segunda-feira, 31 de agosto de 2015

PEQUENO DICIONÁRIO ÍNTIMO

INTOLERÂNCIA


Intolerância: falta de humanidade.

REFLEXÕES DO COTIDIANO "OS VENTOS DE AGOSTO"

Agosto chegou ao final, e os ventos que vieram com ele passaram, mas deixaram sequelas. Rastos de intolerância, de desamor, de conflitos políticos e sociais, de fortes desavenças entre os brasileiros, de cansaço, de tédio ou simplesmente melancolia.
Certamente, a situação econômica do país não é nada boa, a situação política, pior. Os ventos de agosto deixaram no ar o grito de insatisfação de muitos cidadãos que, ainda com um pouco de hálito de esperança, saíram às ruas para protestar. Também os ventos de agosto deixaram sequelas de destruição na Síria e na Turquia, no Iraque e, em muitos países africanos, obrigando a milhares de homens, mulheres e crianças, buscarem refúgio na Europa. É a maior crise de refugiados desde a Segunda Grande Guerra, e isso foi há 70 anos, e ainda estamos na mesma situação. Certamente é uma situação gravíssima de humanidade que não só a Europa tem responsabilidade, mas o mundo todo. Não se criaram condições para que essas pessoas ficassem nos seus países, são vítimas de guerra e de fome, de intolerância e de preconceito. Como, num século como o nosso ainda podemos ver situações como essas. É simplesmente vergonhoso!
Lembro de uma expressão latina que diz HORRESCO REFERUM, ou seja “fico horrorizado ao me referir a isso”. Eu sinto um terrível “Horresco Referum” quando vejo as notícias dos refugiados tentando entrar na Europa. Simplesmente lamentável.
Como também é lamentável a ausência do Estado para dar moradia decente às pessoas sem teto. Não, não pensarão que passei para a esquerda tradicional ao me preocupar com estes assuntos. Não. É simplesmente uma questão de humanidade. Sem humanidade não conseguiremos nem salvar nem sequer a natureza, quanto mais a nós mesmos.
Os ventos de agosto passaram, deixaram sequelas mas não deixarão saudades!


ATO GRATUITO (PARTE X)

A alegria é um dos elementos do Ato Gratuito. Quem se vê rodeado ou invadido por este ato, tem uma alegria sem par que é consequência imediata de certa plenitude de vida. Esta plenitude é sabedoria e amor. O Ato então, transforma-se em um ato cheio de otimismo, positivismo, e apesar da contradição da vida, contratempos e angustias, essa alegria nunca termina, ela cresce dia após dia e invade todo o ambiente em que se vive.
Essa “alegria” ou “felicidade” como queiramos chama-la, é diferente daquela que depende do bem estar material, da saúde, tão fraca!, dos estados de animo, tão mudáveis!, da ausência de dificuldades, de não ter necessidades. A alegria continua mesmo quando passamos tribulações, porque ela nunca poderá ser fundamentada em determinadas circunstancias ao nosso redor. A alegria, então, transforma-se em fortaleza.
Perante as circunstancias adversas em que tudo parece que nos abaterá, podemos recuperar a alegria se sabemos abrir o coração: falar, deixar que a brisa entre na alma.
Começa-se com a família, depois com os amigos, conhecidos e, finalmente com os demais. A alegria irradia uma sensação de conforto e de esperança. Leva aos que estão ao redor a se sentirem a vontade, disposto a escutar o que dizemos, dispostos a abrir o coração para aceitar ou oferecer ajuda. É uma corrente do bem, que transforma o mundo. Não subestimemos nunca o valor da alegria. Ela pode ser uma poderosa aliada na luta pela vida. Um espirito alegre, otimista, sorridente, que se estenda ao trabalho, aos amigos, aos semelhantes, até para as pessoas que não veremos com frequência, um cliente, um médico, um vendedor pode transformar tudo na nossa vida.

Um gesto, um sorriso, uma esperança e a alegria transformou tudo ao meu redor!.

sexta-feira, 21 de agosto de 2015

OS SONS DA METRÓPOLE






O silêncio do amanhecer
É transformado por diversos sons
Sons domésticos, sons de rotina, sons de vida
Padarias e xícaras de café
Sinais de trafego intenso,
Ônibus lotado, correria de pedestres
Já são sete horas, a cidade acorda
Vejo um avião decolando,
Observo o ar poluído e grave
De vez em quando, uma brisa matutina
O silêncio das igrejas contrapõem aos sons
Da loucura urbana.
Sons de rotina, sons de vida
O metrô e seu ruído característico
Como sangue correndo pelas veias
Escuras e misteriosas da cidade
O amanhecer também traz o seu som
Iridescente após uma breve chuva
O entardecer laranja, ocre e amarelo
Por entre as árvores
No Parque do Ibirapuera
Eis os sons da metrópole
Que recebe e transmite milhares de outros sons
Sons humanos, animais, bestiais
Sons da natureza perigosamente viva
Sons de protestos, sons do asfalto
Sons das ousadas plantas que sobrevivem na cidade
Misteriosa cidade

De sons diversos e surpreendentes!

