoción

 

Mes de felices augurios,

esperanzas e ilusión

La vida se desliza suave

por el sendero de la pasión

 

Noviembre; ilusión

ensueño mágico de pasión

El amor rodea mi corazón

y engalana mi vida,

con profundo ardor.

HAI KAI DE NOVEMBRO (2012)


Estrellas,

brillan en el firmamento

El año termina

¡Profundo aliento!

 

Lluvia y sol

Esperanzas que se renuevan

con esforzado ardor

 

La vida se desliza

suave y cristalina

en este mes primaveral.

domingo, 4 de novembro de 2012

JULIANA - CONTO (I PARTE)


Juliana era filha única de José e Mariana Mariotti. Seu José fazia chocolates artesanais na sua própria casa, no bairro de Móoca. Dona Mariana ajudava o marido com os chocolates e a Juliana trabalhava num escritório de contabilidade na Rua Augusta. Ela era simplesmente bela. Quando atravessava a rua para ir ao banco ou levar papeis do escritório para os clientes, o transito, literalmente, parava.

Mas Juliana era noiva de Marcelo, um jovem empreendedor paulistano que a conhecera numa festa do Circulo Italiano. Assim como Juliana, Gastão também era filho de imigrantes italianos que morava na Móoca, a poucos quarteirões da sua amada.

O relacionamento de Juliana e  Marcelo era como todos os outros. No começo uma maravilha, depois, os ciúmes de Marcelo provocavam em Juliana sentimentos de apreensão. Mas, o amor estava no ar. Marcelo era agradável com ela, mimava- a, fazia tudo por ela, mas também era ciumento da beleza da noiva. Ele sabia que ela despertava nos homens admiração e interesse e isso ele não podia evitar.

Depois de três anos de namoro e um de noivado, eles marcaram a data de casamento. Juliana escolhera a Igreja de São Gennaro, no mesmo bairro, pois era onde tinha sido batizada. As famílias começaram os preparativos.

Os colegas de trabalho deram de presente um enxoval completo para ela. Os amigos dele,  ofereceram a festa de casamento no clube italiano. Mas o vestido, esse sim, fora escolha particular dela.

Juliana mandara fazer o vestido de noiva com dona Giovanna Arezzo, amiga da mãe e costureira famosa do bairro. Levou pouco mais de um mês para estar pronto. Era um vestido longo, desses que estavam na moda, com véu e grinalda, do jeito que ela sempre sonhara. O buquê, presente da madrinha de Juliana, foi trazido especialmente de Roma. Por tanto, tudo estava indo de vento em popa.

sábado, 3 de novembro de 2012

PEQUENO DICIONÁRIO INTIMO


SANTA MARIA, MÃE DA HUMILDADE.



Mãe de humildade que nos ensina, a cada dia, a conseguir essa virtude que é fundamento a todas as demais, pois a humildade é a porta pela qual passam todas as graças que Deus nos oferece. Nossa Senhora é mestra da humildade e Ela nos ensina esse caminho. A virtude de ser humilde não é reprimir os impulsos da soberba, da ambição e do egoísmo, é essencialmente se ajoelhar perante Deus e reconhecer que somos pequenos perante da grandeza do Senhor.

CARTAS DE AMOR (A RESPOSTA)


Moscou, 18 de janeiro de 1855.-
 

Minha adorada Tatiana:

 Obrigado pela sua carta tão linda como você e tão inspiradora como o teu amor por mim. Minha linda Tatiana, tenha um pouquinho de paciência, logo, logo o meu batalhão partirá rumo à Petersburgo e estaremos juntos para sempre. Nunca, nunca mais te abandonarei, prometo minha linda princesinha.

Você sabe como te adoro, e que também não vejo a hora de estar nos teus braços, te encher de beijos e passear em trenó com você observando as estrelas e a lua mágica da cidade.

Ontem mesmo, o Tenente Marinsky me disse que tinha conhecido o teu pai no Ministério e que tinha visto, junto a mesa dele, o teu retrato. Eu mostrei a ele o retrato teu que tenho comigo, e ele disse que eram exatamente iguais: a imagem de uma formosa e iluminada moça. Então, me enchi de orgulho, porque essa beleza logo, logo, será a minha esposa e, a futura mãe dos meus filhos.

Te amo minha querida e linda Tatiana, muito em breve estarei com você.

Aqui o inverno é tão escuro quanto Pety (São Petersburgo para os russos), a neve é incrível, e a saudade incomensurável.

Até daqui a pouco, minha adorada noivinha.