EL FINAL DEL DÍA


La muchedumbre
apresura el paso al terminar el día,
La ciudad es un festival de luces
naranja y amarilla, en el extremo oeste
donde el sol se pone orgulloso,
mostrándonos que un día más está terminando.
Jornada de Agosto, seca y pétrea
se derrama sobre el fragor del día
que llega a su fin, paulatina y silenciosa
renovando nuestros deseos
y nuestras esperanzas en el porvenir.


quarta-feira, 19 de agosto de 2015

REFLEXÕES DO COTIDIANO "A INDIGNAÇÃO DOS PACÍFICOS"



Sem dúvidas, os ventos de agosto trazem notícias decepcionantes para todos os brasileiros em dois frontes: política e economia.
Os Ventos de Agosto sempre foram portadores de grandes sucessos em toda a história da humanidade e especialmente no Brasil. Vivemos dias dessossegados e preocupantes porque, já no café da manhã somos surpreendidos com más notícias todos os dias. Segue a estas notícias, uma preocupação constante de que a economia vai mal, as finanças públicas vão muito mal e que a situação pode piorar. O cenário político é ainda mais preocupante. O governo está o ar, perdeu toda credibilidade, se escutam pelas ruas, nos transportes públicos, nas reuniões de amigos, nos bares e nas empresas, nas praças públicas, um constrangedor comentário de que o chefe deste governo não tem mais condições de continuar. Parece que todos tem a certeza da absoluta necessidade de prescindir deste governo que é um dos mais impopulares da história republicana. A preocupação pelo que virá é ainda mais agoniante. Não sabemos como se resolverá este imbróglio porque a luz do fim do túnel ainda não o vimos. De qualquer forma, a nossa realidade vê-se atingida terrivelmente pelo medo e pela incerteza.
Há anos que não tínhamos essa sensação de ansiedade e de agonia constante na nossa realidade, isso gera nos cidadãos, uma indignação terrível, e a certeza de que assim não pode continuar e que devemos fazer algo.
Certamente o caminho do IMPEACHMENT é muito longo e doloroso, não acredito que seja traumático, mas sim é uma medida constitucional – não é golpe como a esquerda recalcitrante prega – senão uma medida de exceção quando acontece um governo – eleito democraticamente – se afasta de suas obrigações supremas a favor do povo que o elegeu para desvirtuar o verdadeiro caminho republicano. Quando um governo resolve administrar o país de forma calamitosa, trazendo como consequência dos seus atos, um caos e uma incerteza do futuro dessa nação, então o povo que o elegeu tem todo o direito de pedir que seja removido. Mas essa remoção – via impeachment ou renúncia – deverá ser feita através dos canais constitucionais.

Então, ao participar da terceira e grande manifestação do dia 16 de agosto na Avenida Paulista, onde vi todo tipo de gente – não só “a elite branca e burguesa” como o PT quer desprestigiar os que, democraticamente saíram ás ruas para demostrar sua indignação e sua repulsa de como o governo está conduzindo os destinos do país, percebi a enorme indignação e cansaço da sociedade civil. O que se viu na Paulista nesse dia foi uma prova de que a maioria deste pais já não aguenta mais as falcatruas que se perpetram no seu nome, a corrupção do governo, a irresponsabilidade administrativa dele, as mentiras, os desmandos, o desgoverno. É a indignação dos pacíficos que saiu as ruas gritar contra esse estado de coisas. E que uma coisa fique bem claro: que ninguém ouse desafiar ou confrontar essa indignação!.

BALADA PARA CECIL


En principio sentí el viento
Sobre mi vasta melena
Y subí a la montaña
A ver la grandeza de mi Reino
Un Reino inmenso
De naturaleza viva
Donde la armonía
Era el eje de nuestras vidas
Después enfrentamos enemigos
Extraños seres que parecían
Querer dominarnos.
Comprendí que querían eliminarnos
Tal vez para que fuésemos alimento
Para su subsistencia innata
Después comprendí, atónito
Y como por una extraña intuición
Que no querían comer mi carne
Querían matarme por placer
Inicuo y extraño placer
Entonces, tuve que ejercer mi poder
A pesar de la desigualdad de condiciones
Y lo hice, pues mi estirpe así lo exigía
Para sobrevivir y dar mi sentido
A la naturaleza animal al que pertenecía
Y, como un día, tuvo que suceder
Fui vencido por mil balas asesinas
Herido y fatigado, sucumbí
Pero jamás me dejé vencer
Y hoy, mi figura sobrevive
Como bastión de esperanza
Porque cuando se rompe la armonía
De la naturaleza

Sobreviene la desgracia.

sábado, 1 de agosto de 2015

AGOSTO


Mes de felices augurios
resplandor del sol de estío,
libertad y serenidad.

El sol prorrumpe rabioso
besa la tierra,
irrumpe alegría,
amistad, hermandad, gozo
y paz.

Agosto, verano
sempiternos días brillantes
serenos, resplandecientes
encuentros, risas, felicidad.

Yo te quisiera aprovechar
lo máximo de tus días
para reír, para cantar, para amar
y por siempre soñar.