Te ama sempre e, para sempre

Alekzander

CARTAS DE AMOR


São Petersburgo, 9 de janeiro de 1855.-


Meu muito amado Alekzander:

Você não imagina o frio que está fazendo aqui meu amor, e o frio é ainda mais gelado sem a sua presença em casa. Estou sentindo tantas saudades suas que às vezes me pego chorando, olhando pela janela, no meio da madrugada à aurora boreal que espairece a sua luz no final da Perspectiva Nevsky.

O baile da corte foi muito brilhante e inspirador. Monsieur Trelaz ofereceu um “petit concert” no salão de mármore para ilustres convidados. Papai, lógico, levou-me até ele e me apresentou. O pianista francês é muito gentil e disse a papai que nunca tinha visto meninas russas tão bonitas. Lógico que quase corei ao ouvir os seus elogios. Mas tudo isso não são nada se não tenho você por perto.

Meu amor, por favor, venha logo, venha logo até mim, porque preciso dos seus abraços, dos seus beijos.

Emociono-me ao pensar que só faltam três meses para o nosso casamento, três meses e chegará a primavera, e com ela, a nossa felicidade eterna nesta terra.

Um beijo de amor

Da sua noiva que tanto lhe adora,

Tatiana Illychovna

UNA MIRADA DE FE


ORACIÓN POR MI FRAGILIDAD

 

“Señor,

Hoy me siento como una caña cascada

que necesita cuidados,

como un pabilo de llama débil,

que necesita aceite,

para que brille como tú deseas, Señor.

Haz que no pierda la esperanza,

cuando me sienta débil,

con defectos y miserias.

¡No me dejes, Señor!

Que yo ponga los medios,

y que nunca rechace,

la mano que me tiendes.

AMÉN.

EL SUEÑO DE PERSEO


                                               LAND’S END

 

El ambiente le era tan familiar que caminaba rápidamente por el sendero sinuoso de piedras y espesa vegetación en dirección al mar.  Por el sendero se sorprendió con la abundancia de flores : hortensias, camelias, macizos , bambúes.  Luego pasó por una pared de hiedra trepadera y algunas palmeras muy altas. El viento soplaba suave entre los altos olmos que se erguían en medio de un lecho rocoso de musgos y helechos.

Mientras caminaba escuchaba el ruido de las olas a lo lejos que golpeaban las rocas. Se dirigió por una especie de escalera de piedras y llegó a un alto peñasco donde pudo divisar la inmensidad del océano atlántico.

“LOGAN ROCK”. La playa de sus sueños. Recordó nítidamente cada detalle del lugar . La arena refulgía bajo los rayos del sol.  La marea estaba baja y dejaba ver una ensenada pequeña pero increíblemente bonita.

Desde el promontorio, Eddy tuvo la visión de toda la playa que se extendía delante de él. El horizonte inmenso : Land’s End , el “fin de la tierra”. El lugar más occidental de las islas británicas.  El espectáculo ciertamente era grandioso e impresionante.

Bajó lentamente hasta la playa. Se sentía como un conquistador que llegaba a su destino, a su objetivo final.

Llegó a la playa y más sorprendido aún vio una plataforma de césped verde antes de llegar a la playa. Un pequeño y viejo banco de madera parecía ser el único testigo de ese lugar – pensó Eddy – “algo mágico”.

Al encontrarse allí, sólo, frente al mar, se sintió henchido de alegría y una paz que hacía tiempo no experimentaba. Le pareció que era “su lugar”, como si siempre perteneciese a ese lugar...Él, sólo él, él y el mar...sin testigos...un sueño relajante y tonificante.

Se sentó sobre el césped verde y contempló maravillado la visión estival de la playa.  Pensó en todo lo sucedido en los últimos días, en las últimas horas. Su encuentro con Helen Thacker.  El cuadro en el atelier...Helen le había hablado de Logan Rock.. Él simplemente se había despedido de Helen, había aceptado su invitación para tomar el té al día siguiente con ella y se había dirigido raudamente a Land’s End.
 
(EXTRÍDO DE : EL SUEÑO DE PERSEO, CAP.V "LAND`S END")

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

DULCE NOVIEMBRE


Dulce noviembre
Dicen que eres airoso y cálido
Dicen que apenas llegas
Para volver a irte deprisa
Porque anuncias que el año
está por terminar,
Que , una vez más pasará,
y jamás volverá.

Dulce noviembre
Noviembre de perfumes y flores,
De azahares primaverales,
de expectantes mañanas,
e innumerables proyectos de vida.

Noviembre, dulce noviembre
De esperas, de esperanzas
De brisa suave, de frescores
De amaneceres, de ocasos
y quimeras.

Dulce noviembre
Dicen que eres airoso y cálido
Yo te quiero aprovechar
Lo máximo de tus días,
de tus amaneceres,
de tus primaveras,
de lo mejor de nuestra vidas.